19 de mai. de 2017

Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, o massacre que o Brasil não viu


19 de maio de 2017 - 16h51 

Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, o massacre que o Brasil não viu

Cia do Tijolo
Passados 80 anos, os corpos dos romeiros ainda não foram encontrados e não houve justiça do EstadoPassados 80 anos, os corpos dos romeiros ainda não foram encontrados e não houve justiça do Estado

O Caldeirão de Santa Cruz do Deserto, no município de Crato, Cariri Cearense, era composto por milhares de camponeses e romeiros que vivam na comunidade, trabalhavam coletivamente e dividiam o lucro com a compra de remédios e querosene.

Ela chegou a ter mais de mil moradores e recebeu flagelados da seca de 1932 que assolou o Nordeste.
http://www.vermelho.org.br/noticia/297141-1

A organização da comunidade incomodou os coronéis e latifundiários da região. Em 1937, acusados de comunistas, estes camponeses foram bombardeados pelas forças do Governo Federal e da Polícia Militar do Ceará e enterrados em vala comum.

O episódio pode ter sido o maior massacre da história brasileira, com mais de mil mortos.

Neste mês de maio de 2017 o massacre completa 80 anos e os corpos dos romeiros ainda não foram encontrados e não existe um documento oficial que registre o acontecimento. O exército nega a matança.

Indenização

Em 2008, a ONG cearense SOS Direitos Humanos entrou com um pedido na justiça pedindo a procura, identificação, enterro digno e indenização dos descendentes dos mortos no Caldeirão. A ação foi arquivada, mas a ONG pediu novas buscas à Justiça.


Do Portal Vermelho, com Catraca Livre
http://www.vermelho.org.br/noticia/297141-1
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