24 de jan. de 2018

Algumas pérolas de Amaury Ribeiro Jr. no "Privataria Tucana". - Editor - ESSA "PRIVATARIA" VEM DESDE O GOVERNO MONTORO, GOVERNADOR DE SP, NO ÉPOCA NO PMDB, TENDO COMO SECRETÁRIO DO PLANEJAMENTO O ATUAL SENADOR DO PSDB E NADA DE JUSTIÇA NO ENCALÇO DO MESMO E NEM DO MINEIRINHO GOLPISTA. PRÁ LULA 12 ANOS


Algumas pérolas de Amaury Ribeiro Jr. no "Privataria Tucana"

publicada em 13 de dezembro de 2011

TRECHOS DO LIVRO  "A PRIVATARIA TUCANA"






Nem mesmo a Nossa Senhora Aparecida do fundamentalismo neoliberal,
a primeira‑
ministra britânica Margaret Thatcher, teve o
atrevimento de fazer o que foi feito na desestatização à brasileira.
Nos anos 1980, Thatcher levou ao martelo as estatais inglesas, pulverizando
suas ações e multiplicando o número de acionistas.

Na prática, a teoria acabou sendo outra. O torra
torra das estatais
não capitalizou o Estado, ao contrário, as dívidas interna e externa
aumentaram, porque o governo engoliu o débito das estatais leiloadas
— para torna
las mais palatáveis aos compradores — e ainda as
multinacionais não trouxeram capital próprio para o Brasil.

No Rio, o também tucano Marcelo Alencar realizou proeza
maior: vendeu o Banerj para o Itaú por R$ 330 milhões, mas antes da
privatização demitiu 6,2 mil dos 12 mil funcionários do banco estadual.
Como precisava pagar indenizações, aposentadorias e o plano
de pensões dos servidores, pegou um empréstimo de R$ 3,3 bilhões,
ou seja, dez vezes superior ao que apurou no leilão. Na verdade, 20
vezes superior, porque o Rio só recebeu R$ 165 milhões, isto porque
aceitou moedas podres, com metade do valor de face.

Quando quer pincelar o negócio com mais capricho e certo
verniz de legalidade — a mesma ética, porém com um requinte a
mais de estética — o proprietário vale
se de outra máscara: em
vez dele mesmo, nomeia advogados ou parentes como representantes
das suas offshores. É o modo mais utilizado, por exemplo,
pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF),
Ricardo Teixeira. Em 2010, a rede de televisão britânica BBC acusou
Teixeira, junto com seu ex
sogro, João Havelange, expresidente
da Fifa, de utilizar a offshore Sanud Etablissement
para receber uma propina de R$ 15 milhões (US$ 9,5 milhões).
Segundo a televisão britânica, a grana teria pingado na conta da
Sanud, situada no principado de Liechtenstein, conhecido paraíso
fiscal europeu, por obra de uma empresa de marketing esportivo
em troca de contratos assinados com a Fifa.
A trajetória de Ricardo Sérgio nos anos FHC, seu poder e sua
audácia ao mover
se nos bastidores do poder tucano com frequência
o aproximaram das grandes fortunas do país

Dois ministros de FHC — Mendonça de Barros, das
Comunicações; e Paulo Renato de Souza, da Educação — em diferentes
ocasiões, ouviram o empresário Benjamin Steinbruch
queixar
se de ter de pagar comissão a Ricardo Sérgio em troca da
sua expertise na operação que resultou na venda da Companhia
Vale do Rio Doce.
O controle acionário da Vale foi vendido
O controle acionário da Vale foi vendido em maio de 1997, com
direito a financiamento oficial subsidiado aos compradores e uso
de moedas podres... Custou a bagatela de US$ 3,3 bilhões. Hoje, o
mercado lhe atribui preço 60 vezes maior, ou seja, rondando os
US$ 200 bilhões.

