25 de fev. de 2017

MOVIMENTO PRODUZ BRASIL REPUDIA DECISÃO DO GOVERNO E DIZ QUE ELA SINALIZA O FIM DO CONTEÚDO LOCAL NA PRÁTICA

MOVIMENTO PRODUZ BRASIL REPUDIA DECISÃO DO GOVERNO E DIZ QUE ELA SINALIZA O FIM DO CONTEÚDO LOCAL NA PRÁTICA

Movimento Produz BrasilO Movimento Produz Brasil, formado por 14 entidades que representam cerca de 200 mil empresas e milhões de trabalhadores, divulgou uma nota de repúdio à decisão do governo contra o conteúdo local e afirma no texto que ela significa o fim da política na prática, o que deve acabar com mais de 1 milhão de empregos no país, adicionando esse número de pessoas ao total de 12 milhões de desempregados de hoje. O movimento afirma que as empresas multinacionais vão encerrar suas atividades locais e passar a atender às demandas a partir de outros países, criticando fortemente a posição do governo: “políticas públicas não podem ser boas apenas para um grupo de meia dúzia de empresas petrolíferas e prejudicar todo o país”, diz o texto, ressaltando que os líderes do Produz Brasil vão continuar lutando para conscientizar o governo quanto à importância da política de conteúdo local. Veja abaixo a nota do movimento na íntegra:
“Não bastasse o elevado nível de desemprego já existente no país, acima de 12 milhões de pessoas, a decisão do Governo de redução dos índices de Conteúdo Local para petróleo e gás acrescentará mais de 1 milhão de desempregados.
Enquanto o Movimento Produz Brasil negociava com o Governo solução para as regras de Conteúdo Local que atendesse toda a cadeia produtiva, foi surpreendido com a divulgação de corte substancial dos índices nas atividades de exploração e produção de petróleo e, pior, dando a entender que isto é bom para o Brasil. Na prática, esta decisão sinaliza o fim do conteúdo local.
Os índices apresentados na quarta-feira (22) estão muito abaixo do razoável, aquém da atual capacidade de produção da indústria local, e podem ser atingidos apenas com a contratação de serviços. Ao não segmentar bens, serviços e engenharia, a decisão causa impactos desastrosos nos investimentos já realizados e futuros, além de severos reflexos na economia e na retomada do desenvolvimento.
A cadeia fornecedora investiu nos últimos anos mais de 60 bilhões de dólares na implementação e ampliação da capacidade de produção, de forma a atender às expectativas de demanda do setor de petróleo e gás. Empresas multinacionais que para cá vieram por conta do Conteúdo Local encerrarão suas atividades no Brasil e passarão a fornecer bens e serviços a partir de outros países, acarretando maior desemprego e perda de renda.
A indústria brasileira apoia a racionalização do Conteúdo Local, mas não aceita que ela seja descaracterizada com índices globais e extremamente baixos, legando à sociedade brasileira apenas serviços de baixo valor agregado. Políticas públicas não podem ser boas apenas para um grupo de meia dúzia de empresas petrolíferas e prejudicar todo o país.
O Movimento Produz Brasil reivindica que os índices de Conteúdo Local segreguem bens de serviços e que sejam condizentes com a capacidade produtiva do país, que já acumulou experiência e tecnologia suficientes para atender o mercado de petróleo dentro dos padrões internacionais”.
Fazem parte do Movimento Produz Brasil: ABCE, ABEMI, ABINEE, ABITAM, ABIMAQ, Instituto Aço Brasil, Sistema FIEB, Sistema FIEMG, FIERGS, FIESC, FIESP, Sistema FINDES, Sistema FIRJAN, SINAVAL
Entidades de trabalhadores que apoiam a causa: AFBNDES, CNTM, CLUBE DE ENGENHARIA, FORÇA SINDICAL, FUP e SINDIPETRO.
https://www.petronoticias.com.br/archives/95383
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