247 - Em sua delação premiada, Henrique Constantino, um dos donos da Gol, disse que as maiores empresas aéreas brasileiras reservaram R$ 2,5 milhões para um fundo destinado ao repasse de recursos por meio de caixa 2 para parlamentares com o objetivo de manter um bom relacionamento com o Poder Legislativo. Segundo ele, a ideia da criação do fundo teria partido de Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Os políticos e empresas citados na delação negam as acusações.
Segundo reportagem do jornal
O Globo, Constantino relatou que em 2014, Sanovicz teria apresentado uma lista com os nomes de oito parlamentares, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente do MDB, Romero Jucá (RR), e o presidente do PP, Ciro Nogueira (PI). Dentre as empresas que participaram da reunião estariam representantes da Tam, Avianca e Azul.
"Todos os representantes presentes aprovaram a contribuição no valor total de R$ 2,5 milhões, cujo montante foi pago pelas empresas à associação, a título de contribuição extraordinária, na proporção de suas participações no mercado doméstico", disse Constantino em sua delação.
A criação do fundo teria sido motivada pelo fato das companhias aéreas serem concessionárias de serviços públicos, estando legalmente impedidas de fazer doações eleitorais.
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