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Aéroporto de ItanaémSP - Com o pré-sal na Bacia de Santos, que tal criar um Aéroporto-Escola ... |
Paulo Cezar Barreto
Formação de controladores de voo, infraestrutura aeroportuária e políticas de apoio à aviação geral (atividades aéreas diferentes de voos regulares ou aviação militar, abrangendo principalmente aeronaves particulares e táxis aéreos) foram algumas das preocupações dos representantes do setor aeronáutico ouvidos em audiência pública da Subcomissão Temporária sobre a Aviação Civil (Cistac) nesta quarta-feira (8).
A subcomissão, subordinada à Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) e presidida pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO), debate a implantação do CNS/ATM, sistema que visa à modernização do controle do espaço aéreo em todo o mundo para enfrentar o crescimento no tráfego aéreo projetado para o futuro. Essa situação foi classificada pelo tenente-brigadeiro-do-ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes, diretor-geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), como “momento crítico” para o órgão que dirige. Em sua explicação sobre a formação e funcionamento do Decea, esclareceu que só na Amazônia Legal a abrangência da vigilância aérea equivale a 32 países europeus.
- Falta doutrina, falta educação, falta a formação que o pessoal que cursou uma academia militar tem. Falta ao povo brasileiro essa estrutura para que tenhamos, em todos os segmentos da vida pública, um comportamento adequado, transparente, digno. É o que o Brasil precisa para chegar à sua soberania plena e absoluta – afirmou, reiterando que “não cabem cargos políticos” na aviação.
Raul Francé Monteiro, coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/GO), também elogiou o trabalho do Decea, mas sublinhou a necessidade de mais controladores de voo com melhor formação. Ainda assim, para ele, não é possível “de uma canetada” começar a formar controladores imediatamente.
- Os investimentos que deveriam ser feitos em favor de algumas instituições relacionadas a aviação não são feitos há muitos anos na modalidade e na quantidade necessária - disse.
Francisco de Lyra, diretor da C-Fly Aviação, lembrou que o Brasil tem a segunda maior frota de jatos executivos do mundo, mas a política pública brasileira tem sido pouco sensível a esse setor. Para ele, faltam infraestrutura e investimentos específicos para a aviação geral, que segue sendo considerada “atividade marginal”. Conforme ressaltou, os investidores precisam ir pessoalmente aos locais de seus investimentos.
- Mas, se ele for hoje na malha de transporte público de massa, só poderá investir em 139 cidades. A aviação executiva deve ser contemplada na política pública, porque é quem pode fazer o país dar o salto de investimentos de que precisamos – argumentou, defendendo liberdade tarifária na aviação geral que permita ao gestor do aeroporto fazer as obras de infraestrutura necessárias.
Francisco de Lyra ainda propôs a criação de um aeroporto-escola, frisando que, em uma atividade eminentemente operacional não é simples fazer a transição direta da sala de aula para o dia-a-dia de uma operação intensa.
Decea
A gestão do Decea recebeu elogios de George William Cesar de Araripe Sucupira, presidente da Associação de Pilotos e Proprietários de Aeronaves, principalmente pela capacitação do corpo de trabalho do órgão – profissionais que, segundo ele, atuam na aviação “desde a pós-adolescência”. Sucupira acredita que é preciso crescer muito antes de se colocar civis para controlar certos segmentos da aviação.- Falta doutrina, falta educação, falta a formação que o pessoal que cursou uma academia militar tem. Falta ao povo brasileiro essa estrutura para que tenhamos, em todos os segmentos da vida pública, um comportamento adequado, transparente, digno. É o que o Brasil precisa para chegar à sua soberania plena e absoluta – afirmou, reiterando que “não cabem cargos políticos” na aviação.
Aviação geral
Sucupira, que declarou que o avião é “a única solução” diante dos problemas no transporte de superfície no Brasil, também defendeu um espaço nas políticas públicas para a aviação geral quando os órgãos gestores têm estado muito ocupados com a aviação regular. Em especial, ele cobrou definição quanto à estrutura aeroportuária, que não tem atendido a aviação geral com eficiência, e pediu modernização nos parâmetros da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para controle do setor.Raul Francé Monteiro, coordenador do curso de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/GO), também elogiou o trabalho do Decea, mas sublinhou a necessidade de mais controladores de voo com melhor formação. Ainda assim, para ele, não é possível “de uma canetada” começar a formar controladores imediatamente.
- Os investimentos que deveriam ser feitos em favor de algumas instituições relacionadas a aviação não são feitos há muitos anos na modalidade e na quantidade necessária - disse.
Francisco de Lyra, diretor da C-Fly Aviação, lembrou que o Brasil tem a segunda maior frota de jatos executivos do mundo, mas a política pública brasileira tem sido pouco sensível a esse setor. Para ele, faltam infraestrutura e investimentos específicos para a aviação geral, que segue sendo considerada “atividade marginal”. Conforme ressaltou, os investidores precisam ir pessoalmente aos locais de seus investimentos.
- Mas, se ele for hoje na malha de transporte público de massa, só poderá investir em 139 cidades. A aviação executiva deve ser contemplada na política pública, porque é quem pode fazer o país dar o salto de investimentos de que precisamos – argumentou, defendendo liberdade tarifária na aviação geral que permita ao gestor do aeroporto fazer as obras de infraestrutura necessárias.
Francisco de Lyra ainda propôs a criação de um aeroporto-escola, frisando que, em uma atividade eminentemente operacional não é simples fazer a transição direta da sala de aula para o dia-a-dia de uma operação intensa.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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