Aécio. Agora você está satisfeito?
Independente de ideologia ou sigla partidária, é necessário trazer a luz como o projeto politico de uma pessoa despreparada, moral e emocionalmente para o exercício do mais alto cargo do executivo mineiro, financiado e representando os mais lesivos interesses contra o patrimônio publico, transformou um Estado símbolo de equilíbrio financeiro e politico em terra de ninguém.
O próprio nome “Estado de Minas Gerais”, designa sua origem e principal atividade econômica e para disciplinar e ordenar a exploração destas riquezas, foi necessário no império o sacrifício de seu mártir maior, Tiradentes e após, na república, em 1942 através de uma luta renhida contra o capital espoliador internacional, para que a extração das riquezas minerais significassem prosperidade para os mineiros, foi criado a Cia Vale do Rio Doce.
No final da década de 50 e nos anos 60 e 70, mesmo durante a ditadura militar, unidas, as lideranças politicas mineiras conseguiram preservar esta conquista, para nos anos 90 através de uma atitude questionável sobre todos os aspectos, privatizou-se a Cia Vale do Rio Doce, entregando a mesma aos espoliadores afastados na década de 40, através de sua criação.
Apos privatização durante uma década, a Vale paralisou seus principais projetos em solo mineiro, enquanto que em função de detentora dos únicos meio de transporte ferroviário, ligados aos portos, sangrou e inviabilizou qualquer outra iniciativa de exploração mineral, adquirindo a preço simbólico as jazidas e empresas concorrentes.
Voltando a investir em 2003, quando já detinha as grandes jazidas e o controle sobre a máquina pública. Á início, diversos setores da sociedade civil, principalmente ligadas ao Meio Ambiente, tentaram reagir contra o descontrole na análise e concessão de licenças. Porém em 2008, finalmente cooptaram o Estado, dominando os órgãos ambientais, possibilitando tragédias como de Mariana e Brumadinho, que tanto prejuízo e sofrimento tem causado ao povo mineiro.
A compra do Estado iniciou em 2008, através do convênio celebrado entre o Governo de Minas Gerais, gestão Aécio Neves e FIEMG dirigida pelo presidente afastado da CNI, Robson Andrade, preso em 19 de fevereiro deste ano na Operação Fantoche.
Do convênio participou as maiores mineradoras mineiras, Samarco, MMX, atual Anglo American, Companhia Siderúrgica Nacional CSN, Ferrovia Centro Atlântica, Rio Doce Manganês S/A e Companhia Vale do Rio Doce, tinha como objetivo gerar um gigantesco caixa para propagação das alegadas “realizações” do governo Aécio Neves, fazendo da FIEMG uma lavanderia, com agora comprovado nas diversas operações da Polícia Federal.
Apos a celebração do convênio, Aécio impôs sem qualquer limite, os interesses das mineradoras sobre os órgãos ambientais, viabilizando a exploração predatória, até mesmo em áreas protegidas ambientalmente e construção de barragens sabidamente com engenharia ultrapassada, visando o pouco investimento e grande lucro as mineradoras.
As matérias publicadas por Novojornal entre 2007 e 2008, denunciando o esquema montado por Robson Andrade na FIEMG, para arrecadar recursos e manter o projeto politico de Aécio Neves, culminaram com o ajuizamento de Ação de Indenização milionária contra o Novojornal, no mesmo momento em que o sítio hospedado no Brasil era retirado da internet por determinação do então procurador-geral de justiça Jarbas Soares, mantendo ativo o hospedado fora do Brasil.
Ciente que o TJMG, na época, defensores do projeto de Aécio Neves, fatalmente condenaria o Novojornal, celebramos um acordo, estabelecendo que não poderíamos publicar qualquer outra reportagem sobre a FIEMG e Robson Andrade.
