27 de nov. de 2017

Zé Dirceu decide doar seus arquivos para a Casa de Mariana. - Editor - AGUARDAMOS QUE OS ARQUIVOS CHEGUEM AO DESTINO E SEJAM MAIS UMA FONTE DE INFORMAÇÃO HISTÓRICA. ESPERA-SE QUE O ACERVO NÃO SEJA CONFISCADO JUDICIALMENTE.

Zé Dirceu decide doar seus arquivos para a Casa de Mariana

O primeiro lote de documentos do ex-ministro segue nos próximos dias para Minas Gerais. O material será organizado, catalogado e digitalizado por professores e estagiários da Universidade Federal de Ouro Preto.

O ex-ministro José Dirceu anunciou neste fim de semana sua decisão de doar à Casa de Mariana, instituição criada pelo jornalista e escritor Fernando Morais, todos seus arquivos políticos e pessoais acumulados ao longo de meio século.
O material compreende cartas, documentos, anotações e fitas de áudio e vídeo referentes a todas as atividades de Dirceu:
Movimento estudantil
Congresso da UNE em Ibiúna
Participação na luta armada contra a ditadura
Primeira prisão
Libertação em troca do embaixador norte-americano
Treinamento militar em Cuba
A cirurgia plástica realizada em Havana para mudar de rosto
O retorno clandestino ao Brasil
A luta pela redemocratização
A criação do PT
As cinco campanhas eleitorais de Lula
A eleição de Lula
Na chefia da Casa Civil
A AP-470 (“mensalão”)
A cassação do mandato
A Lava Jato
Os processos, as condenações e as prisões
A primeira parte do acervo a ser enviada a Mariana refere-se exclusivamente ao período em que Dirceu foi ministro-chefe da Casa Civil de Lula. Está armazenada em seis arquivos de aço que serão transportados para Mariana nos próximos dias.
Antes da decisão de Dirceu, a Casa de Mariana já havia recebido, além do acervo de Fernando Morais, um lote de documentos doados pela família do ex-ministro Sérgio Motta e cinco caixas de cartas de Carlos Lacerda a seu advogado Fernando Veloso.
Leia também:
Mineiro de Passa Quatro, José Dirceu foi deputado estadual e federal pelo PT, e ministro-chefe da Casa Civil no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi líder estudantil entre 1965 e 1968, ano em que foi preso em Ibiúna, no interior de São Paulo, durante um Congresso da União Nacional dos Estudantes.
Em 1969, em troca da libertação do embaixador dos Estados Unidos Charles Burke Elbrick, Dirceu e outros catorze presos políticos foram libertados e enviados ao México. Ele exilou-se em Cuba, onde estudou, trabalhou e recebeu treinamento militar.
Em Cuba Dirceu se submeteu a uma cirurgia plástica de reconstrução facial para voltar ao Brasil sem ser reconhecido, onde viveu clandestinamente.
Retornou a Cuba e depois voltou ao Brasil em 1975, mais uma vez de forma clandestina.
Em 2012 Dirceu foi condenado pelo STF na ação penal 470, conhecida como Mensalão, por corrupção ativa. Foi preso em novembro de 2013 e, quase um ano depois, passou a cumprir a pena em regime domiciliar.
Em 2015, Dirceu voltou a ser preso, dessa vez na Operação Lava Jato. No ano seguinte, foi condenado a 23 anos e três meses, acusado de “corrupção passiva, recebimento de vantagem indevida e lavagem de dinheiro em um esquema de desvio na Petrobras”.
Em março, foi condenado novamente na Lava Jato a 11 anos e três meses por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Dirceu cumpre pena em regime domiciliar com tornozeleira eletrônica.
http://www.nocaute.blog.br/brasil/ze-dirceu-decide-doar-seus-arquivos-para-casa-de-mariana.html

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