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Elis Regina é o que é, pelo seu desembaraço, maneira peculiar que conquistou o público aficcionado pela bossa nova. Há pouco mais de um ano gravou compactos e “long-plays”, que tiveram acolhida absoluta dos fans da moderna musica brasileira.
“Censura e arte não se coadunam, por isso creio que este fantasma de se dizer que bossa nova tem fundo puramente social e que vai contra este ou aquele não está certo. Arte tem que ser honesta, real e só isso, não precisa abordar temas sociais, que possam ser considerados por quem quer que seja, de subversivo. Bossa nova, não é movimento social na musica brasileira. Bossa nova é e semepre será o samba, a musica de nosso povo. Hoje em dia, cantor de bossa conta com o povo e não com a censura, pois tem seu nome respeitado e bem quisto, atraves da intensa propaganda efetuada, pelos orgãos de divulgação que foram os primeiros a compreender o “movimento renovador”, que veio dar um novo lugar de destaque e respeito a nossa musica” concluiu.
Quanto aos preços das entradas de um “show” de bossa, Elis, respondeu-nos: “Deviam ser bem mais baratos do que atualmente vem se cobrando. Bossa bova [e um comercio explorado, pois tem publico. É investimento visando lucro. Os artistas são pagos, pelo dinheiro arrecadado na bilheteria, e pedem muito para apresentar-se. Deveria ser totalmente ao contrario. Esse problema é reslvido em parte, pelo rádio e televisão, que são os veiculos de divulgação da grande massa, que preenchem esta lacuna, divulgando, nossa moderna musica. “ O Fino da Bossa”, é apresentado tambem em Belo Horizonte, Recife e Porto Alegre. Em qualquer pais, que sucedesse este fato, aconteceria o mesmo embora a tendencia seja cada vez mais tornar popular a coisa” afirmou.
Indagada, se qualquer cantor cantaria bossa-nova, Elis diz “Não acreditto que cantor de bolero, twist, e outros ritmos, consigam cantar musicas de bossa nova, pois lhes falta gabarito para a boa interpretação. Por maior boa vontade que um cantor desse genero de musica tenha, não se adaptar-se-ia de forma alguma dentro da nossa moderna musica^
Elis ve e define a bossa-nova, desta forma:”Bossa nova foi um tema comercial dado para se vender uma materia que aparentemente tinha carater de nova. Não existe bossa nova ou velha. O que há, é musica boa e ruim, com gosto e ritmo bem brasileiro. O que existe é o samba, nossso ritmo nacional. Houve uma evolução na mentalidade musical, trazendo com isso perspectivas e um vasto campo de ação, onde o que é bom em materia é aceito. Toda outra qualquer mistificação cai por terra. Essa evolução , foi o que de melhor aconteceu ao samba, pois se procura fazer coisa boa, tendo a recompensa dada por parte do publico, cansado de ouvir ritmos pedantes e musicas chatas”, concluiu.
“O FINO DA BOSSA”
Espetáculo bem brasileiro. Tudo nosso –musicos e musicas. Apresentação sempre vitoriosa de todas as segundas-feiras. Em todos os pormenores o” show” agrada, mas ainda assim distoa de seu objetivo real. Alguma coisa falta. Um colorido mais basileiro ainda. Algo que nos faça sentir mais chegados, a tudo que é cantado. Os cenários estão fora de estética por se tratar de um espetaculo puramente nacional. Deveria trazer paisagens nossas, pois temos verdadeiras maravilhas, espalhadas por todo o Brasil. Assim, o espectador e telespectador estaria tambem englobado dentro do espetáculo. Uma preocupação que deve cair de moda e o smoking. Não é anti-estetico mas fora da realidade do rotineiro, do comum de todos os” shows” da moderna musica popular pois se o publico tivesse esta preocupação de idumentaria ai sim, esta tese não teria valor. O sucedido é completamente diverso, pois o publico apreciador ~e fanático vai a vontade e por que tambem não os artistas Afora isto o espetáculo está completissimo, nada mais lhe falta.
Elis Regina, a gauchinha que abafou em todo o Brasil, ainda muito fará em prol da boa musica brasileira. É o que todos esperam.
Otavio Demasi - obs a foto original não pode ser publicada
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