Foto:Sérgio Menezes
Barragem do rio entre São Paulo e Minas: comitê engloba área onde vivem 8,8 milhões de pessoas
O Conselho Nacional de Recursos Hídricos autorizou a criação do Comitê da Bacia Hidrográfica do rio Grande. O novo órgão não será subordinado ao governo e terá a missão de descobrir, analisar e propor soluções aos órgãos competentes para todos os problemas relacionados ao rio Grande, como poluição, conflitos, uso da água e falta do recurso.
Também vai planejar ações e integrar os 14 comitês regionais. Os trabalhos serão iniciados depois que o presidente Lula ratificar a criação com a publicação de um decreto. A primeira medida do comitê será formatar o modelo de gestão, definir o presidente e escolher a cidade que vai abrigar a sede - a tendência é a escolha de Ribeirão Preto, a maior da bacia.
Representantes de órgãos federais, sociedade civil e dos municípios vão integrar o comitê. Minas Gerais e São Paulo terão o mesmo número de integrantes e, portanto, o mesmo peso nas decisões. A Bacia Hidrográfica do Rio Grande tem 144 mil quilômetros quadrados de extensão, o equivalente ao Estado do Ceará.
A área abrange 393 municípios, sendo 179 paulistas e 214 mineiros, e tem população de 8,8 milhões de habitantes. Ao longo do rio, funcionam 16 usinas hidrelétricas, que, juntas, geram 9% de toda a energia elétrica consumida no País. A bacia do rio Grande também tem representatividade econômica, por fornecer o recurso hídrico para indústrias, usinas, agricultura e pecuária.
Carlos Eduardo Alencastri é diretor regional do Departamento de Água e Energia Elétrica e é membro do Conselho Nacional dos Recursos Hídricos. Ele diz que a criação do comitê é importante devido à complexidade dos problemas existentes na bacia e pelo fato de ser um rio de domínio da União.
Parcerias
De acordo com Alencastri, a vantagem do Comitê do Rio Grande atuar em parcerias com os comitês regionais é que o rio será “administrado” de maneira integrada, participativa e compartilhada. A ideia é uniformizar as decisões e ações, de modo que o rio seja pensando de forma integral, e não local. O comitê vai se reunir regularmente, deliberar as questões e tomar decisões. “Queremos melhorar a qualidade da água e, por consequência, da oferta”, afirma Alencastri.
Diárioweb/São José do rio Preto-SP - Texto: Raul Marques
Nota: a importância do Comitê é grande inclusive para política públicas de desenvolvimento sustentável, tendo o turismo como alavanca econômica para as comunidades. Demasi
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