19 de out. de 2018

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Ao lado de Luciano Hang, bilionário Gazin deixa rastro: Bolsonaro no primeiro turno, pra não “gastar mais dinheiro”; empresários cadastram clientes em 358 lojas; veja vídeo
Reprodução redes sociais
DENÚNCIAS

Ao lado de Luciano Hang, bilionário Gazin deixa rastro: Bolsonaro no primeiro turno, pra não “gastar mais dinheiro”; empresários cadastram clientes em 358 lojas; veja vídeo


19/10/2018 - 17h21
Da Redação
Em vídeo disseminado pelo próprio candidato Jair Bolsonaro, no twitter, em agosto, o empresário Mário Gazin, um dos maiores varejistas do Brasil, deixou pista para os investigadores do Zapgate.
Ao lado de Luciano Hang, da Havan, Gazin diz que é preciso terminar a eleição no primeiro turno, “prá nós não tê de gastar mais dinheiro, pra não ficar todo mundo gastando dinheiro”.
Afirma também que, se a eleição ficasse para o segundo turno, “nós gasta mais dinheiro”.
Curiosamente, o nome de Gazin não aparece entre as pessoas físicas doadoras da campanha de Jair Bolsonaro.
As doações de pessoas jurídicas foram banidas pelo STF.
A que dinheiro se refere Gazin?
Dinheiro não falta a ele: a rede de varejos da qual Gazin é dono é uma das maiores do Brasil.
“Seu maior sonho era ser patrão… e conseguiu! Para isso, desde os cinco anos, o paranaense Mário Gazin trabalhou como sapateiro, padeiro, garçom, em serviços gerais numa loja até que acabou por comprá-la! Assim nasceu a Gazin, empresa que hoje fatura cerca de R$ 3,5 bilhões e é a quarta maior rede de varejo do país”, diz texto que tratou do lançamento da biografia do empresário – A arte de inspirar pessoas e encantar clientes –, publicada em 2016.
Hang, o dono de outra potência, a rede Havan, foi denunciado em reportagem do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo como um dos empresários que financiaram a disparada de milhões de mensagens de whatsapp antes do primeiro turno.
O esquema, se comprovado, pode configurar caixa 2: proibidos de doar como pessoa jurídica, os empresários teriam usado o subterfúgio da doação indireta em serviços. O PT já denunciou o caso ao TSE como abuso de poder econômico.
A disseminação de notícias falsas e a utilização de números de telefone não cadastrados pelas próprias campanhas — com autorização dos cadastrados — também são passíveis de punição.
No ano passado, o juiz Sergio Moro declarou que “caixa 2 é trapaça, é um crime contra a democracia”, pior até que o de corrupção.
Luciano Hang negou ter participado do esquema de Bolsonaro e prometeu processar aFolha.
O Whatsapp agiu mais rápido que o TSE ou a Procuradoria-Geral Eleitoral: notificou as quatro empresas citadas pela repórter Patrícia Campos Mello de não devem mais utilizar a plataforma para distribuição de mensagens em massa.
Além disso, baniu números de telefone supostamente associados ao esquema.
O Whatsapp não informou quais números foram banidos. Mas, no twitter, o senador eleito pelo Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro, um dos principais assessores do pai, divulgou que teve o uso do Whatsapp bloqueado em seu celular.
De acordo com a denúncia da Folha, as empresas que ofereceram serviços à campanha de Bolsonaro prometiam burlar o limite imposto ao tamanho de grupos do whatsapp: 256 pessoas
Segundo o diário conservador carioca O Globo, o gerente de marketing digital da campanha de Geraldo Alckmin, Marcelo Vitorino, da empresa Dot Group, ofereceu à campanha o disparo de 80 milhões de mensagens por Whatsapp usando cadastro de terceiros, o que é ilegal.
O PSDB não adotou o esquema. A empresa nega que faria algo ilegal.
A venda de dados de usuários, obtidos legal ou ilegalmente nas redes sociais, companhias telefônicas e outras plataformas, abastece empresas de varejo e é uma mina de ouro para campanhas eleitorais.
O Grupo Havan faturou mais de R$ 4,5 bilhões em 2016 e tem presença em 17 estados. As lojas de departamento são 115, em 15 estados.
“Hoje o Grupo Havan, liderado por Luciano, contempla além das lojas outros empreendimentos no Sul do Brasil, nos segmentos de geração de energia elétrica, postos de combustível, factoring, hotelaria, entre outros”, diz o site da empresa.
A Gazin, com 7 mil empregados, descreve assim sua rede: “De uma pequena loja inaugurada há quase 52 anos em Douradina, no interior do Paraná, surgiu a Gazin, uma das maiores empresas do Brasil, com 243 lojas de varejo em 9 estados, além de 5 indústrias de colchões e estofados, 1 indústria de molas e 13 centros de distribuição de mercadorias”.
Na soma, os dois empresários controlam 358 pontos de venda, onde são cadastrados os dados de clientes.
A campanha de Jair Bolsonaro declarou ao TSE ter recebido R$2.527.640,20 em doações de pessoas físicas até agora, mas o nome de Mário Gazin não aparece na lista.
https://www.viomundo.com.br/denuncias/ao-lado-de-luciano-hang-bilionario-gazin-deixa-rastro-bolsonaro-no-primeiro-turno-pra-nao-gastar-mais-dinheiro-empresarios-cadastram-clientes-em-358-lojas-veja-video.html
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