Espanha: “Podemos” se mobiliza para tirar Mariano Rajoy da presidência
De Madri para o Nocaute, Víctor David López explica o significado político da Moção de Censura do Podemos contra o presidente Mariano Rajoy
Por Nocaute em 16 de junho às 11h08
*Por Víctor David López
Olá! O Nocaute não podia faltar na terceira Moção de Censura da história da democracia espanhola. Sim, a Moção de Censura do Pablo Iglesias, do partido político Podemos, contra o presidente Mariano Rajoy.
A Moção de Censura não é um impeachment, é uma figura um pouco diferente. Aqui na Espanha não temos impeachment. Temos essa Moção de Censura que tem que sair obrigatoriamente de um partido político do Parlamento. É contra o presidente e deve ser votada na Câmara, precisando de maioria absoluta. Essa é a figura que a Constituição espanhola oferece para tirar o presidente do governo do país.
Depois do ano 2016 com duas eleições presidenciais –quase três– e negociações entre os diferentes partidos políticos, agora, por causa da corrupção, os problemas graves de corrupção do Partido Popular –o partido do presidente Mariano Rajoy–, o Pablo Iglesias, do Podemos, lançou essa Moção de Censura.
O resultado é o esperado: a Moção de Censura fracassou, por causa também das negociações que não deram certo com o Partido Socialista, o primeiro partido da oposição e o primeiro partido da esquerda espanhola, de centro-esquerda.
As razões da Moção de Censura do Podemos eram muito claras. É impossível ter mais casos de corrupção do que o Partido Popular –o partido do presidente Rajoy–; o problema é que a Moção de Censura chegou em um momento de reestruturação interna do Partido Socialista Obrero Espanhol –PSOE do Pedro Sánchez. A aliança com esse partido era a aliança que precisava o Pablo Iglesias, do Podemos. Sem essa aliança, era impossível que a Moção de Censura triunfasse.
Agora, a visão que se tem de futuro é que o Partido Socialista, PSOE, de novo com o Pedro Sánchez como líder, lance uma outra Moção de Censura depois do verão espanhol –no mês de setembro ou no mês de outubro–, com uma promessa, agora sim, de uma aliança da esquerda espanhola. E poder tirar o Mariano Rajoy da presidência do país.
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