5 de ago. de 2020

É preciso dialogar com a Suécia e Dinamarca paulistana, diz Boulos sobre desigualdades. - Editor - A CIDADE DE SÃO PAULO, PARA OS MAIS DE 13 MILHÕES DE HABITANTES

É preciso dialogar com a Suécia e Dinamarca paulistana, diz Boulos sobre desigualdades

"Combater a desigualdade em São Paulo não é necessário apenas para os mais pobres, embora essa seja a prioridade, mas é bom para toda a cidade"
Jornal GGN – “As nossas cidades estão separadas por muros”, disse Guilherme Boulos, em entrevista ao vivo para a TV GGN, na série Refundação, desta quarta (05). Ao se referir à segregação e desigualdade escancarada nas regiões metropolitanas do país, usando como exemplo São Paulo, disse que é preciso, contudo, dialogar com a “Suécia” e “Dinamarca” paulistana.
“As nossas cidades estão separadas por muros. O IDH dos Jardins ou Higienópolis é equivalente ao da Suécia. A expectativa de vida dos Jardins é igual ao da Dinamarca. Você anda 25 km, vai para o extremo leste, Tiradentes, ou extremo sul e Jardim Ângela, a expectativa de vida é do Zimbabue, o IDH é abaixo do Paraguai. Isso é escandaloso”, afirmou o coordenador do MTST e candidato este ano à Prefeitura de São Paulo pelo PSOL, em chapa com Luiza Erundina.
Para a liderança do movimento social, contudo, é preciso dialogar com a “Suécia” e “Dinamarca” paulistana. Afora um pequeno porcentual da elite brasileira, que assimila “o discurso da Bia Dória com a Val Marchiori”, que em sua opinião “não tem jeito” porque “é uma turma que tem povofobia, que regulamenta a segregação como modo de vida natural por excelência”.
“Combater a desigualdade na cidade de São Paulo não é bom e necessário apenas para os mais pobres que precisam ser incluídos, embora essa seja a prioridade, mas é bom para toda a cidade”, expressou.
Fazendo referência a frase de Josué de Castro – “Metade da humanidade não come; e a outra metade não dorme, com medo da que não come” -, Boulos disse que “dar condições melhores de vida e combater a segregação dessa metade ou mais da metade que simbolicamente não come, que não tem acesso aos direitos básicos, aos serviços públicos, que o Orçamento público não chega lá, também vai permitir que a outra parte que não dorme possa conviver com a cidade.”
Assista à entrevista completa:

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