Rossetto: “Nota do MPF é uma confissão. Há algo de muito podre no reino de Curitiba”
Marco Weissheimer
O ex-ministro do Desenvolvimento Agrário e ex-secretário geral da Presidência, Miguel Rossetto (PT), classificou como “gravíssimas” as mensagens divulgadas pelo site The Intercept neste domingo (9), envolvendo procuradores da Operação Lava Jato e o ex-juiz federal e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, tratando do processo envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as eleições presidenciais de 2018. “É um tema de repercussão internacional pelo que envolve. Pelo que vimos é o início da divulgação de uma série de condutas criminosas envolvendo integrantes da Lava Jato. Há algo de muito podre no reino de Curitiba”, disse Rossetto ao Sul21.
Para o ex-ministro, a nota divulgada pelo Ministério Público Federal em Curitiba (Força-tarefa informa a ocorrência de ataque criminoso à Lava Jato), na noite deste domingo, é uma confissão de que o que está sendo divulgado é verdadeiro. Após denunciar o “ataque criminoso à Lava Jato”, a nota afirma que “eventuais críticas feitas pela opinião pública sobre as mensagens trocadas por seus integrantes serão recebidas como uma oportunidade para a reflexão”.
“Moro e Dallagnol devem ser convocados ao Congresso Nacional para uma acareação”, diz ainda Rossetto. Para ele, as mensagens divulgadas mostram uma relação de promiscuidade que confirma a existência de uma fraude jurídica para condenar a Lava Jato e o PT. “Quem deveria defender a Lei e as instituições está atentando contra República”, acrescenta. Rossetto avalia por fim que as revelações indicam que o braço ilegal de sustentação do governo Bolsonaro começa a ruir.
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