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Neste ano de 2012 a primeira megaobra da Amazônia, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (EFMM), completará o seu primeiro centenário em meio às lembranças de sua rica história e homenagem pela sua expressiva relevância histórica para o Brasil e o mundo.
Esta ferrovia teve suas primeiras tentativas de construção no final do século XIX, comandadas pelo seu principal idealizador, o Coronel e engenheiro estadunidense Georg Earl Chuch. Durante esses primeiros trabalhos o projeto contabilizou inúmeras desilusões e fracassos, como os das empreiteiras que se aventuraram nesse audacioso empreendimento. Somente numa segunda tentativa acordada pelo Tratado de Petrópolis, já no início do século XX, a "bendita" ferrovia teve êxito em sua construção, sendo finalmente inaugurada em 1912.
Hoje o que restou da EFMM, num trecho de 8 km que vai da Estação de Porto Velho até o povoado de Santo Antônio, foi tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Governo Federal através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e homologado pelo Ministério da Cultura, através da Portaria nº 108 de 28 de dezembro de 2006, assinada pelo então Ministro Gilberto Gil.
Esta ferrovia teve suas primeiras tentativas de construção no final do século XIX, comandadas pelo seu principal idealizador, o Coronel e engenheiro estadunidense Georg Earl Chuch. Durante esses primeiros trabalhos o projeto contabilizou inúmeras desilusões e fracassos, como os das empreiteiras que se aventuraram nesse audacioso empreendimento. Somente numa segunda tentativa acordada pelo Tratado de Petrópolis, já no início do século XX, a "bendita" ferrovia teve êxito em sua construção, sendo finalmente inaugurada em 1912.
Hoje o que restou da EFMM, num trecho de 8 km que vai da Estação de Porto Velho até o povoado de Santo Antônio, foi tombado como Patrimônio Cultural Brasileiro pelo Governo Federal através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e homologado pelo Ministério da Cultura, através da Portaria nº 108 de 28 de dezembro de 2006, assinada pelo então Ministro Gilberto Gil.
A ferrovia Madeira-Mamoré que se torna grandiosa em virtude da audácia de nossos antepassados por terem se aventurado numa intocada Floresta Amazônica com a gana de construir uma obra monumental, mesmo diante das muitas adversidades que uma região tão isolada e desconhecida podia oferecer. E neste ano em que a ferrovia comemora o seu primeiro centenário (1912-2012) o povo de Rondônia e os amantes da rica e fascinante história que gira em torno dessa construção (entre eles brasileiros e estrangeiros) reavivam o desejo de que todo o acervo material (equipamentos ferroviários, edificações...) e imaterial (história) dessa ferrovia seja finalmente reconhecido como Patrimônio da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Tornar a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré um Patrimônio da Humanidade seria uma maneira de fazer justiça às pessoas das mais diversas localidades do mundo que estiveram aqui e contribuíram arduamente para a construção desta ferrovia. Foram pessoas das diversas nacionalidades - espanhóis, antilhanos, portugueses, gregos, bolivianos, italianos, indianos, venezuelanos, colombianos, chineses, turcos, peruanos, barbadianos, alemães, franceses, ingleses, austríacos, árabes, russos, porto-riquenhos, japoneses e dinamarqueses - que deixaram suas famílias em busca de trabalho numa região em que até chegarem ao local jamais imaginavam ser tão precária.
Como estiveram envolvidos na construção dessa obra pessoas de tantas nações, e levando em consideração que desde as primeiras tentativas de construção o comando era encabeçado por um estrangeiro – Coronel Earl Church na primeira fase e Percival Farquhar na segunda - a Ferrovia Madeira-Mamoré na atualidade tem parte de seus registros históricos (documentos, fotografias...) espalhados por alguns países, como Estados Unidos e Reino Unido, inclusive existem sociedades e associações de ferroviários no estrangeiro que estão empenhadas na conservação da história da Madeira-Mamoré, como EFMM.net.
Neste ano de 2012 inúmeras organizações, com apoio de pessoas comuns, estão empenhadas para a candidatura da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré a Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, e a cada dia a causa ganha força com mais organizações estão declarando apoio ao movimento, e outras que vem sendo convidadas a levantar esta bandeira.
A prova da internacionalidade da construção da EFMM, além da participação de técnicos e operários de outros países, foi a presença de características estrangeiras (equipamentos, máquinas, costumes...) durante a construção da ferrovia, das quais até hoje encontramos resquícios pela cidade de Porto Velho. A constituição de uma empresa com o nome em inglês "The Madeira-Mamoré Railway Company", as ações na Bolsa de Valores em Londres, os empréstimos de bancos londrinos, a tecnologia ferroviária inglesa da época nas primeiras tentativas, posteriormente a adoção da tecnologia estadunidense, os jornais editados em inglês (The Porto Velho Times, The Porto Velho Courrier e The Porto Velho Marconigran), as caixas d’água em estilo estadunidense... Tudo isso são apenas algumas peculiaridades que demonstra o quanto a construção da EFMM, que ainda hoje é desconhecida por muitos brasileiros, envolveu o mundo em sua história.
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