Multinacionais, paguem o que é justo, campanha vai até 2017 -INESC
Quando a promoção dos direitos humanos e a realização da políticas públicas como educação, saúde
e segurança pública não são adequadamente atendidas, os governantes têm sempre a mesma justificativa: "não temos recursos financeiros". No entanto, o que sabemos é que muito do dinheiro que poderia compor o orçamento dos Estados por meio do recolhimento tributário adequado e justo escoa pelos ralos da sonegação e evasão fiscais. Como fazer com que elas paguem seus impostos devidamente - e mais, que paguem o justo?
Para aprofundar o debate sobre a atual arquitetura financeira e econômica internacional, foi lançada em Porto Alegre a campanha global por Justiça Fiscal "Que as Transnacionais Paguem o Justo!", com mesa redonda organizada pelo Instituto Justiça Fiscal (IJF), a Rede Latinoamericana Sobre Dívida, Desenvolvimento e Direitos (Latindadd) e a Rede de Justiça Fiscal da América Latina e Caribe (RJFAC).
"As multinacionais obtêm lucros extraordinários, pagando poucos tributos por conta de uma regulação insatisfatória e uma fiscalização leniente, o que permite que realizem diversas manobras contábeis para não pagar os impostos devidos", afirma Grazielle David, assessora política do Inesc, que participará da mesa redonda de lançamento da campanha. "E ainda recebem vários privilégios fiscais, como isenções, com a justificativa de atração de capital. No final, a conta acaba sobrando para a população, dos países que são explorados, que sofrem com serviços públicos de baixa qualidade."
Graziele explica que a campanha "Multinacionais paguem o justo" terá a duração de dois anos, até 2017, com o objetivo de promover uma mobilização da sociedade civil em defesa da justiça fiscal. Em junho, o Inesc participou da Semana de Ação Global por Justiça Fiscal, para exigir o fim da sonegação e entregou a ministros brasileiros cartas assinadas por organizações da sociedade civil e movimentos sociais pedindo que o governo brasileiro se mobilizasse na Conferência da ONU sobre o tema, realizada na Etiópia. Infelizmente, o resultado final da reunião foi decepcionante
http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-do-inesc/2015/julho/multinacionais-paguem-o-que-devem-as-politicas-publicas-agradecem/view
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