20 de mar. de 2012

Museu Nacional da Cana e o Roteiro Trem da Cana-SP

Engenho Central, uma das primeias usinas do seculo XIX- Ribeirão Preto-SP

Memória preservada FCA investe R$ 2,8 milhões na revitalização dos trilhos

O Museu Nacional da Cana já é uma realidade, tornando a região de Ribeirão Preto a primeira a ter um acervo desse porte preservado. O projeto é parte integrante do “Trem da Cana”, que, além do Museu, inclui a revitalização de um antigo ramal ferroviário, ligando Sertãozinho a Pontal.
 
O programa, que está sendo realizado pela Prefeitura de Sertãozinho, por meio da Secretaria Municipal da Indústria e do Comércio e pela Associação Mogina de Preservação Ferroviária, prevê a criação de passeios turísticos em um dos itinerários mais movimentados no auge da ferrovia na região. O Museu será instalado no Engenho Central, localizado em uma usina fundada no início do século XIX, em Sertãozinho, que pertenceu à família Biagi. Localizado em uma área de 13 hectares, o Engenho Central será transformado no Museu Nacional da Cana de Açúcar. O projeto, que exigirá investimentos iniciais de R$ 1,5 milhão, tem como objetivo consolidar a região de Sertãozinho como o principal polo industrial e tecnológico do mundo no setor sucroenergético. Para o secretário da Indústria e do Comércio, Marcelo Pelegrini, o desafio agora é captar recursos para restaurar os prédios da antiga usina e seu maquinário europeu. “Estamos viabilizando o montante para darmos continuidade ao processo de capitação por meio da Lei Rouanet”, estima Marcelo. O empreendimento prevê a construção de auditório multiuso, áreas para exposições, um moderno centro de documentação e referência para pesquisas, entre outros espaços. Do acervo, fazem parte objetos do Engenho Central, como o maquinário de meados de 1880, peças de outros períodos históricos que contarão a trajetória da cultura na região e no Brasil. Cinco vagões devem fazer o transporte de passageiros no passeio de dez quilômetros entre Sertãozinho e Pontal. O prefeito de Sertãozinho Nério Garcia da Costa antecipa que o Museu desenvolverá programas de ação educativa com os visitantes, com conteúdo expositivo e material multidisciplinar, levando o conhecimento para as salas de aula. “A instituição será um polo de pesquisa de história e de tecnologia para a área sucroenergética brasileira, tanto para o desenvolvimento acadêmico quanto industrial”, frisa Nério. O lugar também será adequado para receber pessoas com deficiência e promover a conscientização ambiental, principalmente em relação a ações referentes ao etanol. Revitalização Os trabalhos de recuperação dos trilhos do Trem da Cana e devem ser concluídos em breve. Uma empreiteira está trabalhando na limpeza de todo o trecho na reposição dos trilhos e na troca dos dormentes, praticamente destruídos pela ação do tempo. O serviço, sob responsabilidade da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), conta com apoio da Secretaria Municipal de Obras e do Serviço Autônomo de Água, Esgoto e Meio Ambiente de Sertãozinho (SAEMAS). A limpeza e a desobstrução da linha férrea está sob responsabilidade da FCA, que vai arcar com o custo da obra. “Investiremos cerca de R$ 2,8 milhões e precisaremos de mais três meses para concluir o serviço”, estima o coordenador da empresa José Oswaldo Cruz. De acordo com o secretário Marcelo, a empresa também deve ceder ao município uma máquina diesel para operar no trecho. A revitalização começou na área em frente ao Fórum de Sertãozinho e deve se estender nos próximos meses até chegar à Estação da Fazenda Vassoural em Pontal. Para colocar o Trem da Cana em funcionamento, uma composição inteira deve ser locada, com uma Maria Fumaça e pelo menos dois vagões. A proposta é implantar o passeio turístico entre Sertãozinho e a Estação Schmidt e, então, trocar os carros à medida que eles forem restaurados. Cinco vagões foram doados à Prefeitura, quatro deles estão em um pátio ferroviário em Osasco e um, em Bauru. A operação do trem ficará sob responsabilidade da Associação Mogiana de Preservação Ferroviária. “Espero que ainda no primeiro semestre de 2011 tenhamos uma composição se dirigindo até o Engenho Central”, estima Pelegrini, lembrando que o passeio será realizado apenas aos sábados, domingos e feriados.
materia extraida da Revista Revide - www.revide.com.br  - foto divulgação
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