Portugal mantém-se no Top5 dos emissores europeus e no Top10 mundial | ||
Ligação dos portugueses ao Brasil resiste aos ventos contrários | ||
Presstur 07-05-2012 (10h24)O fluxo de turistas portugueses para o Brasil ficou em 2011 mais distante do ano recorde de 2005, mas ainda assim com Portugal a representar uns “respeitáveis” 11,3% de todos os europeus que visitaram o Brasil no ano passado, apesar do resgate financeiro, das eleições antecipadas e da valorização do real que levou a que o destino ficasse mais caro para quem recebe em euros. O Anuário publicado pelo Ministério do Turismo brasileiro com os dados das chegadas ao Brasil de residentes no estrangeiro, baseados, designadamente, nas fichas que são preenchidas pelos viajantes à entrada no País, indica que em 2011 o Brasil recebeu 183.728 residentes em Portugal, o que mantém o Portugal no Top5 dos emissores europeus e, inclusivamente, no Top10 de todos os emissores mundiais, representando neste caso 3,4% do total de chegadas. Estes dados confirmam que Portugal continua a ser um dos grandes emissores de turistas para o Brasil, como, também, que o Brasil continua entre os destinos preferenciais dos portugueses, ainda que já não tanto para lazer e férias como nos idos de 2005, no auge dos charters para o Nordeste brasileiro, em que as chegadas de portugueses ao Brasil atingiram 357.640, e Portugal era o primeiro emissor europeu e o terceiro a nível mundial. Relativamente a esse período, as chegadas de portugueses ao Brasil baixaram para quase metade (-48,6% ou menos quase 174 mil), mas a verdade também é que entre os 20 maiores emissores para o Brasil em 2005, ano em que o Brasil recebeu 5,358 milhões de turistas residentes no estrangeiro, 13 baixaram, 11 dos quais com quedas a dois dígitos, e Portugal nem é o emissor que tem a queda mais numerosa, “título” que pertence aos Estados Unidos, 2º maior emissor mundial para o Brasil desde pelo menos 2004, com um decréscimo de 25% ou 198,6 mil chegadas. E quando se olha à evolução nos últimos três anos, os Anuários do Turismo no Brasil mostram que Portugal, apesar da forte deterioração da sua situação económica, tem mantido constantemente um fluxo de viajantes para o Brasil na ordem dos 180 mil por ano. Em 2011, de acordo com o Anuário, o mercado emissor português baixou 2,8% em relação ao ano anterior, o que equivale a um decréscimo de 5.337 chegadas, ainda assim menor do que foram os decréscimos nas chegadas de italianos, norte-americanos ou italianos. O mercado português, de acordo com esses dados, retornou em 2011 aos números de 2009 (183.697), apagando a ligeira subida que ocorrera em 2010 (+2,9% que em 2009, para 189.065), o que se reflectiu no ranking dos maiores emissores de turistas para o Brasil, com Espanha, que em 2011 teve um aumento 6,2% (+11.052), a subir ao 9 º lugar, por troca com Portugal que baixou do 9º para o 10º. Mas essa não foi a única alteração no ranking dos emissores para o Brasil, e muito menos a mais expressiva, que foi protagonizada pela Itália, que desceu de 3º para 5º emissor, sendo ultrapassada pelo Uruguai, que subiu de 4º a 3º emissor, e pela Alemanha, que subiu de 5º para 4º. Por outro lado, embora pior (decréscimo de 2,8% face a 2010) que o conjunto dos mercados emissores europeus, Portugal nem sequer se afastou muito do que foi a evolução do conjunto dos mercados europeus, que em 2011 praticamente estagnou, tendo um aumento das chegadas ao Brasil de apenas 0,4% ou 6,3 mil, para 1,62 milhões. Aliás, o mercado emissor português tem no Brasil uma posição só comparável com a que tem em Cabo Verde, muito acima do que seria de esperar quando se comparam indicadores como população e capacidade económica (PIB). No ano de 2011, Portugal manteve-se à frente, por exemplo, de Inglaterra (149.564), que é um dos maiores emissores de turistas do continente europeu, Holanda (72.162) e Suíça (65.951), e nem sequer se pode considerar que tenha ficado muito longe de outros grandes emissores europeus, como a Alemanha (241.739), Itália (229.484) e França (207.890), e daí que no ano passado em que cada cem europeus que chegaram ao Brasil, 15 residiam na Alemanha, 14 em Itália, 13 em França, 12 em Espanha, 11 em Portugal, nove em Inglaterra, 4,5 na Holanda e quatro na Suíça. E não é apenas com Portugal que os últimos anos as viagens para o Brasil têm uma queda significativa relativamente a 2005, que se mantém o segundo melhor ano de sempre em número de residentes no estrangeiro chegados ao Brasil. Portugal, que era o primeiro emissor europeu em 2005, tem a maior queda, em 48,6% ou quase 174 mil, mas também têm quedas fortes as chegadas da Alemanha (-21,7% ou menos quase 67 mil), Itália (-24,5% ou menos 74,4 mil), França (-21,2% ou menos quase 56 mil) e Inglaterra (-11,8% ou menos quase 20 mil), o que deixa Espanha como a principal excepção, com um aumento de 10,1% ou 17,4 mil. matéria extraida do portal www.presstur.com foto brasildiario.com |
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