FHC foi comunicado e negou ter conhecimento do assunto,
desautorizando qualquer cobrança. Executivos da área financeira,
ministros e empresários afirmaram a outra publicação,
com a condição de que suas identidades não fossem reveladas, que
a propina, realmente, era de R$ 15 milhões e foi, pelo menos, parcialmente
paga. Segundo a apuração, os intermediários da negociação
com Steinbruch seriam os empresários Miguel Ethel e José
Braffman, ambos parceiros do então diretor do BB.
Mendonça de Barros liga para Ricardo Sérgio e explica que o
Opportunity está com “um problema de fiança” para participar
do leilão das teles. E propõe: “Não dá para o Banco do Brasil dar
(a fiança)?”.
— Acabei de dar — responde Ricardo Sérgio, que alcançou R$
874 milhões para o consórcio de Dantas. E agrega, cometendo a
frase síntese do processo de privatização à brasileira. “Nós estamos
no limite da nossa irresponsabilidade.” E emenda outra, mais tosca
e premonitória:
“Na hora que der merda, estamos juntos desde o início.”
— A imprensa está muito favorável, com editoriais — comenta
Mendonça de Barros.
— Está demais, ne — diz FHC. — Estão exagerando até... —

O relatório secreto da CPMI do Banestado mostra, por exemplo,
que no dia 28 de novembro de 2000, Ricardo Sérgio usou a conta
número 30010969906, aberta pelo seu sócio e testa de ferro Ronaldo
de Souza para trazer US$ 100 mil dos Estados Unidos. Ronaldo de
Souza realizou um depósito na conta da Kundo no MTB Bank e,
em seguida, Ricardo Sérgio recebeu os recursos dos doleiros no
país. A papelada revela que durante o período de 1998 a 2001, o excaixa
de campanha do PSDB realizou 21 operações desse tipo para
internar dinheiro.

O relato aponta que a carta de fiança do Banco do Brasil, no
valor de R$ 847 milhões, que permitiu à Solpart Participações, empresa
do Grupo Opportunity, ingressar na disputa, estava crivada
de irregularidades.

Os documentos que atestam a compra, pela eminência parda
das privatizações, Ricardo Sérgio, e por Ronaldo de Souza,
dos prédios da Fundação Petrobras de Seguridade Social, a
Petros, no centro do Rio e em Belo Horizonte.
Pitorescamente, as empresas de Ricardo Sérgio e de Souza
são vizinhas de porta e os dois trocaram procurações.

Conforme os documentos, a exemplo do que ocorria no MTB,
Ricardo Sérgio recebia os recursos de Preciado por intermédio
das operações a cabo.
Em vez de entregar toda a bolada em espécie
aos doleiros, o primo de Serra solicitava que uma casa de câmbio
espanhola — a Caja de Ahorros Y Pensiones, de Barcelona — depositasse
os valores por meio da rede telemática (a internet dos
bancos) na conta da Rigler, em Nova York.

No jargão dos especialistas em rastrear dinheiro sujo, a Beacon
Hill movimentava uma conta de “segunda camada”, que era alimentada
por contas abertas por doleiros, em nome de offshores, na
agência do Banestado, em Nova York. As investigações apontam
que a megalavanderia do banco estatal paranaense transferiu a bolada
de US$ 24 bilhões para a conta Beacon Hill.

Esmiuçados pelas autoridades policiais e fazendárias brasileiras,
os papéis repassados ao Brasil pela promotoria distrital de Nova
York apontam que Ricardo Sérgio e Preciado não foram os únicos
privatas do Caribe a recorrer à Beacon Hill para remeter e movimentar
recursos no exterior.

As investigações detectaram que as contas da Beacon Hill eram
utilizadas por praticamente todos os correntistas do Opportunity
Fund e por sócios e laranjas de outras empresas do grupo de Daniel
Dantas para carrear recursos ao exterior.
Daniel Dantas trafegou por esse duto de dinheiro sujo.
Na família, a irmã e sócia do banqueiro, Verônica Dantas, não demorou
a ganhar destaque de cliente especial no escritório de lavagem
de dinheiro. Ex-sócia da filha de José Serra, Verônica, em uma
empresa em Miami — como também será detalhado mais adiante
— Verônica Dantas, além do Opportunity Fund teria movimentado
recursos de outras 150 empresas do grupo Opportunity por
meio da mesma lavanderia.

