29 de ago. de 2015

SNA- Sindicato Nacional dos Aeronautas é contra abertura de 100% do capital das companhias aéreas do país.

Abertura de 100% do capital das aéreas: pilotos e comissários alertam para a extinção das empresas brasileiras
Os aeronautas convocam a sociedade para se posicionar contra a possibilidade de tornar a aviação brasileira, 4º maior mercado do mundo, refém dos estrangeiros
O SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas) e as associações ABRAPAC, ASAGOL e ATT vêm a público repudiar veementemente qualquer recomendação de abertura de 100% do capital das empresas aéreas do país a estrangeiros sem que haja um estudo de impacto e análise de risco. Hoje, existe o limite de 20%.
Essa mudança poderia acarretar, em médio prazo, a extinção das empresas aéreas nacionais, uma diminuição considerável dos postos de empregos para brasileiros e a submissão do país aos interesses das companhias estrangeiras.
Mais do que defender as empresas aéreas, a questão é preservar um mercado estratégico para o Brasil, que pode alavancar a economia interna, especialmente levando-se em consideração as dimensões territoriais nacionais.
Esse mercado ficaria à mercê da concorrência predatória criada pela força do capital estrangeiro —cedo ou tarde, as empresas brasileiras quebrariam ou seriam adquiridas pelas estrangeiras, fomentando a monopolização do setor.
Além disso, uma abertura de 100% iria totalmente na contramão do que é praticado nos principais mercados da aviação mundial —o limite para o investimento internacional é de 25% nos Estados Unidos e no México e de 49% na Europa, por exemplo.
A experiência da maioria dos países que adotaram a abertura total foi desastrosa. Não podemos aceitar para o Brasil aquilo que já deu errado em outros países, onde empresas dominadas pelo capital estrangeiro demonstraram total falta de compromisso em ocupar rotas pouco rentáveis ou em adotar estratégias que cumpram funções sociais, contrariando políticas dos governos.
Isso é refletido imediatamente no mercado de trabalho e prejudica os usuários na oferta de voos, como ocorreu na Argentina, onde a companhia Aerolíneas Argentinas, que teve 85% de seu capital adquirido pela Ibéria, quase faliu e sofreu diminuição de rotas e sucateamento das aeronaves —acabou sendo reestatizada ao custo de milhões de dólares aos cofres públicos.
As entiddes representativas dos aeronautas alertam e convocam a sociedade para se posicionar contra a abertura indiscriminada e ressaltam que a categoria usará todos os meios possíveis para defender empregos e um transporte aéreo de qualidade.
O blog está aberto a somar com essa importante causa.
http://www.aeronautas.org.br/
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