12 de mai. de 2019

NOTA DA UBES CONTRA OS CORTES NA REDE FEDERAL. -Editor NÃO ADIANTA AMEAÇAR, NÃO VÃO NOS CALAR. NAO ADIANTA AMEAÇAR, NÃO VÃO NOS CALAR. NÃO ADIANTA AMEAÇAR,NÃO VÃO NOS CALAR. OD 1947

NOTA DA UBES CONTRA OS CORTES NA REDE FEDERAL

Jair Bolsonaro, nada comprometidO presidente da repúblicao com a educação brasileira mas sim com os desmontes para no fim defender a privatização, ataca mais uma vez as instituições de ensino da rede federal.
Sendo grande defensor da reforma trabalhista – que acabou com a CLT e os direitos conquistados -, da EC 95 – que congelou por 20 anos os investimentos para educação, saúde e segurança pública – e da reforma da previdência, extremamente prejudicial ao povo brasileiro, a qual se esforça para aprovar, Bolsonaro continua a sua perseguição aos professores e estudantes por meio da defesa do Escola sem Partido, dos ataques aos cursos das áreas de humanas e anuncia recentemente o corte de 30% dos investimentos nas Universidades e Institutos Federais.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, economista e executivo do mercado financeiro, chama de balbúrdia a liberdade de expressão das universidades UFF, UNB e UFBA, conhecidas pelo bom desempenho em pesquisa, e logo abrange a medida para as demais UFs e IFs. Os Institutos Federais, grandes responsáveis por descobertas na área científica, chegaram a cidades que antes nem sonhavam com acesso a tecnologia; pesquisas fomentadas nos laboratórios das instituições se estenderam para as comunidades locais por meio de projetos de extensão, e pela luta do movimento estudantil pela democratização do acesso aos IFs, a juventude periférica ocupa os espaços e vivencia a ciência. A juventude que antes deixava as escolas, sem perspectiva de futuro, passou a estudar e conhecer a tecnologia, tendo oportunidades de formação e de se tornar contribuinte para o desenvolvimento do Brasil.
Com o corte proposto o governo escolhe retroceder, colocando a maioria dos Institutos Federais em situação dificultosa para o funcionamento – como o IFF que terá menos 18 milhões, o IFPR menos 20,8 milhões e o IFRN menos 27 milhões de investimento -, mostrando mais uma vez o seu projeto de desmonte educacional em nosso país.
Somos estudantes de áreas biológicas, exatas e humanas. Fazemos parte dos Institutos Federais e o defenderemos para o bem do Brasil. Acreditamos que não há desenvolvimento sem a valorização da pesquisa, da ciência e da tecnologia. Por isso, convocamos os Institutos Federais para que se mobilizem, realizando assembleias estudantis junto de seus grêmios, conselhos de representantes de turma e coletivos, para nos prepararmos e construirmos, no dia 15 de maio, a paralisação nacional em defesa da educação, essa que nos é garantida por direito na Constituição de 1988.
Não nos calaremos diante à tentativa de nos amordaçar pela perseguição, justificada em argumentos ideológicos de quem não aceita ser contrariado. A democratização do ensino conquistada por nós com árduas lutas, bem como o desenvolvimento de projetos científicos contribuintes para toda a comunidade não podem ser prejudicados. A economia de um país tem em sua base o conhecimento científico crítico e social, por isso, nos Institutos Federais não aceitaremos retrocessos. No dia 15 de maio, estejamos juntos na linha de frente pela defesa e respeito com o que conquistamos e temos por direito, a educação pública e de qualidade!

http://ubes.org.br/2019/nota-da-ubes-contra-os-cortes-na-rede-federal/


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