7 de out. de 2019

MPF pede suspensão urgente das atividades de empresa de segurança que atua como milícia nas fazendas de Marabá. - Editor - O MILICIANISMO SE ESPALHANDO E SE CONSOLIDANDO COM A QUEBRA DA DEMOCRACIA E A AMPLIAÇÃO DO FASCISMO.

MPF pede suspensão urgente das atividades de empresa de segurança que atua como milícia nas fazendas de Marabá

Entre os contratantes estão Rafael Bemerguy Sefer, filho do ex-deputado estadual Luiz Sefer, Marcos Antonio Fachetti, proprietário de outra fazenda, e seu filho Marcos Antonio Fachetti Filho
Famílias apavoradas procuraram o Ministério Público Federal (MPF) em Marabá nos últimos dez dias. Moradores ribeirinhos de três áreas às margens do rio Tocantins conhecidas como: Lago dos Macacos, Comunidade Flor do Brasil e o Projeto de Assentamento (P. A.) Diamante, os dois últimos com assentados com títulos de uso de suas terras, e o primeiro em processo de autorização pela Secretaria de Patrimônio da União. Eles vivem um cotidiano de pesadelos desde que fazendeiros vizinhos, com o objetivo de expandir suas terras, contrataram a empresa Marca Vigilância e passaram a invadir os pequenos lotes dos ribeirinhos e ameaçá-los, apontando armas até para crianças, ordenando que saíssem de suas casas, chegando, inclusive, a atear fogo em alguns barracos. Concomitantemente a isso, os fazendeiros contratam um trator de esteira abrindo caminho em meio à vegetação, destruindo plantações, com possível impacto ambiental de substancial proporção.
Na última semana de setembro, a pedido do MPF, uma equipe da Polícia Rodoviária Federal prontamente se dirigiu ao local e flagrou oito homens, supostamente contratados da empresa Marca Vigilância, fazendo uma barreira armada na estrada que leva à comunidade ribeirinha, impedindo que moradores saíssem ou voltassem para suas casas. A barreira ficava localizada em uma área que não pertence a nenhuma das fazendas, em terras da União.
As armas dos vigilantes foram apreendidas e foi feita uma certidão de ocorrência, mas para cessar as violências contra os assentados, o MPF ajuizou um pedido cautelar para suspender o contrato de prestação de serviços da Marca Vigilância e paralisar todas as atividades de demarcação e expansão das fazendas.
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