9 de mai. de 2018

O QUE A CULTURA RASTAFARI E A AGROECOLOGIA TEM EM COMUM? - Editor - FALTA POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCENTIVO A PROJETOS EM COMUNIDADES. POR FALTA DE REPRESENTANTES REALMENTE DO POVO, ADVINDO DOS PARTIDOS DA BASE POPULAR, VISANDO O APOIO TÉCNICO, FINANCEIRO, VISANDO CONSOLIDAR UMA ECONOMIA POPULAR PARTICIPATIVA E ENGAJADA NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. DESSA FORMA É QUE SE QUEBRA O CAPITALISMO VORAZ. POIS SE TIVERMOS MILHARES E MILHARES DESSES PROJETOS, O DOMÍNIO DOS PATRÕES E DO EMPRESARIADO COMO UM TODO SERÁ PEQUENO. POR QUE DAR A ELES MÃO-DE-OBRA A PREÇO VIL, QUANDO PODE-SE GESTAR PROJETOS COLETIVOS COMUNITÁRIOS.

O QUE A CULTURA RASTAFARI E A AGROECOLOGIA TEM EM COMUM?

Texto e fotos de Lucas Bois, para os Jornalistas Livres
Situado num dos pontos mais altos de BH, o projeto Roots Ativa atua na comunidade da Serra produzindo e vivendo a cultura rastafari. Com 20 anos de existência, o coletivo criou meios de vida coletiva em diversas iniciativas no Brasil.
Plantação de milho no alto da comunidade, com vista para a cidade. Foto: Lucas Bois
O grupo formado por agentes culturais, educadores, cozinheiros e artistas, desenvolve diversas atividades na comunidade, baseadas na filosofia e nas práticas sustentáveis das culturas ancestrais africanas. Grande parte da renda que sustenta o coletivo provém de empreendimentos da economia solidária, focados na autogestão, democracia, comércio justo, valorização da natureza e do ser humano.
Diversas atividades culturais para crianças, adolescentes e adultos da comunidade também são realizadas no local. No entanto, a agroecologia tem sido o principal foco do coletivo, como forma de vida, alimentação saudável e geração de renda. “Acreditamos na agricultura feita do povo para o povo”, diz Thiago Lopes, membro do coletivo.
Alice, membro do coletivo Roots Ativa, cuida da agrofloresta que rodeia a sua casa. Foto: Lucas Bois
Thiago explica a relação da cultura rastafari e a agroecologia: “Acreditamos na importância da alimentação integral na qual o alimento nutre o corpo como um templo. Por isso, a importância em valorizar alimentos orgânicos, tratados com cuidado desde o plantio até servi-lo à mesa.”.
Thiago Lopes, também conhecido como Sono, é um dos idealizadores do coletivo Roots Ativa.
Quanto ao futuro do coletivo, Thiago revela que tudo o que eles imaginavam está acontecendo. “O que vivemos aqui é o reflexo do que foi feito lá atrás. O sistema capitalista um dia vai cair e quem está apoiado nele também cairá. Por isso, a importância de criar espaços de autonomia e crescermos em comunidade.”, diz.
LEGENDA – Mudas são manejadas para venda em feiras agroecológicas. Foto: Lucas Boi 
O IV ENA SE APROXIMA
O espaço Roots Ativa na Serra se prepara para receber o IV ENA – Encontro Nacional de Agroecologia, que pela primeira vez será sediado em Belo Horizonte do dia 31 de maio a 3 de junho. O encontro aguarda cerca de 2.000 agricultoras e agricultores de todo o país que discutirão temas atuais da produção agroecológica. O espaço do coletivo Roots Ativa será um dos locais onde acontecerão visitas e oficinas para os participantes.
Mídia democrática, plural, em rede, pela diversidade e defesa implacável dos direitos humanos.
https://jornalistaslivres.org/2018/05/o-que-a-cultura-rastafari-e-a-agroecologia-tem-em-comum/
Share:

0 comentários:

Postar um comentário