16 de set. de 2011

1º Seminário do Geoparque Ciclo do Ouro de Guarulhos-SP

mesa diretora dos trabalhos
A Secretaria de Meio Ambiente promoveu  o 1º Seminário do Geoparque Ciclo do Ouro de Guarulhos. A finalidade do encontro, realizado no auditório do Paço Municipal, foi apresentar os resultados da pesquisa elaborada por um grupo de 36 pesquisadores e estudiosos que, desde dezembro de 2010, estão construindo um plano de gestão para o Geoparque. A equipe é formada por geólogos, geógrafos, biólogos, historiadores, sociólogos, engenheiros e advogados, entre outros. Existem também membros da sociedade civil e moradores da região.

O Geoparque Ciclo do Ouro, na Serra da Cantareira, compreende uma série de sítios geológicos e históricos ao norte de Guarulhos, que abrangem desde o Cabuçu até a Serra do Itaberaba, local onde está sendo instalado o corredor ecológico, com a estruturação de quatro áreas do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Três áreas de proteção integral representadas pelo Parque Natural Municipal da Cultura Negra Sítio da Candinha, Estação Ecológica do Tanque Grande e Reserva Biológica Burl Marx, e um local de uso controlado, a Área de Proteção Ambiental (APA) Cabuçu - Tanque Grande.
As quatro unidades se associam com a área do ciclo da exploração do ouro em Guarulhos, que começou em 1597 e teve duração de 250 anos. A área é considerada de relevante interesse para o município por possuir registros arqueológicos notáveis, associados à biodiversidade e recursos hídricos do Corredor Cantareira Mantiqueira.
O seminário é mais um passo no sentido da preservação histórica e ambiental da cidade. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Alexandre Kise, o evento tem extrema importância porque a sociedade precisa compreender melhor o que é o Geoparque e de que forma ele influencia o desenvolvimento sustentável de Guarulhos. O projeto consiste na preservação de área histórica, geológica e natural no corredor Cantareira – Mantiqueira.
Segundo o geólogo Antônio Theodorovicz, do Serviço Geológico do Brasil, o Geoparque é um instrumento de proteção. “Trata-se de uma marca atribuída pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura)a uma área onde os sítios do patrimônio geológico representam parte de um conceito de proteção e seu aproveitamento para contar a história geológica da terra, além de promover estudos científicos, educação ambiental e desenvolvimento sustentável.”
Para o historiador Elton Soares de Oliveira, do Movimento Guarulhos tem História, a sociedade terá a oportunidade de acompanhar a formulação das propostas para implantação do Geoparque Ciclo do Ouro. Segundo ele, no passado a cidade recebia indígenas que eram caracterizados como coletores. No entanto, o processo de estruturação começou depois do ciclo do ouro, que abriu caminhos em função da necessidade de construção de um processo produtivo para alimentação dos trabalhadores das minas. Há relatos desde 1600, que ajudam a recompor o patrimônio histórico da cidade. Segundo o geólogo da Secretaria de Meio Ambiente, Edson Barros, as pesquisas apresentadas pelo grupo de trabalho dão prosseguimento à fase de coleta de dados, que ajudará a desenvolver o plano de gestão do Geoparque.

Plano de Gestão do Geoparque
O plano de gestão do Geoparque Ciclo do Ouro possibilitará a Guarulhos aproveitar melhor seu potencial turístico e ambiental, bem como deixar claro os próximos passos para o resgate da história e para a preservação do Meio Ambiente, com ações locais de educação ambiental e de turismo. O fortalecimento do Geoparque dará visibilidade perante a rede mundial, o que pode garantir recursos internacionais, bem como a possível inserção na lista de patrimônios naturais da humanidade da Unesco.
texto e foto da Prefeitura Municipal de Guarulhos-sp
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