É preciso viver Cunha longe da poluição e da ansiedade, redescobrir as pequenas coisas boas da vida, bater um papo gostoso, encher os olhos e a alma de paisagens,sentar na varanda e deixar que o por do sol nos ilumine por dentro, caminhar sem pressa e sentir a vibração da natureza que purifica.
PÁSCOA Com o outono do começo de Abril, a Páscoa inaugura a temporada de frio nas montanhas da Serra do Mar e a bela e singela Cunha continua sendo a cidade pacata de povo hospitaleiro como alternativa interessante e sensata para alguns dias de sossego e tranquilidade entre paisagens naturais deslumbrantes e rico folclore popular. Na programação tradicional da Semana Senta, a Procissão do Senhor, a Malhação do Judas e a Cavalaria de São Benedito. Outras atividades culturais incluem as Aberturas de Fornada e Queima de Cerâmica em vários ateliês, passeios ambientais, trilhas na Mata Atlântica e para saudar o ar puro e completar o passeio, um prato cheio de delícias gastronômicas nos restaurantes da cidade, com hospedagem atenciosa e acolhedora, como de costume na vida do campo. Cunha deu início à retomada do seu desenvolvimento turístico com as atividades programadas no feriado paulistano de janeiro e neste carnaval passado, quando a cidade esteve movimentada, registrando público do Vale do Paraíba, da Grande São Paulo, do interior paulista e de outros estados, em busca do carnaval e dos atrativos que a cidade oferece nesta época. Embora com movimento comparativamente inferior às expectativas costumeiras para o verão, de forma otimista retoma-se o turismo como fator de expansão da economia da cidade, com o fluxo de visitantes trazendo alento para pousadas, restaurantes, ateliês, prestadores de serviços, para o comércio local e para todos que se empenham em oferecer condições adequadas de aconchego, conforto e atendimento amistoso e hospitaleiro ao visitante, que contribui com sua honrosa visita para desfrutar e preservar os encantos de Cunha, participando de sua recuperação.
SEMANA SANTA Desde os tempos de sua fundação há quase 300 anos, a cidade foi se formando ao redor da igreja. Ao som das badaladas do sino marcando o tempo, o povoado virou vila, a vila virou cidade e a dificuldade de acesso de sua topografia acidentada, manteve a população rural praticamente isolada, desenvolvendo identidade ancorada nas raízes culturais portuguesas e católicas de seu passado colonial. A solidariedade, desinteresse e simplicidade, de inspiração católica e praticamente ausentes no universo urbano, fazem parte do repertório do legado cultural que se manifesta com pronunciado fervor e devoção na Quaresma e Semana Santa. 02/04 - Sexta Feira da Paixão 15h00 - Celebração da Paixão e Descimento da Imagem de Jesus da Cruz 20h00 - Encenação da Paixão de Cristo 21h00 - Procissão do Senhor Morto 03/04 - Sábado Santo 23h00 - Procissão da Ressureição 04/04 - Domingo de Páscoa 10h00 - Missa de Páscoa 11h00 - (após a missa) Malhação do Judas 05/04 - 2ª Feira - Festa de São Benedito 10h00 - Missa na Igreja de São Benedito 11h00 - Cavalaria de São Benedito 18h00 - Procissão saindo da Igreja do Rosário, encerrando com a missa na Matriz.
PROCISSÃO DO SENHOR Iluminada pela luz das velas em movimento, a procissão do Senhor percorre as ruas da cidade como um resplandecente rio de fé e devoção. 02/04 - Sexta Feira da Paixão 15h00 - Celebração da Paixão e Descimento da Imagem de Jesus da Cruz 20h00 - Encenação da Paixão de Cristo 21h00 - Procissão do Senhor Morto
MALHAÇÃO DO JUDAS Manifestação da cultura popular caracteristicamente local em que o Judas, no domingo, no alto do mastro e carregado de explosivos, gira e rodopia, tira o chapéu e explode, soltando o saco de guloseimas para a alegria da criançada que espera embaixo e do povo que se reúne na praça, após a missa de Páscoa. Além da peculiaridade da malhação ocorrer no domingo, a tradição de confecção dos bonecos e a habilidade de lidar com explosivos é passada de artesão para artesão há algumas gerações. 04/04 - Domingo - 11h00 - (após a missa) Malhação do Judas CAVALARIA DE SÃO BENEDITO Costume cultural que remonta ao tropeirismo do ciclo do ouro, centenas de cavaleiros desfilam em suas montarias para receber a benção na frente da Igreja da Matriz. As tropas percorriam as rotas que cruzavam a região na época da colônia, entre o interior onde estavam as riquezas e o litoral, de onde eram levadas para a corte, na Europa. O tropeiro passava a maior parte de sua vida em andanças no lombo de seu cavalo e no dia da festa de São Benedito, como tradição que se mantém até hoje, recebe a benção com sua montaria. 05/04 - 2ª Feira - Festa de São Benedito 10h00 - Missa na Igreja de São Benedito 11h00 - Cavalaria de São Benedito 18h00 - Procissão saindo da Igreja do Rosário, encerrando com a missa na Matriz