Em outubro de 2013, já com o sítio hospedado no Brasil, liberado pelo TJMG, mesmo diante de ameaças, publicamos a matéria abaixo contendo nova denúncia, mostrando a relação promiscua entre governo de Minas Gerais e FIEMG;
“Anastasia não privatizou o CETEC. Doou R$ 1.3 bilhões para FIEMG
Relação do Governo de Minas com a FIEMG vai parar na Justiça. Ação visa anular doação do CETEC avaliado em R$ 1.3 bilhões para FIEMG;
Chega a causar medo em alguns e revolta em outros à maneira como vem os ocupantes do Governo do Estado de Minas Gerais desde 2002 tratando a coisa pública. Hoje já nem se fala mais em legalidade ou honestidade dos atos praticados, pois como dito por Novojornal em reportagens anteriores, acabou o pudor.
O governador, seus secretários, dirigentes de estatais e autarquias com apoio quase que unânime da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, age abertamente mostrando que todas as atividades exercidas pelos atuais governantes de Minas Gerais têm como objetivo desmontar o Estado, entregando-o a seus patrocinadores e parceiros.
Embora nem a mídia local, regional ou nacional noticie, prova disto ocorreu quando a Operação Esopo, que escancarou a condenável relação existente entre o Governo de Minas Gerais e a FIEMG. Entidade representativa das indústrias no Estado, que desde 2002 vem sendo a principal patrocinadora e parceira nas pretensões políticas do ex-governador e atual senador Aécio Neves.
Em seus primeiros anos de governo sem nada a apresentar que justificasse sua eleição, a FIEMG deu início a uma enorme campanha publicitária em todo País, divulgando o então grande projeto da administração Aécio Neves, a “Estrada Real”. Projeto hoje apresentado no portfólio do Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania (IMDC), principal operador do esquema de desvio de recursos públicos investigado pela Operação Esopo.
Com as investigações da Operação Esopo da Polícia Federal e a prisão de Nelson de Souza Dabés Filho, Superintendente de Administração e Finanças da Fiemg, devido a movimentação de um gigantesco caixa 2, veio a luz inclusive documentalmente mais de uma década de relação indevida entre o Governo de Minas Gerais e a instituição representativa da classe patronal da indústria mineira.
O vice-presidente do IMDC, Tácito Avelar e Silva fora ex-gerente jurídico da Federação das Indústrias de Minas (Fiemg), foi ele que em janeiro de 2010, emitiu parecer em defesa da “dispensa e a inexibilidade de licitação” para a contração do IMDC pela Fiemg, em função de “notória especialização”. Mas a Oscip nunca tinha feito eventos de moda, segundo a PF”.
As ameaças feitas antes da publicação, comprovaram-se através da minha prisão três meses depois.
O resgate da matéria, em parte acima transcrita, disponível na íntegra ao final através de arquivo só foi possível devido ao portal GGN ter salvo a mesma. Novojornal.com.br, encontra-se impedido de ser acessado desde 21 de Janeiro de 2014, por decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.
Quanta coisa poderia ter sido evitada se a imprensa não tivesse sido censurada?
Marco Aurélio Carone
Editor Novojornal
Editor Novojornal
Nota da Redação: Novojornal solicitou por e-mail a FIEMG a relação das aplicações oriundas do arrecadado no convênio celebrado. A entidade optou por nada responder.
Convênio entre Governo de Minas Gerais, FIEMG, SAMARCO e outras mineradoras.
https://drive.google.com/open…
https://drive.google.com/open…
Movimentação da Ação de Indenização da FIEMG e Robson Andrade.
https://drive.google.com/open…
https://drive.google.com/open…
Matéria sobre o empastelamento do Novojornal em 2008
https://drive.google.com/open…
https://drive.google.com/open…
Matéria publicada por Novojornal em 01 de outubro de 2013. “Anastasia não privatizou o CETEC. Doou R$ 1.3 bilhões para FIEMG”
https://drive.google.com/open…
https://drive.google.com/open…
Mesma matéria arquivada no GGN: https://jornalggn.com.br/…/anastasia-nao-privatizou-o-cetec/
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