9 de abr. de 2015

Festival Nacional da Cultura e Esporte Indígena terá como tema os Jogos Mundiais.BERTIOGA-SP

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Um dos maiores festivais do país sobre a cultura e o esporte indígena acontece em Bertioga, entre os próximos dias 17 e 19. O Festival Nacional da Cultura e Esporte Indígena, realizado pela Prefeitura de Bertioga, por meio da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura, e Comitê Intertribal – Memória e Ciência Indígena vai reunir cerca de 400 índios de cinco etnias, além dos anfitriões, Guarani.

Representantes das etnias Kayapó, Paresi halíti, Pataxó, Karajá e Bororo e os Guarani, de Bertioga, vão apresentar toda a beleza da cultura, esporte e culinária de suas tribos. Cada etnia vai mostrar os rituais e danças praticados nas aldeias, o significado da pintura corporal e seus costumes. A interação com o público será total, inclusive com a pintura corporal.


O Festival, que acontece desde o ano de 2001, será realizado na Praça de Eventos, na Praia da Enseada, ao lado do Forte São João, onde será montada uma tenda com arquibancada. Grande parte da programação também vai acontecer no Parque dos Tupiniquins.


















Confira a Programação
Dia 17/04, sexta-feira
09h00 – Abertura da feira de artesanato
14h00 – Apresentações culturais e esportivas
20h00 – Abertura oficial: apresentação das etnias/ acendimento do fogo sagrado/ pajelança/ execução dos hinos nacional e municipal/ show pirotécnico e dança da integração.

Dia 18/04, sábado
09h00 – Abertura do Fórum Social Indígena com o tema: “Jogos Mundiais dos Povos indígenas e os compromissos com a qualidade de vida”. (Os palestrantes serão Kairo Bernado, representante da Prefeitura de Palmas e Carlos Terena, coordenador Geral dos Jogos e Luís Lobo, Consultor do Ministério do Esporte para os Jogos.)
11h00 – Stand Up Paddle e Canoagem com os índios
14h00 – Intervenção culturais e esportivas
15h00 – Futebol entre povos indígenas
20h00 – Apresentação cultural e esportiva/ Cunhã Porã: Desfile de Beleza Indígena

Dia 19/04, domingo
09h00 – Feira de Artesanato
11h00 – Stand Up e Canoagem com os índios
14h00 – Intervenções culturais e esportivas
15h00 – Futebol entre povos indígenas
20h00 – Apresentação cultural/ Ritual Sagrado/ Encerramento

O Festival, que acontece desde o ano de 2001, será realizado na Praça de Eventos, na Praia da Enseada, ao lado do Forte São João, onde será montada uma tenda com arquibancada. Grande parte da programação também vai acontecer no Parque dos Tupiniquins.

As etnias

Guarani
Também conhecidos como Ava-Chiripa, Ava-Guarani, Xiripa ou Tupi-Guarani, é considerado um dos povos mais populosos do Brasil, somando mais de 30 mil índios. Em Bertioga estão na reserva indígena Rio Silveira, na divisa com o município de São Sebastião, mas existem reservas espalhadas por todo país. Os Guarani vivem basicamente da agricultura, através do plantio do arroz, da mandioca, entre outros alimentos. Suas danças, cantos e rituais são direcionados ao Deus Tupã, pedindo proteção às pessoas e à natureza.

Kayapó
Os Kayapó vivem no Mato Grosso (MT) e Pará (PA) em aldeias dispersas ao longo do curso superior dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e de outros afluentes do rio Xingu. As aldeias são relativamente grandes em relação ao padrão amazônico: se uma aldeia indígena costuma variar entre 30 e 80 pessoas, entre os Kayapó, esse número flutua entre 200 e 500 habitantes. Os rituais Kayapó são numerosos e diversos, mas sua importância e duração variam fortemente. Dividem-se em três categorias principais: as grandes cerimônias de confirmação de nomes pessoais; certos ritos agrícolas, de caça, de pesca e de ocasião – por exemplo, aqueles realizados quando de um eclipse solar ou lunar – e, enfim, os ritos de passagem.

Paresi halíti 
Os Paresi têm uma antiga história de contato com os não-índios. As primeiras referências feitas a eles datam do fim do século XVII e, desde então, o contato foi se intensificando e gerando consequências muitas vezes devastadoras para o povo. Atualmente, os Paresí mostram-se preocupados em manter seus costumes e com a recuperação de outros aspectos que consideram importantes para a manutenção das suas práticas socioculturais, tendo em vista todas as consequências sofridas ao longo da sua história com os não-índios.

Pataxó
Habitantes da região sul da Bahia, o histórico do contato desses grupos com os não-indígenas se caracterizou por expropriações, deslocamentos forçados, transmissão de doenças e assassinatos. A terra que lhes foi reservada pelo Estado em 1926 foi invadida e em grande parte convertida em fazendas particulares. Apenas a partir da década de 1980 teve início um lento e tortuoso processo de retomada dessas terras, cujo desfecho parece ainda longe, permanecendo a Reserva sub-judice.

Karajá
Habitantes seculares das margens do rio Araguaia nos estados de Goiás, Tocantins e Mato Grosso, os Karajá têm uma longa convivência em sociedade, o que não os impediu de manter costumes tradicionais do grupo como: a língua nativa, as bonecas de cerâmica, as pescarias familiares, os rituais, os enfeites plumários, a cestaria e artesanato em madeira e as pinturas corporais, como os característicos dois círculos na face. Ao mesmo tempo, buscam a convivência temporária nas cidades para adquirir meios de reivindicar seus direitos territoriais, o acesso à saúde, educação bilíngue, entre outros.

Bororo
O termo Bororo significa, na língua nativa, ‘pátio da aldeia’. Não por acaso, a tradicional disposição circular das casas faz do pátio o centro da aldeia e espaço ritual desse povo, caracterizado por uma complexa organização social e pela riqueza de sua vida cerimonial. A despeito de hoje terem direito a um território descontínuo e descaracterizado, o vigor de sua cultura e sua autonomia política têm atuado como armas contra os efeitos predatórios do contato com o ‘homem branco’, que se estende há pelo menos 300 anos
http://www.rivieradesaolourenco.com/festival-nacional-da-cultura-indigena/#





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