28 de jul. de 2017

Gritei “Vai pra Cuba!” no espelho, me obedeci e fiz um filme. Por Max Alvim.



Gritei “Vai pra Cuba!” no espelho, me obedeci e fiz um filme. Por Max Alvim

 
Vai pra Cuba!
Vou gritar bem forte hoje, dia 28 de julho, no lançamento do documentário Cuba Jazz no 12o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. Vai pra Cuba porque a melhor forma de conhecer um povo é se relacionando com ele. Vai pra Cuba porque é bom demais.
Vai pra Cuba porque lá tem uma garotada fazendo jazz como em poucos lugares do mundo. Mas enquanto não for, venha assistir Cuba Jazz. Através da nova geração do jazz cubano se pode ver mais do que se imagina sobre Cuba.
Um músico brasileiro uma vez me disse que só existem dois tipos de música: a boa e a ruim. Durante as filmagens do Cuba Jazz conhecemos música “da boa”. Ser jazz é quase uma casualidade, tirando o fato desse gênero representar perfeitamente a alta capacidade de improvisação do povo cubano (parece com a gente, né?).
Isso está no filme de muitas formas, como no depoimento do guitarrista Jorge Chicoy que conta como se faziam cordas de guitarra com fios de telefone no período especial, logo após a queda da União Soviética.
Para o cubano a dificuldade está em todo lugar, por isso ela não existe. Se em toda parte há dificuldade, a dificuldade não existe, ela é a vida, o desafio que convoca a enfrentar as dificuldades. O desafio da vida é mesmo insistir na existência. Essa é uma baita mensagem no filme: a afirmação da vida.
Em tempos endurecidos, atravessados de políticas intolerantes e de incitação ao ódio, como os atuais vividos no Brasil, é sempre bom se inspirar num povo que luta contra todo tipo de dificuldade entendendo que ela é parte da vida e que, portanto, não há que se perder tempo com ela. O desafio é sempre seguir em frente. Há muito por vir!
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Cuba Jazz é uma janela pra ver Cuba e nada melhor que deixar as janelas abertas e se surpreender com a vida lá fora.
Serviço:
Cuba JazzDireção: Max Alvim e Mauro di Deus
Duração: 85 min.
Sessão única dia 28 de julho, às 20h30, na Praça Cívica do Memorial da América Latina
Entrada gratuita
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/gritei-vai-pra-cuba-no-espelho-me-obedeci-e-fiz-um-filme-por-max-alvim/
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