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Presstur 11-10-2012 (16h18)As ligações com África, embora tenham representado apenas 6,7% do total de passageiros do Aeroporto de Lisboa até Setembro, estão entre as que mais preponderância estão a ganhar e a impulsionar o tráfego intercontinental, que passou de 20,5% para 20,8% do total de passageiros da Portela, apesar da quase estagnação do Brasil, terceira maior origem/destino do tráfego total e primeira fora da Europa.
Dos 11,784 milhões passageiros embarcados e desembarcados em Lisboa, 2,344 milhões viajaram em voos intercontinentais, mais 104,3 mil ou mais 4,4% que no período homólogo de 2011, enquanto o crescimento do tráfego total foi em 342 mil passageiros ou +3%. Para a evolução mais forte dos intercontinentais contam as ligações com África, que têm um aumento de 48,6 mil passageiros (+6,5%, para 795 mil), o início dos voos da Emirates de e para o Dubai, que levam a que o sector Médio Oriente tenha um aumento de 37,9 mil passageiros (+985,3%, para 41,7 mil), e as ligações com a América do Norte, neste caso pelo início pela TAP da rota de Miami, que têm um aumento de 25,6 mil (+7,4%, para 474,6 mil). O que surpreende, porém, é o Brasil não estar, como em anos anteriores, entre as origens/destinos de voos que mais crescem, pois de acordo com os dados a que o PressTUR teve acesso o aumento nessas ligações fica em apenas 15,8 mil passageiros (+1,4%, para 1,149 milhões). Ainda assim, o Brasil mantém-se a terceira maior origem/destino internacional de passageiros em Lisboa, depois de Espanha e França. Já quanto a África, a sustentar a evolução em alta estão, em primeiro lugar, as novas rotas da TAP para o Gana (30,8 mil passageiros) e para o Mali (18,5 mil) e, depois, Marrocos, com mais 14,6 mil que há um ano (+23,9%, para 75,8 mil), Angola, com mais 12,3 mil (+4,5%, para 236,6 mil), e Tunísia, com mais 5,8 mil (+71,2%, para quase 14 mil), mostrando que também o mercado português está a recuperar da quebra verificada em 2011 com a incerteza criada pela eclosão da “Primavera Árabe”. No pólo oposto, com a maior quebra de passageiros entre as ligações com países africanos, estão os voos de e para Cabo Verde, que têm um decréscimo de 13,2 mil passageiros (-6,6%, para 185,9 mil), e a Guiné-Bissau, com menos cinco mil (-19,7%, para 20,6 mil). O único sector de voos intercontinentais que não apresentou crescimento foi o das ligações com a América Central, em que as ligações são todas em charters e que no final de Setembro têm uma queda de 22,8 mil passageiros (-20,6%, para 88,2 mil). Metade dessa queda deve-se ao fim dos charters para Cuba e a outra metade se distribui por quedas de 7,7 mil para a Jamaica (-66%, para 3,98 mil) e de 4,8 mil para o México (-10,9%, para 39,17 mil), enquanto a Dominicana tem um aumento de quase 600 (+1,3%, para 45 mil), pelo aumento de três mil para Samaná (+62,9%, para 7,9 mil), enquanto a ligação com Punta Cana tem uma queda de quase dois mil (-5,2%, para 37 mil). Os dados agregados do Aeroporto de Lisboa indicam, assim, que o tráfego intercontinental está a ganha ‘espaço’ aos intra-europeus, com o crescimento do movimento de passageiros em voos dentro da Europa a ficar em 2,6% ou 237,7 mil, para 9,335 milhões, e com as ligações com origens/destinos da União Europeia a terem uma evolução ainda mais branda, ao terem um aumento de 2,3% ou 188,4 mil passageiros, para 8,488 milhões. No entanto, tanto no caso da Europa globalmente como da União Europeia, está em causa o impacto que tem a queda do movimento de passageiros em voos domésticos, com origens/destinos dentro de Portugal, que de Janeiro a Setembro estão com menos quase 94 mil passageiros (-5,8%, para 1,5 milhões), destacando-se a queda de 56,4 mil nas ligações com o Funchal (-8,8%, para 583,7 mil). Excluindo o tráfego doméstico, o que transparece é que o movimento de passageiros em voos internacionais de e para outros países europeus cresce acima da média, apresentando um aumento de 4,4% ou 331,6 mil passageiros, para 7,823 milhões, o que equivale a 66,4% do total de passageiros do Aeroporto de Lisboa, mais 0,9 pontos que há um ano. O maior contributo para esta evolução mais forte do tráfego internacional intra-europeu vem das ligações com a Holanda, que são as que mais crescem, tendo um aumento 108,2 mil passageiros (+29,6%, para 473,1 mil), e, depois, das ligações com França, com mais 103 mil (+8,3%, para 1,348 milhões), e com a Alemanha, com mais 83,1 mil (+8,7%, para 1,033 milhões). Mas as maiores quebras que o Aeroporto de Lisboa regista nestes primeiros nove meses de 2012 também estão entre as ligações com outros países europeus, entre as quais se destaca Espanha, com menos 47,1 mil passageiros (-3%, para 1,537 milhões). Espanha mantém-se ainda assim a primeira origem/destino de passageiros em Lisboa, inclusivamente à frente dos voos domésticos, com Madrid a ser o Aeroporto nº 1 em passageiros de voos regulares, apesar de ter uma queda de 40,8 mil (-4,5%, para 855,85 mil), e Barcelona o 5º, apesar também de uma queda de 17,5 mil (-3,6%, para 486 mil). Depois de Espanha, as maiores quedas foram nas ligações com Itália, em 19,2 mil passageiros (-2,6%, para 720,7 mil), Bélgica (-4,8%, para 307,7 mil) e Finlândia, com menos 12,1 mil (-20,9%, para 45,7 mil).
matéria extraida de www.presstur.com - Foto infoaviacaao.com - Aéroporto de Lisboa- Portugal |
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