13 de abr. de 2020

Estudo com cloroquina matou onze pacientes

Foi realizado em Manaus e eles o suspenderam pelos sérios resultados

Estudo com cloroquina matou onze pacientes

Imagem: AFP
O governo do estado brasileiro do Amazonas suspendeu um teste piloto para o tratamento da cloroquina em Manaus quando ficou claro que esse medicamento anti-malária causa sérios problemas cardíacos. No estudo, onze pacientes morreram de um total de 81 participantes. Cloroquina e hidroxicloroquina são produtos que o mesmo presidente dos Estados Unidos Donald Trump propôs com entusiasmo como uma cura para o coronavírus e que a China recomenda em certos casos. Muitos hospitais nos Estados Unidos estão usando-o para tratamento.
O estudo brasileiro abrangeu 81 pacientes em Manaus e foi publicado neste sábado na revista online medRvix, um meio de "publicação prévia" de trabalhos técnicos que ainda não foram revisados ​​ou replicados por outros especialistas. O estudo incluiu duas doses diferentes de cloroquina, mas não usou placebos, como é habitual nesses experimentos, porque as autoridades de saúde brasileiras também permitiram o uso do medicamento em tratamentos. O mesmo aconteceu com a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA, em caráter provisório e de emergência.
Os pacientes que participaram do estudo já estavam internados por covida 19. Todos receberam doses regulares do antibiótico azitromicina, que já é padrão no tratamento da pandemia. Metade dos pacientes recebeu uma dose de 450 miligramas de cloroquina duas vezes ao dia por cinco dias, e a outra metade recebeu 600 miligramas duas vezes ao dia por dez dias. 
Porém, três dias após o início deste tratamento, os pacientes que receberam a dose mais alta apresentaram arritmias. No sexto dia, onze haviam morrido e a dose mais alta foi descontinuada. Os médicos participantes concluíram que o estudo adiciona evidências de que certos pacientes correm um risco particular usando cloroquina e hidroxicloroquina. Ambos os medicamentos, derivados do quinino, são tratamentos tradicionais para a malária, uma doença incurável, mas tratável.
Também foi destacado que a azitromicina também pode causar problemas cardíacos em pacientes sensíveis ou com problemas cardíacos. Deve-se notar que em muitos hospitais do mundo, a combinação desse antibiótico com a cloroquina já é normal no tratamento da covida 19.
Os pesquisadores de Manaus admitiram que a amostra de pacientes, apenas quarenta, que receberam a dose mais baixa não é suficiente para concluir se o medicamento antimalárico é realmente eficaz nessa pandemia. Em seu artigo, eles "urgentemente" pediram a realização de estudos em um número maior de pacientes. Tratamentos controlados com doses baixas estão sendo realizados em vários países do mundo, mas a Comissão de Saúde da Província de Guangdong na China recomendou tratar pacientes por dez dias com duas doses diárias de 500 miligramas, um grama no total.
O Dr. Marcus Lacerda, um dos autores do jornal brasileiro, disse ao New York Times que acredita que "as altas doses usadas na China são muito tóxicas e podem matar muitos pacientes. Foi exatamente por isso que paramos essa parte". do nosso estudo ". O estudo está sendo analisado pela prestigiada revista médica The Lancet.
https://www.pagina12.com.ar/259409-un-estudio-con-cloroquina-mato-once-pacientes














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