Apoiado na valorização do verdadeiro patrimônio histórico e na readequação de seus ambientes, o projeto de ampliação do Museu Histórico e Cultural de Jundiaí, realizado pelo escritório AUM Arquitetos, busca uma harmonia entre a arquitetura contemporânea e o edifício ancestral de forma a exaltar a qualidade do prédio existente.
Localizado no centro de Jundiaí e também conhecido como Solar do Barão, em virtude de ter sido residência do Barão de Jundiaí, o museu é de grande apreço pelos jundiaienses, pois além de oferecer uma construção histórica importante para a cidade, o local possui um amplo jardim, que serve como área de estar aos visitantes do museu.
O projeto prevê a conservação, restauração e readequação do edifício existente, a construção de uma sala multiuso e a adaptação da circulação para atender às necessidades do programa do museu.
Dessa forma, a proposta dos arquitetos do AUM vai criar uma infraestrutura suficiente para expor obras de arte em ambientes seguros, com controle de luminosidade, temperatura e umidade, além de readequar os setores técnicos, áreas administrativas, salas de trabalho e reuniões que são necessários para o funcionamento do museu.
O partido segue forte em realçar o jardim do museu de forma a torná-lo mais atrativo e, também, aumentar sua influência no cotidiano da população. Para tanto, a entrada principal foi deslocada para a lateral esquerda da fachada principal do edifício, o que permite ao visitante seguir dois percursos: entrar no edifício histórico ou seguir para o jardim. A maior virtude da nova entrada é permitir o alcance independente aos diversos ambientes que adquirem autonomia oferecendo-se de maneira singular ao público que usufruirá de cada um sem prejuízo dos demais.
Assim, o passeio, que parte da entrada principal no nível da rua, se torna elevado à medida que avança sobre o interior do terreno. O novo edifício nasce a partir da cota de acesso da rua e entre as árvores existentes, chegando ao ponto de ter um tronco que corta a laje da cobertura, de forma a respeitar a vegetação local.
O passeio superior conduz o visitante a uma praça elevada, que permite a contemplação do espaço a partir de novas perspectivas. Pensando em continuação ao solário, a sala multiuso se abre ao exterior através de grandes portas em vidro, que aliada a aberturas zenitais promove a iluminação natural do recinto.
Duas escadas nas laterais conectam este nível ao inferior – do jardim. Com isto, parte do percurso da entrada se transforma em abrigo para os espaços abaixo. O percurso é contemplado com um café que foi integrado ao foyer da sala multiuso, que com fechamento por vidro permite a integração visual com o entorno.
A edificação nova é ligada a antiga através de uma circulação também envidraçada que delicadamente toca a fachada do anexo da cozinha original da casa.
O quintal do Museu estende-se desde a fachada posterior do Solar até a Rua Rangel Pestana, localizada nos fundos do terreno, onde o acesso e áreas de serviço estão previstos. Esta construção é composta por parte da reserva técnica, vestiário e copa de funcionários, e demais áreas de serviço necessárias ao atendimento do complexo.
CONFIRA AQUI A ÍNTEGRA DO MEMORIAL DESCRITIVO!
MUSEU HISTÓRICO E CULTURAL DE JUNDIAÍ – SOLAR DO BARÃO
Arquitetura
AUM ARQUITETOS – André Dias Dantas, Bruno Bonesso Vitorino e Renato Dalla Marta
Colaboradores: Aline Pinheiro, Ana Claudia Shad, Fernanda Miguel, Heitor Savala, Karin Grabner, Maíra Baltrusch, Marco Ferreira, Rafhael Silva, Samara Zukoski, Thais Brandt, Victor Julio Vernaglia
matéria do portal Arq Bacana
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