A saga de Marcos Valério, Preciado, Ricardo Sérgio e Dantas na
Beacon Hill talvez permanecesse oculta para sempre não fosse a
paixão confessa de Robert Morris Morgenthau — um herói da II
Guerra Mundial — pelo Brasil. Quando assumiu, em 1975, o cargo
vitalício de chefe da promotoria distrital de Nova York, antes de se
tornar o principal caçador de dinheiro sujo no Caribe, ele já havia
travado diversas batalhas por outros mares. Depois de passar uma
longa temporada à caça de submarinos alemães, o comandante
Morgenthau acabou afundando em 1943 com o destróier USS
Lansdale, torpedeado pelo inimigo, o que o obrigou a ficar quatro
horas dentro d’água. “Era um banho que não estava programado”,
contou ao jornalista Osmar de Freitas Jr.28
A admiração pelo Brasil foi construída no período de janeiro de
1942 a junho de 1943 quando Morghentau, a bordo do USS Winslow,
recebeu a missão de patrulhar o litoral brasileiro. Baseado no Recife,
onde não demorou a se apaixonar pela cultura local, Morgenthau
aprendeu a ler e falar português.

Os laços de familiaridade com o país e a amizade com o jornalista
brasileiro Osmar de Freitas Jr. — as mulheres de ambos também
são amigas — levaram Morgenthau a embarcar em uma nova
batalha: investigar e destruir a megalavanderia que os doleiros haviam
criado no Banestado, no MTB Bank e na Beacon Hill.

A cooperação da promotoria de Nova York acabou sendo também
decisiva para que as autoridades brasileiras flagrassem uma
tentativa de internação de US$ 90 milhões dos cerca de US$ 300
milhões que Maluf conseguiu enviar por intermédio de doleiros
do Banestado e do MTB Bank para duas contas na Suíça.
Em 2010, Morgenthau pediu sua aposentadoria após 35 anos
no comando da promotoria de Nova York. Mas, antes de limpar as
gavetas, teve o cuidado de colocar o nome de Maluf e de seu filho,
Flávio Maluf, na lista vermelha de procurados pela Interpol.

Na documentação da CPI do Banestado, a comprovação de que 81% dos
depósitos recebidos no exterior pela Franton Enterprises – do ex-caixa
de campanha de José Serra, Ricardo Sérgio de Oliveira – foram feitos
pelo primo político de Serra, Gregório Preciado. Os dados são originários
da base de dados da famigerada conta Beacon Hill. Também nos papéis,
a turbulenta situação das empresas de Preciado, os pagamentos que fez
e a omissão de Serra diante da Justiça Eleitoral sobre sua sociedade com
Vladimir Rioli. As suspeitas do MPF sobre os negócios de Serra, Rioli,
Ricardo Sérgio e Preciado. E a trama de Preciado com o caixa de Serra
para montar o consórcio Guaraniana e arrematar três estatais.
A chave mágica gira pela primeira vez para o contraparente de
José Serra em 1983. Catapultado pelo apoio do poderoso primo,
Preciado toma assento no Conselho de Administração do Banco do
Estado de São Paulo (Banespa), então o banco público estadual. O
governador era Franco Montoro e Serra, seu secretário de planejamento.
Os tucanos ainda não eram tucanos e abrigavam
se no ninho
do PMDB, de onde logo bateriam asas, acusando a velha
legenda de antro de fisiologismo, pecha que a história, essa matrona
sarcástica, cobraria do próprio PSDB um pouco adiante. O primo
de Serra permanecerá no Conselho de 1983 a 1987.
Mas é com os cofres do Banco do Brasil que o primo do peito irá se
encontrar. Em agosto de 1993, Preciado toma um empréstimo equivalente
a US$ 2,5 milhões na agência Rudge Ramos, em São Bernardo do
Campo (SP). O financiamento, em nome das empresas Gremafer
Comercial e Importadora Ltda. e Aceto Vidros e Cristais Ltda.31 que,
na época, tinham vários títulos protestados na praça, demora a ser liberado.
Quando ocorre a liberação, as duas empresas de Preciado, atoladas
em dívidas, não conseguem paga
lo. No ano seguinte, acontece a
primeira renegociação. Mas não é honrada. Apenas a Aceto paga uma
parcela — referente a outubro de 1994 — do seu débito.
Corre o ano de 1994 e Preciado está mordendo a lona. Já deve
aproximadamente R$ 20 milhões, que não pode pagar ao Banco do
Brasil. Mas pode doar, por meio das endividadas Gremafer e Aceto,
a bolada de R$ 87.442,82 para a campanha do primo Serra ao
Senado. O BB ajuda a bancar as investidas empresariais de Preciado
e este ajuda a bancar a candidatura do primo. O depósito consta da
prestação de contas do candidato à Justiça Eleitoral.
Desde que passou a integrar o clã dos Serra, os horizontes do
primo Preciado expandiram
se consideravelmente. Casado com
uma prima em primeiro grau do ex
governador de São Paulo,
Preciado arrebatou vantagens bancárias distantes das que arrebatariam
mortais comuns, brasileiros ou espanhóis. Ou você, leitor, obteria,
munido somente de sua integridade e seus belos olhos, um
abatimento de seu débito com o Banco do Brasil de R$ 448 milhões
para irrisórios R$ 4,1 milhões?30

