13 de abr. de 2018

Donald Trump anuncia ação militar dos EUA, França e Reino Unido contra a Síria em resposta ao suposto ataque químico em Douma

Donald Trump anuncia ação militar dos EUA, França e Reino Unido contra a Síria em resposta ao suposto ataque químico em Douma

TrumpCopyright da imagemAFP
legenda da imagemTrump fez o anúncio dos ataques contra o governo sírio em uma mensagem televisionada.
O presidente Donald Trump anunciou na sexta-feira que ordenou ações militares de precisão contra o governo sírio em resposta ao suposto ataque químico na cidade de Douma no último sábado.
Em uma mensagem televisionada, o presidente disse que foram "ataques de precisão contra alvos relacionados à capacidade de armas químicas do ditador sírio Bashar al-Assad".
Os governos da França e do Reino Unido confirmaram que também apóiam os ataques iniciados pelos Estados Unidos na Síria.
Trump disse que o objetivo das ações "é estabelecer um forte dissuasor contra a produção, propagação e uso de armas químicas", já que, na opinião do presidente, isso constitui "um interesse vital de segurança nacional para os Estados Unidos".
Em Damasco, explosões e fumaça foram relatadas nas proximidades ,principalmente no distrito de Barzeh, enquanto a televisão estatal síria afirmou que as forças do governo estavam enfrentando o ataque com defesas antiaéreas.
Autoridades do governo dos EUA confirmaram aos jornalistas que os ataques visavam múltiplos alvos e envolviam mísseis de cruzeiro Tomahawk.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos informou que um centro de pesquisa científica e bases militares em Damasco foram afetados durante o ataque, incluindo a Guarda Republicana do Exército e a Quarta Divisão, ambas unidades de elite das forças armadas da Síria.
O Ministério da Defesa britânico informou, entretanto, que os aviões de guerra da Força Aérea de Tornado atacaram uma antiga base de mísseis perto da cidade de Homs, onde, supostamente, o governo sírio armazenava armas químicas.

Os motivos

A ordem dada por Trump responde ao suposto ataque de armas químicas no sábado passado na área de Douma, nos arredores de Damasco, que acusou o governo de Bashar al-Assad e que a Rússia considera uma montagem.
Quando Trump anunciou sua intenção de atacar a Síria nesta semana, a Rússia respondeu que derrubaria quaisquer mísseis e atacaria as plataformas de onde foram lançados.
vítima do atqueCopyright da imagemAFP
Legenda da imagemVárias fontes afirmam que a população civil de Douma foi atacada com gases químicos.
O presidente disse que a Rússia, aliada próxima do governo de Al Asad, "deve decidir se continua em uma estrada escura ou se une às nações civilizadas".
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que seu país tinha "provas irrefutáveis" do suposto ataque de armas químicas que os EUA Ele prometeu responder era uma montagem de agentes estrangeiros.
Um dia antes, o embaixador russo nas Nações Unidas, Vasili Nebenzia, advertiu que a possibilidade de um conflito armado entre seu país e os Estados Unidos não poderia ser descartada, se Washington decidisse lançar um ataque à Síria, como nesta sexta-feira.
O presidente Emmanuel Macron, que na quinta-feira disse ter provas do ataque químico, disse que o objetivo das ações é destruir "os arsenais clandestinos de armas químicas" do governo sírio.
Mapa
Enquanto isso, a primeira-ministra britânica, Theresa May, indicou que a decisão "não tinha outras alternativas" e que os ataques eram limitados e não planejados para intensificar as tensões na região.
O secretário da Defesa dos EUA, Jim Mattis, por sua vez, advertiu o Congresso que uma possível ação contra Damasco poderia desencadear uma "escalada descontrolada" e disse que uma de suas maiores preocupações é evitar isso acontece.
Uma equipe de especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas chegou à Síria a partir de quinta-feira para investigar o que aconteceu e deve começar as operações no local no próximo sábado, informou a agência holandesa em comunicado.
Armas químicas são proibidas pelo direito internacional e em várias ocasiões o governo sírio tem sido acusado de usá-las em cidades tomadas por rebeldes durante o conflito interno que durou mais de sete anos.
http://www.bbc.com/mundo/noticias-internacional-43750307

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