CERÂMICA Considerado o maior núcleo de cerâmica artística do país, o leigo e o aficionado descobrem em Cunha um roteiro surpreendente e inesquecível para o apreciador que se encanta com a arte da cerâmica e a excepcional qualidade e variedade dos ateliês. Influências da tradição oriental (introduzida em 1975 com o forno Noborigama), mescladas com a tradição indígena-ibérica das paneleiras e condimentadas mais recentemente com a presença da cerâmica de estúdio, compõem a formação da identidade contemporânea dos ceramistas e da cerâmica como arte de expressão. Nos ateliês abertos à visitação podem ser encontradas cerâmicas queimadas da baixa à alta temperatura para endurecer a argila e torná-la cerâmica. Partindo da terracota dos pequenos fornos à lenha a 850ºC, o gradiente de temperatura sobe a 950-1180ºC dos fornos elétricos de pequeno porte e dos fornos de Raku e entra na temperatura onde a argila começa a ser sinterizada em pedra, 1.180ºC-1300ºC, com os fornos a gás. Altas temperaturas são atingidas com os fornos Noborigama de várias câmaras em várias horas de queima à lenha para vitrificar a argila de 1300ºC a 1400ºC com pedras moídas, minerais decantados, cinza de casca de arroz e cinza de lenha de eucalipto, originando cerâmicas surpreendentes. Esculturas, painéis, mosaicos, objetos, cerâmicas para a mesa, para o olhar e para fazer parte do dia-a-dia; cada ateliê cultiva sua própria identidade e característica e possui o seu próprio espaço onde o ceramista pode ser artista, artesão, escultor, artista plástico, arquiteto, pintor, o que for. Para conhecer todos os ateliês consulte ATELIÊS DE CUNHA - PDF - Guia Nascentes do Paraíba do Sul, de João Rural
ABERTURA DE FORNADA A apresentação do fantástico universo da cerâmica de alta temperatura, na boca do forno, com os procedimentos de preparação e modelagem da argila, pintura, esmaltação, enfornamento, queima e esfriamento, culminando com a retirada das cerâmicas vitrificadas, atraíndo visitantes de vários lugares do país. 03/04 - Sábado - Abertura de Fornada - Atelier Suenaga Jardineiro - Às 10h00, 12h00, 14h00 e 16h00
PARQUE ESTADUAL SERRA DO MAR Embora a estrada de acesso ao Núcleo Cunha do Parque Estadual Serra do Mar tenha ficado interditada por algum tempo por causa das chuvas, importantes passos foram dados antes do carnaval para assegurar o restabelecimento do acesso e os visitantes já podem atingir a unidade de conservação com segurança para conhecer as riquezas ambientais remanescentes da Mata Atlântica. Confirmar o programa de trilhas e visitas (12) 3111-2353 pesm.cunha@fflorestal.sp.gov.br
HOSPEDAGEM Mantendo a tradição de hospitalidade característica do modo de vida no campo, Cunha oferece hospedagem diversificada, em boa parte derivada do sítio que se converteu ao atendimento do visitante, e conta em sua estrutura com alguns bons hotéis-fazenda de amplos espaços, várias pousadas com aconchego e lazer e, na área urbana, hospedagem conveniente e econômica. Para conhecer todas as opções, consulte www.cunhatur.com.br
GASTRONOMIA Em Cunha, a culinária também agrega a tradição popular histórica da comida da roça ao requinte do paladar de pratos sofisticados. Trutas, carnes, massas artesanais, shiitake e especialidades criadas no sabor e no charme compõem, com a comida caseira, o cardápio que pode ser deliciado nos restaurantes e pousadas da estância. Vários restaurantes valem o passeio gastronômico pela arte da culinária. Para conhecer todas as opções, consulte www.cunhatur.com.br
ACESSOS Os acessos a Cunha são de qualidade. Quem parte de São Paulo conta com o sistema Airton Senna/Carvalho Pinto até Taubaté e a NovaDutra até Guaratinguetá. Para quem vem do Rio a NovaDutra é ótima opção para evitar a Rio-Santos no litoral. O acesso a Cunha por Paraty está interditado. De Guaratinguetá a Cunha, a SP171 Rodovia Paulo Virgínio ainda conta com alguns pontos em obras e está liberada para o tráfego com prudência no acesso ao município. www.cunhatur.com.br
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