11 de jan. de 2013

Obras de Infra-estrutura urbanística versus Obras de Estrutura Turística Receptiva- Otavio Demasi

Pier flutuante em Ubatuba-SP - foto  caraguanews.com.br




A atividade turística, passou a ser cada vez mais  considerada nos últimos 40 anos, tempo em que milito no campo do desenvolvimento turístico, mas com visões muitas vezes particulares, onde quem decide, explicita o que é implementar a atividade turística na cidade, sem se aperceber que o turismo tem suas sutilezas, seus designios, suas normas e condutas e políticas públicas específicas, mas sempre de cunho macro.



Um dos grandes gargalos, inseridos no contexto do desenvolvimento turístico é o da falta de infra-estrutura urbanística, mas é sabido que a qualquer comunidade é preciso implementar saneamento, calçamento, iluminação, estradas, ruas, avenidas, saúde e evidentemente educação e tudo que possa viabilizar a melhor qualidade de vida a população, mas embora todos os municipios, sejam brasileiros ou de qualquer parte do mundo, querem ativar o turismo em suas áreas geográficas.

Sabemos que os recursos públicos, não só no Brasil, mas no mundo afora, são escassos, idependente de crises, quebra de bancos por má gestão, canibalismo capitalista, entre outros, o que agrava e bastante, nos municipios que visam implementar um planejamento logístico, visando atrair correntes turísticas, pois além da falta de infra-estrutura urbanística, deixam a desejar no contexto da estrutura turística ou receptiva, que são duas coisas diferentes e bem distintas.

O que se vislumbra no Brasil e não é de agora, que organismos nas esfera federal, estadual e municipal, lutem por verbas voltadas a infra-estrutura urbanística, que ajudam imensamente a atividade turística, quando deveriam, após levantamentos diversos, análises estatísticas, mercadológicas, lutarem por estruturas que viabilizem o seu receptivo, que tragam oportunidades de atrair turistas e gerar empregos, negócios, renda, focando implementar estruturas que se voltem as suas potencialidades e vocações.

Cabe ao planejamento governamental em todas as esferas de governo, dotar os respectivos orçamentos com verbas destinadas a infra-estrutura local, regional, estadual e nacional e deixar as já escassas verbas do turismo, serem aplicadas especificamente em áreas como sinalização, equipamentos diversificados voltados ao receptivo, para as áreas de conscientização, sensibilização, acessibilidade nos pontos turisticos, divulgação, promoção, eventos, profissionalização, reciclagem, levantamentos para a compreensão do mercado e suas tendencias e tudo que vier somar para atrair turistas e com eles ativar a economia comunitária.

Cabe também ao administrador local, junto com a comunidade, empresários urbanos e rurais, trade, associações, sindicatos, empreendedores,  ambientalistas, buscar em parcerias novas formas e que as mesmas sejam a mais ecológica possivel. Como exemplo é se atingir as zonas rurais ou mais afastadas do núcleo receptor, onde normalmente o acesso é precário e os custos imensos de implantação  e conservação de pavimentação e o alto risco  de desequilibrio do meio ambiente. Nestes casos e isso é comum pais afora, é implantar estacionamento pago e deste ponto até se alcançar o objetivos criar trilhas, com caminhadas a pé ou a cavalo, charretes. Aproveitar, se for o caso e isso é muito comum, os rios, sem antes implantar um atracadouro e de lá seguir viagem com barcos, botes, abrindo assim, em amos casos oportunidade de geração de negócios ara os moradores da região, incentivando através de cursos, o aproveitamento de toda a produção caseira, seja de mel, geléia, compota, etc e mesmo dando apoio ao turismo rural.

Está no hora de as Entidades Municipalistas, apoiarem seus municipios parceiros a pressionarem a nivel Estadual e Federal, as autoridades competentes, que infra-estrutura urbanística deve ser financiada e fortemente por tais esferas de governo e que as parcas e raras verbas do setor turistico, sejam voltadas para o fomento da atividade, trazendo assim divisas aos municipios, melhoria do padrão economico e de qualidade de vida a tais populações.
Editor
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