21 de set. de 2013

O salto econômico do Quênia - Nairobi



País quer promover uma revolução industrial para crescer 10% ao ano a partir de 2018
O Quênia planeja a adoção de políticas necessárias para promover uma verdadeira ‘revolução industrial’, com vista a converter-se num país de renda média até 2030, declarou ontem o presidente do país africano, Uhuru Kenyatta, em seminário realizado em Nairobi pelo Fundo Monetário Internacional e o Banco Central e o Tesouro quenianos. O encontro encerra-se dia 18 de setembro.
Governo do Quênia quer atrair investimento da iniciativa privada. Foto: Daryona/Wikimedia Commons
Governo do Quênia quer atrair investimento da iniciativa privada.
Foto: Daryona/Wikimedia Commons
Segundo Kenyatta, seu governo está buscando atrair a iniciativa privada – local e internacional – e concentrará investimentos na área da infreaestrutura, modernizando o sistema viário e ferroviário e ampliando a geração de energia elétrica. Serão estimulados, também, os programas de desenvolvimento científico, tecnológico e técnico, o turismo e o comércio internacional.



Temos a nosso favor um clima de negócios favorável, “com estabilidade macroeconômica, uma dívida sustentável e adequadas políticas cambial e monetária”, disse o Presidente queniano, observando que “reformas sérias foram implementadas, criando a base para uma gestão econômica favorável ao crescimento econômico e ao desenvolvimento nacional”. Temos crescido bastante nos últimos anos, em torno de 5% ao ano, mas nosso objetivo é que até 2018 passemos a crescer a taxas superiores a 10% ao ano.
Na sessão de hoje, o economista brasileiro Otaviano Canuto, representando o Banco Mundial, falará sobre o tema “Construindo o Consenso através de Transferências para os Pobres: Lessões do Brasil”.
A sessão de abertura do encontro iniciado ontem em Nairobi – com a presença do Presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, do presidente do Tesouro Nacional daquele país africano , Henry Rotich e da Sra. Antoinette M. Sayeh, Diretora do Departamento de Africa do FMI – pode ser vista aqui.
Em seu discurso de abertura, a diretora da FMI para a África, Antoinette Sayeh, disse que as expectativas positivas da economia queniana são baseadas na estabilidade econômica do país, nas reformas estruturais que favorecem o setor privado e nos princípios sólidos das políticas monetária e fiscal.
“O fato é que o Quênia tem se saído bem na condução de sua economia. A inflação está sob controle e o crescimento econômico tem sido mantido em bom ritmo, a despeito das dificuldades apresentadas no cenário internacional”, disse Sayeh. Observou ainda a diretora do Fundo que o país apresenta também um nível adequado de reservas e um perfil satisfatório de endividamento. Segundo ela, esses elementos e as reformas estruturias realizados têm contribuído para a atração de investimentos estrangeiros para o país, “que hoje é um dos que estão em melhor situação em toda a África subsaariana”.
De acordo com a diretora do FMI, a boa gestão das finanças públicas do Quênia reduziu a possibilidade de corrupção, aumentando a descentralização e a eficiência administrativa. Em razão disso, o país, que cumpre programa de ajuste econômico com o Fundo, tornou-se menos vulnerável às incertezas da economia global ou a choques endógenos. Desse modo, observou, estão dadas as condições para a aceleração do crescimento econômic o nos próximos anos.
Redação do brazilafrica.com
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