20 de jun. de 2016

Violações de Direitos na Mídia Brasileira - ANDI


A ANDI – Comunicação e Direitos lançou recentemente o volume III do relatório VIOLAÇÕES DE DIREITOS NA MÍDIA BRASILEIRA. Os dois primeiros volumes foram lançados em 2015.
Conforme os dados coletados pelos pesquisadores da ANDI “Em apenas 30 dias, narrativas de rádio e TV promoveram 4.500 violações de direitos, cometeram 15.761 infrações a leis brasileiras e multilaterais e desrespeitaram 1.962 vezes normas autorregulatórias. Esses são alguns dos principais resultados da análise de 28 programas1 “policialescos” produzidos em 10 capitais do País, realizada pela ANDI — Comunicação e Direitos”. (pag. 6).
O trabalho organizado pela pesquisadora Suzana Varjão, analisa programas veiculados entre os dias 2 e 31 de março de 2015, em 10 cidades: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
Nada menos que 21 programas foram analisados nas cidades selecionadas. Entre eles figuram: “DF Alerta”, “Balanço Geral”, “Cidade 190”, “Rota 22”, “Na Rota do Crime”, “Na Mira”, “Brasil Urgente”, “Sociedade Contra o Crime”, “SOS Cardinot”, “Ronda Geral”, “Folha Alerta”, “Patrulha da Cidade”, “Metendo Bronca”, “Cidade Alerta”, “O Pulo do Gato”, “TV Verdade”, “Itatiaia Patrulha”, “Tribuna do Massa”, “Picarelli”, “O Povo na TV” e “Boca do Povo”.
Segundo os organizadores, dentre as violações cometidas pelos programas: 
·         1.704 “Exposições indevidas de pessoas”; 
·         1.580 “Desrespeitos à presunção de inocência”;
·         614 “Violações do direito ao silêncio”;
·         259 “Exposições indevidas de famílias”;
·         151 “Incitações à desobediência às leis ou às decisões judiciárias”;
·         127 “Incitações ao crime e à violência”;
·         39 “Identificações de adolescentes em conflito com a lei”;
·         17 ”Discursos de ódio ou Preconceito”;
·         5 e 09 “Torturas psicológicas ou Tratamentos desumanos ou degradantes”.
O estudo torna evidente de que os programas policialescos, além de contribuir para ampliar e disseminar a cultura do medo, mantem uma clara prática que contradiz o que eles afirmam buscar, a defesa da segurança. A contradição está na prática de incitação da violência, assim como nas várias práticas de desrespeitos aos direitos estabelecidos.
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