18 de dez. de 2011

GEOTURISMO: É POSSÍVEL SE PENSAR EM POLÍTICA PÚBLICA?


Cachoeira Puxa Nervos em Tibagi-PR foto baixaki.com.br
GEOTURISMO: É POSSÍVEL SE PENSAR EM POLÍTICA PÚBLICA?

EDUARDO SALAMUNI; GIL FRANCISCO PIEKARZ

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

R: Estevão Bayão, 53 apto 182 - Curitiba - PR - BRASIL

Email: salamuni@ufpr.br

Resumo

O turismo natural no Brasil tem como um dos principais atrativos a visita a monumentos geológicos retratados por geomorfologia peculiar. Rios, canyons, cachoeiras e cascatas; montanhas, “cidades de pedra” e anfiteatros; cavernas e grutas, fazem do país rota turística quase que obrigatória.




Paredão de Quartela- Tibagi-PR foto webventureuol.com.br
Porém, todo o potencial deste turismo não é devidamente aproveitado, por falta de informações geológicas. Neste sentido, e muito recentemente, têm

sido constituídos grupos interessados no Geoturismo, concentrando-se em instituições públicas federais e estaduais voltadas à geologia, como a

CPRM, DRM (RJ), IG (SP), MINEROPAR (PR), por vezes com algumas parcerias com outras instituições governamentais e com a academia.

Pode-se considerar, nacionalmente, que as

ações ainda são restritas. Apesar dos esforços que redundam em sucesso pontual, os órgãos de turismo

dos estados brasileiros movem-se lentamente para aceitar esta tendência mundial. Propugna-se aqui que

o Geoturismo torne-se política pública nas três esferas de Governo – federal, estadual e municipal. A

necessidade de que isto aconteça de forma oficial vai ao encontro das seguintes necessidades: (a)

prover o turista de conhecimento sobre a natureza do monumento natural visitado, possibilitando

mudanças culturais; (b) facilitar esforços de preservação, que permitam o registro de importantes

acontecimentos geológicos, inclusive aqueles que facilitem as ações de cunho prático – geotécnicos,

por exemplo; (c) agregar valor turístico e econômico ao monumento natural, gerando emprego e renda.

Entende-se que as dificuldades inerentes na implantação deste tipo de política, decorrem da fragilidade

crônica das instituições públicas brasileiras de forma geral além de, estranhamente, o turismo constituir

atividade pouco valorizada por sucessivos governos. Para contornar tais dificuldades, sugere-se que as

políticas públicas iniciem nos municípios onde há monumentos naturais com potencial turístico os quais

poderão facilmente implantar roteiros e produzir material atrativo. No Paraná, um bom exemplo, é o

município de Tibagi que tem investido recursos para aprofundar o turismo em torno de seu patrimônio

natural, iniciativa que pode ser considerada como uma política pública municipal. Todavia, e o mais

importante, a quebra de paradigma deve iniciar pela base, por meio de grupos de técnicos - geólogos,

geógrafos, turismólogos - que precisam se auto-organizar pela causa, lançando mão de projetos

técnicos-científicos, a serem apoiados por instituições nas quais estão ligados e pelas instituições de

fomento como o CNPq, a CAPES e o FINEP. Após esta organização técnica, projetos e programas

devem ser apresentados diretamente ao prefeito, em municípios menores, e nas as secretarias de

turismo, educação e cultura nos municípios maiores. Os resultados destes encontros devem formalizar

convênios e reuniões para o envolvimento da comunidade, passo fundamental para a consolidação da

política pública que se almeja.


Salto Santa Rosa- Tibagi-PRfoto webventureuol.com.br

Palavras Chave Geoturismo; política pública; geologia; turismo

 
auotoria de -IEDUARDO SALAMUNI; GIL FRANCISCO PIEKARZ

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ R: Estevão Bayão, 53 apto 182 - Curitiba - PR - BRASIL Email: salamuni@ufpr.br
extraido do portal http://www.geoturismobrasil.com/
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