247 - O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, reforçou que setores progressistas estarão em permanente vigilância contra eventuais retrocessos nos direitos humanos e nos respeito à Constituição no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, que toma posse nesta terça-feira (1).
"Hoje Bolsonaro toma posse como presidente do Brasil. Estaremos vigilantes para garantir o respeito à constituição, as liberdades democráticas e os direitos sociais. Nenhum passo atrás!", escreveu no Twitter o candidato do Psol na eleição presidencial deste ano.
Mesmo antes de se eleger presidente, Bolsonaro concedia declarações que preocupam movimentos sociais. O novo ocupante do Planalto pretende classificar o MST e o MTST, por exemplo, como organizações terroristas; deu sinais de que não irá revogar a Reforma Trabalhista, em vigor desde novembro do ano passado; e já manifestou posições homofóbicas, racistas e contra direitos humanos de presidiários.
No ano passado, por exemplo, ele afirmou que, se eleito, não destinaria recursos para ONGs e que não vai ter "um centímetro demarcado" para reservas indígenas ou quilombolas.
"Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí. [...] Eu fui num quilombo, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles", disse ele numa palestra que fez no ano passado no Clube Hebraica do Rio de janeiro. A Procuradoria-Geral da República denunciou Bolsonaro por causa desta declaração. O Supremo Tribunal Federal rejeitou a denúncia.
Sobre os direitos de presos, ele disse que "um
a minoria de marginais aterrorizam a maioria de pessoas decentes". "Temos que buscar a redução da maioridade penal. Esses marginais não são excluídos. São vagabundos", disse em vídeo publicado em fevereiro de 2014. "Tem que dar vida boa pra esses canalhas (presidiários)? Eles fodem nós a vida toda e nós trabalhadores vamos manter esses caras presos numa vida boa?. "Eles têm que se fuder", disse (
relembre).
Ele já defendeu o projeto "Cura Gay". Quando era do PP, o congressista chegou a dizer que "ter filho gay é falta de porrada" (
assista aqui). O parlamentar também afirmou "que maioria é uma coisa, minoria é outra. Minoria tem que se calar" (
veja aqui).
https://www.brasil247.com/pt/247/brasil/379041/Boulos-estaremos-vigilantes-Nenhum-passo-atr%C3%A1s.htm
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