Gestão Alckmin construiu viaduto que liga estrada a fazenda de empreiteira
O governo de São Paulo gastou na gestão Geraldo Alckmin (PSDB) cerca de R$ 3 milhões em um viaduto que liga uma estrada a uma fazenda que pertence a uma das empreiteiras responsáveis pela construção da estrada sobre a qual passa o viaduto, a Serveng. O valor final da obra deve ultrapassar R$ 3,2 bilhões

247 - O governo de São Paulo gastou na gestão Geraldo Alckmin (PSDB) cerca de R$ 3 milhões em um viaduto que liga uma estrada a uma fazenda que pertence a uma das empreiteiras responsáveis pela construção da estrada sobre a qual passa o viaduto, a Serveng. O local fica em Caraguatatuba, no litoral norte. A nova estrada foi licitada em 2012 por R$ 1,32 bilhão, um valor que o governo comemorou por ter ficado 32% abaixo do preço de referência da obra, de R$ 1,9 bilhão. O valor final da obra, porém, deve ultrapassar R$ 3,2 bilhões, após aditivos e mudanças no projeto.
De acordo com levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo na Justiça, o grupo recebeu pelo menos R$ 60 milhões do estado por terras desapropriadas para a abertura da estrada. "Em nenhum dos processos de desapropriação há referência à construção do viaduto como eventual compensação pelo uso das terras", destaca a reportagem.
O viaduto foi construído numa obra chamada Nova Tamoios Contornos, uma estrada de 33,9 km que ligará Caraguatatuba ao porto de São Sebastião e servirá para evitar engarrafamentos quando a duplicação da rodovia Tamoios na serra estiver pronta.
A obra está parada desde julho do ano passado. O governo afirma que as empreiteiras Serveng e Queiroz Galvão abandonaram, enquanto as empresas acusam o governo de não respeitar o contrato.
O ex-secretário de Logística e Transportes Laurence Casagrande afirmou por meio de seu advogado, Eduardo Carnelós, que não se lembra desse viaduto e disse não haver irregularidade na obra.
“O que talvez haja é a preservação de caminhos preexistentes e a manutenção da conectividade de propriedades que foram segmentadas pela instalação da nova rodovia, evitando, assim, o aumento desnecessário das desapropriações”, acrescentou Carnelós em email.
"E isso, friso, certamente ocorreu em todo o traçado, independentemente de quem fossem os proprietários das áreas atingidas.”
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