Santa Vitória do Palmar reuniu municípios do Brasil e Uruguai no 1º Seminário dos Campos Neutrais. O evento foi uma promoção conjunta das prefeituras que integram o projeto de roteiro, que agora ganha uma forma mais clara: Santa Vitória do Palmar, Chuí e Rio Grande, além do departamento de Rocha, no Uruguai. Atividades diversas aconteceram no Teatro Independência, como palestras, debates e apresentações culturais.
A Comissão Binacional do Turismo, que agrega pelo menos representação de 20 instituições do lado brasileiro e uruguaio que trabalham no desenvolvimento do Roteiro dos Campos Neutrais, participou do evento. Ruben Teixeira Hernandez, diretor Comissão, considera que o principal produto que o turismo binacional tem a oferecer, tanto ao turista brasileiro, como o turista uruguaio, é a possibilidade de pernoitar na região. “Atualmente o turista daqui é de passagem, não fica”, contextualiza. “Nossa ideia é que o turista permaneça e para isso temos que criar atrativos que necessitam de investimento público e privado.” Segundo Ruben, a Comissão trabalha com foco em dois países com um potencial consumidor de 500 mil pessoas na região de fronteira.
O vice-prefeito de Rio Grande, Adinelson Troca, destaca como diferenciais do novo roteiro a Reserva Ecológica do Taim e museus de Rio Grande e de Santa Vitória. “Temos prédios históricos e um mar maravilhoso que podem se tornar uma atrativa rota”, disse.
O presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo na Costa Doce (AD Costa Doce), Zelmute Oliveira, defendeu uma ação mercadológica mais agressiva na comercialização de pacotes turísticos para os municípios que fazem parte da região. Ele incentivou ainda a criação de novas agências de turismo receptivo, de modo a contemplar todos os roteiros, além da adoção de produtos objetivos de venda com atrações definidas e preços. “Precisamos clarear a definição dos nossos produtos, com roteiros e preços de venda”, destacou.
Na oportunidade, propôs que a rota dos Campos Neutrais seja priorizada pelo Ministério do Turismo como destino do Rio Grande do Sul. “A fronteira do Chuí é a porta por onde entram a maior parte de turistas no Rio Grande do Sul vindos do Uruguai e da Argentina”, disse. “Temos que estabelecer uma nova política de acolhimento a esse turista para que ele entre e permaneça por determinado período em Santa Vitória, e nas demais cidades que estão no seu percurso que, geralmente, se direciona a Santa Catarina.” Outro dado destacado por Oliveira para comprovar a capacidade da região de oferecer atrativos aos turistas, foi o perfil de visitantes do Museu do Coelho, em Santa Vitória. No Verão de 2009 estiveram no local pessoas de 26 países.
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