Quando se abriu a porteira dourada dos grandes negócios
das privatizações na Era FHC, Preciado, num estalar de dedos,
transmutou
se em player global para jogar o jogo pesado da
privataria. E foi às compras. Representante da empresa Iberdrola,
da Espanha, montou o consórcio Guaraniana, que adquiriu três estatais
de energia elétrica: a Coelba, da Bahia; a Cosern, do Rio
Grande do Norte; e a Celpe, de Pernambuco.
A vida é dura, mas Preciado não pode se queixar. Se o Banco
do Brasil levou a pior na convivência com ele, o primo de Serra
vai bem obrigado. Continua sendo dono da Aceto e da Gremafer.
É também o proprietário da Porto Marin Empreendimentos
Imobiliários.

Hoje, é dono de uma mansão de US$ 1 milhão em Trancoso,
paradisíaco recanto do Sul da Bahia. É o mesmo oásis que a família
Serra busca para recuperar
se da árdua labuta para ganhar o pão de
cada dia. Neste santuário da elite paulistana, como a empresária
Eliana Tranchesi, dona da butique Daslu; e de vips globais, caso da
top model Naomi Campbell; foi que José Serra passou o reveillon de
2010. Em Trancoso, Serra costumava hospedar
se com o primo.

Daquela vez, porém, quem o recebeu, durante oito dias, foi a filha
Verônica, proprietária de outra mansão.
A vida é dura, mas Preciado não pode se queixar. Se o Banco
do Brasil levou a pior na convivência com ele, o primo de Serra
vai bem obrigado. Continua sendo dono da Aceto e da Gremafer.
É também o proprietário da Porto Marin Empreendimentos
Imobiliários.
Hoje, é dono de uma mansão de US$ 1 milhão em Trancoso,
paradisíaco recanto do Sul da Bahia. É o mesmo oásis que a família
Serra busca para recuperar
se da árdua labuta para ganhar o pão de
cada dia. Neste santuário da elite paulistana, como a empresária
Eliana Tranchesi, dona da butique Daslu; e de vips globais, caso da
top model Naomi Campbell; foi que José Serra passou o reveillon de
2010. Em Trancoso, Serra costumava hospedar
se com o primo.
Daquela vez, porém, quem o recebeu, durante oito dias, foi a filha
Verônica, proprietária de outra mansão.
.
Antigos aliados do senador
Antonio Carlos Magalhães, que nunca morreu de amores por
Serra, os adversários baianos de Preciado ironizam. Dizem que o
Espanhol, hoje totalmente livre de dívidas, também costuma se
emocionar em festas ao lembrar do apoio que sempre recebeu no
país. “Viva el Brasil”, costuma brindar Preciado. “Viva la privatización”,
emendam seus inimigos.
Para Verônica Serra, 2001 marca mais do que as bodas com Bourgeois.
Assinala também a abertura de sua empresa, a Decidir.com.inc na suíte
900, número 1200, na Brickell Avenue, principal artéria do distrito
financeiro de Miami, sempre associada a altos negócios e riqueza.
Da sociedade participa outra Verônica. Irmã e sócia do banqueiro
Daniel Dantas, dono do banco Opportunity, Verônica Valente
Dantas Rodemburg compartilha a gestão com a xará e filha de José
Serra.

