11 de jun. de 2016

Associação dos artesãos do couro na Paraíba-PB- é referência nacional em qualidade.

 Associação dos artesãos do couro na Paraíba é referência nacional em qualidade.

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Por Teresa Duarte
teresaduarte2@hotmail.com
O trabalho realizado na Arteza – Curtume Coletivo Miguel de Souza Meira, no Distrito da Ribeira, município de Cabaceiras, é hoje referencia na qualidade no processo de curtimento do semi-acabado de couto do bode e do boi. Foi com a formação da Cooperativa dos Curtidores e Artesões em Couro Ribeira Cabaceiras, através de um trabalho de pesquisa e estudo para eliminar o mau cheiro das peles dos animais tratadas e transformadas em peças de artesanato, que os levou a ser reconhecido nacionalmente pela qualidade do produto.
SONY DSCA Arteza foi criada em 1999 e, na época tinha uma produção mensal de 500 peles, com a nova técnica aplicada essa produção passou para 11 mil peles mês. Anteriormente a produção era confeccionada apenas em peças do vestuário da região, típicas dos cangaceiros e com cheiro muito forte. Com a nova técnica aplicada a produção aumentou e hoje é de 10 mil couro de bode mês e de 25 mil quilos do couro de boi, comercializados para produção artesanal de peças a exemplo do chapéu, celas de montaria, calçados, bolsas, cintos, chaveiros, flores, entre outros.
São 72 sócios na cooperativa e sustento de 55 famílias, fazendo um total de 275 pessoas, além mais de 100 pessoas que são beneficiadas com empregos indiretos. Conforme o presidente da Artesa, José Carlos de Castro, dessas 55 famílias, 40 atua na parte do artesanato e 15 no trabalho do curtume, “antigamente as pessoas tinham vergonha de trabalhar no curtume porque quando terminava o serviço ninguém agüentava o mau cheiro que ficava na pessoa, hoje a realidade é outra você não precisa mais ficar lavando as mãos varias vezes porque o cheiro ficava entranhado na pele, e com a nova técnica, isso não acontece e as vendas tendem a crescer cada vez mais”, destaca.
Com a formação da cooperativa e com a parceria do Sebrae-PB, eles iniciaram o processo de capacitação dos artesãos e aqueles que anteriormente produziam apenas a cartucheira, ou produtos típicos do vaqueiro, passaram confeccionar  cintos, sandálias, bolsas, carteira. “Todos os produtos foram inovados, passando a ter melhor qualidade, e, contando com a assistência do Sebrae, a produção foi se modernizando até atingir a excelência, com a utilização de uma técnica que tirou das peças de couro aquele cheiro quase que insuportável de ‘coisa podre’”, revelou.
Além da melhoria na qualidade do produto, que hoje é vendido para o Nordeste e outras regiões do país, a Arteza, não proporcionou apenas o surgimento de novos talentos e pequenos empresários moradores do Distrito da Ribeira, formando uma verdadeira cadeia produtiva. Um exemplo desse incentivo é o estudo de novas técnicas para os jovens a partir dos 12 anos de idade, “nós oferecemos novas oportunidades a estes jovens porque queremos que se tornem profissionais aos 18 anos de idade, por isso, eles são obrigados a ocupar um horário do dia na sala de aula e outro com estudo de técnicas de artesanato e produção”, explicou.
Processo de transformação do couro cru em matéria prima
Através do trabalho de consultoria do Sebrea-PB, a Artesa também foi integrada ao turismo da região, oferecendo uma atividades recreativa de como vivenciar o processo de transformação do couro cru em matéria prima, que é transformada pelos artesãos nos mais variados produtos. Nas ofertas formatadas para o turista, que foram transformadas em folheterias informativas, incluem também oficina de flores em couro, oficina de marchetaria, entre outras e os mais variados produtos e acessórios feitos a partir do couro do bode e do boi, além da oportunidade de conhecer a história dessas pessoas e se encantar com a sua trajetória de vida.
Oficinas:
Maisa – produção de cortinas com flores de couro, chapéus chaveiro, cintos tiara de flor, pulseiras, entre outras. Contato: (83) 8703-1787.
Claudiene – cintos masculinos e bolsas artesanais em 100% couro e designer diferenciado. Contato: (83) 3356-9013.
Timóteo – bonés em couro de boi e de bode, chaveiros, carteiras e outras peças pirogravados ou não, com imagens e conceitos nordestinos. Contato: (83) 3356-9037 ou (83) 8751-7925.
Jeremias e Denis – mochilas, bolsas, pastas masculina e feminina em 100% couro de alta qualidade. (Contato: (83) 8732-2084.
Artesanato de Manoel Castro – chapéus de vaqueiro, cowboy, artístico e tradicional e bolsas picotadas com bordados de couro feitos com vazador. Contato: (83) 8884-4864.
Riso – bolsas, carteiras sandálias de adulto, bonés de couro, com destaque para o cinto “oxente”. Contato: (83) 8847-5931.
Saberes de Luiz – bizacos, bornal, bolsas de couro e lona. Contato: (83) 3356-9118.
JC Couro – sandálias Maria Bonita, chinelão, havaianinha, feitas em couro ou vaqueta. Contato: (83) 8733-0741.
O Rei do Chapéu de Chifre – especialista na fabricação de um modelo de chapéu de vaqueiro diferenciado e divertido. Contato: (83) 3356-9031.
Gaúchos – sandália masculina e infantil, sapatilhas femininas, bolsas. Contato: (83) 8846-7589.
Gilson – bolsas masculinas e femininas produzidas artesanalmente em couro ou vaqueta bovina. Contato: (83) 8704-2292.
Clovis – sandália franciscana, chinelão, sandálias Maria Bonita, entre outros modelos. Contato: (83) 8787-0346.
Silvio – especializado no característico chapéu de couro do vaqueiro. Contato: (83) 3356-9113.
Fotos: Teresa Duarte
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