
Em moção dura, parlamentares britânicos se dizem alarmados com eleição de Bolsonaro, citam papel de Moro e pedem Lula livre; leia íntegra
Parlamentares britânicos pedem Lula livre e se mostram “alarmados” com eleição de Bolsonaro
Integrantes do Parlamento inglês assinam moção em que se dizem “alarmados” com a eleição do candidato de “extrema direita Jair Bolsonaro como presidente do Brasil”.
A manifestação dos parlamentares britânicos aponta a perseguição e caráter político da prisão do ex-presidente Lula.
Segundo a moção, Lula era o favorito para vencer a eleição presidencial até ser preso e impedido pelo juiz Sérgio Moro.
Ao mesmo tempo, o documento assinado por 10 parlamentares ingleses conclama pela liberdade Luiz Inácio Lula da Silva.
Assinam a moção: Jonathan Edwards, Kelvin Hopkins, Clive Lewis, Ian Mearns, Grahame Morris, Lloyd Russell-Moyle, Liz Saville Roberts, Dennis Skinner, Christopher Stephens e Chris Williamson.
Para o líder da Bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), esse documento é sinônimo de solidariedade e reconhecimento da inocência do ex-presidente Lula.
“A solidariedade ao ex-presidente Lula aumenta a cada dia e no mundo inteiro reconhecem a sua condição de preso político e vítima de uma perseguição política absurda por parte de alguns setores do Judiciário e do Ministério Público”, destacou.
Pimenta lembrou que recentemente a Prefeitura de Barcelona fez uma declaração institucional pela liberdade do ex-presidente.
“Todas as semanas recebemos manifestações de apoio enviadas por ex-chefes de Estado e esta semana temos esta moção dos parlamentares britânicos, que é muito importante por ser um dos parlamentos mais antigos e respeitados do mundo”, observou.
“Vamos seguir na luta até conseguirmos a liberdade daquele que é o maior presidente da história do Brasil”, conclamou o líder petista.
Abaixo, a íntegra da nota:
Que esta Câmara está alarmada com a eleição do candidato de extrema direita Jair Bolsonaro como presidente do Brasil; observa seu apoio à ex-ditadura no Brasil e seus comentários de que deveria ter matado dezenas de milhares de pessoas a mais; observa ainda as suas declarações a favor da tortura e das execuções extrajudiciais por parte da polícia; manifesta sua profunda preocupação com as recentes declarações de um expurgo de rivais políticos em uma limpeza como nunca vista na história do Brasil; rejeita suas observações ameaçadoras contra as organizações da classe trabalhadora, as mulheres, a grande população negra do Brasil, os sem-teto, a comunidade LGBT e as organizações não-governamentais; observa que o ex-presidente Lula era o favorito para vencer a eleição presidencial até ser preso e impedido de participar de uma ação condenada pelo Comitê de Direitos Humanos da ONU; observa que o juiz Moro, que realizou a investigação sobre Lula, aceitou, desde a eleição, a indicação de Bolsonaro para ser ministro da Justiça do Brasil; pede a libertação de Lula; e expressa seu apoio aos brasileiros que defendem a democracia, os direitos humanos e o progresso social.
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A moção original no site do Parlamento britânico está abaixo:

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