A empresa foi registrada
em Miami em 3 de maio de 2000, sob o número P00000044377.
Mas a operação nos Estados Unidos vai durar pouco. A filha de
Serra tirou o nome da empresa antes de o pai ser oficializado candidato”,
diz a nota.

E como explicar essa notícia? A revista brigou com Dantas? Ou
o banqueiro ficou louco ao ponto de se autodenunciar? Nada disso.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, na época, o
Banco Opportunity brigava com os sócios estrangeiros e com a
Previ, o fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil
(BB), pelo controle da Brasil Telecom. Sendo assim, pressionava o
exgovernador paulista a intervir na indicação da diretoria da Previ,
que detinha a maior parte das cotas das empresa de telefonia. Em
outras palavras, por meio da publicação, Dantas usava a sociedade
entre as duas Verônicas para chantagear Serra.
O que a revista Epoca não publicou é que as trocas de e‑mails
entre o lobista e o assessor deixam clara a aflição de Serra com a
devassa que o Ministério Público Federal e a Receita Federal faziam
no Fundo Opportunity e outras empresas de Dantas.
As Ilhas Virgens Britânicas, é claro, e mais especificamente para
o Citco Building, o velho navio pirata que ajudou a amoitar o dinheiro
da propina das privatizações. A Decidir é transformada em
offshore e rebatizada como Decidir International Limited
Toda vez que Bourgeois quer
trazer o dinheiro invernado no velho navio corsário, ele faz um aumento
de capital na Iconexa, que é integralizado (posto em dinheiro
vivo) pela IConexa Inc. Aí acontece o mais inacreditável:
Bourgeois assina pelas duas empresas (a IConexa Inc. e a IConexa
do Brasil Ltda.) nessas operações. Conforme documentação obtida
na Junta Comercial de São Paulo, entre os anos de 2000 e 2002,
Bourgeois trouxe um total de R$ 7 milhões do Caribe.
O relacionamento com o Opportunity insere uma nota curiosa
em tudo isso: a sombra perene de Daniel Dantas e do seu banco do
início ao fim das atividades empresariais e financeiras do casal.
Tomese, apenas para exemplificar, o indiciamento da filha
do candidato presidencial do PSDB, a empresária Verônica
Serra. Passou em brancas nuvens. Ninguém soube ou, se soube,
não publicou. Está sendo informado aqui, em primeira mão.
Apontada como uma das vítimas da transgressão de sigilo fiscal
ocorrida na agência da Receita Federal em Mauá (SP), Verônica
Serra foi indiciada pela Polícia Federal já no remoto ano de 2003
e é ré em processo que corre na 3ª Vara Criminal de São Paulo.
Qual a acusação? Justamente a de ter praticado um crime da
mesma natureza... Consta do processo 370
36
2003.401.6181
(numeração atual), no qual Verônica e outros dirigentes da empresa
Decidir do Brasil são apontados como autores de violação
de segredo bancário.
Varrer a sujeira para debaixo do tapete, como se fez tantas vezes,
não é mais possível. Não há tapete suficiente para acobertar tanto
lixo. O Brasil, que escondeu a escravidão e ainda oculta a barbárie
de suas ditaduras, não pode negar aos brasileiros a evisceração da
privataria. Quem for inocente que seja inocentado, quem for culpado
que expie sua culpa.

http://www.institutojoaogoulart.org.br/noticia.php?id=4690
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