SP 247 – Um esquema de desvios milionário na Fundação Butantan resultou num rombo de R$ 55 milhões aos cofres da instituição de São Paulo, estima até o momento o promotor de Justiça Nathan Glina, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
A investigação conduzida pelo órgão apura um esquema de furtos aos cofres da fundação por meio de uma série de 340 furtos. Em denúncia sobre o caso, o Ministério Público de São Paulo pede a condenação de 11 pessoas, entre elas o então gerente administrativo do instituto, Adalberto da Silva Bezerra.
De acordo com a investigação, uma microempresa de eletrônicos foi usada para receber R$ 2,68 milhões entre 2005 e 2008, uma fortuna 26.600 vezes superior a seu capital social, de R$ 10 mil, aponta reportagem do Estado de S.Paulo nesta terça-feira 28. A Sunstec teria sido usada como laranja para captação de recursos desviados, segundo os investigadores.
Em 8 de fevereiro, o diretor-presidente da Fundação Butantan, André Franco Montoro Filho, pediu demissão após as denúncias, alegando ter encontrado uma série de irregularidades após assumir o cargo, em 2015. Suas críticas, na época da demissão, estavam direcionadas ao médico Jorge Kalil, então presidente do Instituto Butantã.
Ligado ao governo de São Paulo, o instituto é administrado pela fundação, e responsável pela realização de pesquisas e pelo desenvolvimento de vacinas. O governo decidiu afastar Kalil da diretoria do instituto no último dia 21.
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