17 de jan. de 2017

Entreguismo: Quando o mundo estuda gaseificação e sequestro de carbono do carvão, governo do RS considera vender jazida de R$ 200 bi por mixaria - Editor - Boicote ao entreguismo do governador gaúcho do PMDB GOLPISTA. Resistir e Lutar contra esse ENTREGUISMO.

Entreguismo: Quando o mundo estuda gaseificação e sequestro de carbono do carvão, governo do RS considera vender jazida de R$ 200 bi por mixaria

16 de janeiro de 2017 às 22h52

  
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Que raio é carvão limpo? Esse nome esquisitão designa as técnicas de geração de eletricidade por usinas térmicas a carvão em que a emissão de CO2 é eliminada ou muito reduzida. Juntas, todas as termoelétricas emitem 25 bilhões de toneladas de gás carbônico todo ano, mas são importantes: “A economia das maiores potências do mundo depende da energia das termoelétricas”, afirma o economista Paul Joskow, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. A curto e médio prazo, eliminá-las está fora de cogitação. Para acabar com o CO2, a estratégia considerada mais promissora consiste em mandar o gás (que não é tóxico, mas contribui para aumentar o efeito estufa) para depósitos naturais no subsolo. “Essa é a técnica mais promissora que conhecemos agora. Se usada em larga escala, ela poderia reduzir as emissões de gás carbônico em 10 bilhões de toneladas por ano”, diz Paul. Thiago Cordeiro, em texto da revista Superinteressante.
[…] o relatório diz que captura e o sequestro de carbono (CCS) é a tecnologia crítica que ajuda a reduzir significativamente as emissões de CO2, permitindo que o carvão seja utilizado para atender às necessidades crescentes de energia no mundo. Relatório do Instituto de Tecnologia de Massachusetts sobre o futuro do carvão.
A queima de carvão fornece 70% da eletricidade consumida na China, comparados a 26% no Japão, 17% nos Estados Unidos, 12% no Reino Unido e 3,6% na França. Apenas em 2015, a China consumiu quatro bilhões de toneladas de carvão, mais que os Estados Unidos e a Europa ocidental juntos. Hong Kong Economic Journal, 06.01.2017.
Captura de Tela 2017-01-16 às 22.26.05Privatização da CRM pode entregar riqueza de R$ 200 bi por um terço de uma folha salarial
A intenção do governo José Ivo Sartori (PMDB) de privatizar a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) caiu como uma bomba no município de Candiota, onde a empresa explora a maior jazida de carvão do país, com mais de 1 bilhão de toneladas do minério.
Cobiçada por empresas estatais do setor de energia de outros países, em especial da China, a estatal gaúcha pode acabar sendo vendida a preço de banana, sem que os recursos provenientes dessa venda resolvam o problema financeiro do Estado, advertem lideranças da comunidade.
O Sul21 foi a Candiota conversar com representantes do Sindicato dos Mineiros e da Prefeitura do Município sobre o presente e o futuro da exploração de carvão na região, e também sobre as implicações de uma possível venda da empresa.
Tanto o Sindicato dos Mineiros como a Prefeitura são contrários à proposta de privatização e alertam que ela pode significar uma entrega de patrimônio e de riqueza com conseqüências nefastas para o desenvolvimento de todo o Estado. A direção da CRM também foi procurada, mas não pode receber o Sul21 por “motivo de agenda”.
A proposta de privatização da CRM mexe em raízes profundas no Estado. A história da CRM remonta a 1947, quando foi criado o Departamento Autônomo de Carvão Mineral (DACM) com o objetivo principal de explorar e beneficiar o carvão para abastecer a Viação Férrea do Rio Grande do Sul.
Em 1969, o DACM transformou-se na CRM, uma sociedade de economista mista vinculada à Secretaria de Minas e Energia do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
No auge, a empresa chegou a ter cerca de 3 mil empregados, trabalhando na exploração de carvão nas regiões de Charqueadas, São Jerônimo e Candiota.
A partir do processo de diminuição do parque de usinas térmicas no Brasil, ela começou a ser reduzida.
Hoje, a CRM tem cerca de 440 funcionários, atuando basicamente em Candiota. As unidades de Charqueadas e São Jerônimo foram fechadas.
A unidade de Minas do Leão, que chegou a ter 1.500 trabalhadores, tem hoje apenas 38 funcionários que cuidam da regeneração do passivo ambiental que ainda resta e de alguns trabalhos de manutenção.
A questão ambiental
Para além das escolhas de política energética em nível nacional, a questão ambiental tornou-se um problema para a indústria do carvão.
Na avaliação do presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Wagner Lopes Pinto, os acordos do clima, para a redução de gases de efeito estufa, firmados recentemente pelo Brasil, contribuíram para o desmonte do parque de usinas térmicas no Brasil.
“O Brasil se comprometeu a reduzir em 42% a emissão de CO2 na atmosfera, enquanto alguns países desenvolvidos se recusaram sequer a assinar esse acordo. Enquanto a China, que hoje tenta se instalar em Candiota e em toda essa região com planos de conquistar o monopólio no setor energético, tem quase 90% de sua matriz energética baseada no carvão, esse índice no Brasil é de 2,6%. Aqui em Candiota, nós temos a maior reserva de carvão do país e a matriz energética do Estado é apenas 0,9% baseada no carvão”, assinala.
Para ilustrar as dificuldades do setor, Wagner Lopes Pinto lembra que, em São Luiz (MA), foram construídas duas usinas termoelétricas que utilizam carvão colombiano, pagando cerca de dez vezes mais pela tonelada do carvão.
“Por que não fazer essas usinas, instaladas no Maranhão, aqui em Candiota, na boca da mina? Nós já temos uma rede interligada em todo o país. Você joga a energia no sistema e ela estaria lá no Maranhão. Se as reservas de Candiota estivessem em São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais, já haveria no mínimo dez usinas em torno. Ao invés disso, temos aqui apenas uma usina que só não foi desativada ainda porque está na ponta da rede e tem uma função de equilibrar o sistema”, diz o sindicalista.
Questionado sobre o impacto ambiental e na saúde dos trabalhadores da exploração das jazidas de carvão na região de Candiota, o presidente do Sindicato dos Mineiros defende a necessidade de fiscalização, mas diz que não há nenhuma comprovação de impacto negativo. “Sobre a saúde nós não conseguimos comprovar nada. Meu pai, que hoje está aposentado e vendendo saúde, tem 87 anos e trabalhou 35 anos dentro da mina. Aqui do lado do sindicato nós temos um senhor com 98 anos de idade, que também trabalhou muito tempo na mina”.
“Alemanha desativou usinas nucleares e voltou a construir termelétricas”
Wagner Lopes reconhece que o fato de a mina ser a céu aberto pode ter contribuído para isso. Ele admite também que a exploração do carvão tem impacto ambiental.
“Toda atividade humana tem impacto ambiental, desde construir uma casa. Nós defendemos a fiscalização e respeito à natureza. Não queremos que sejam abertas minas que destruam o meio ambiente. Mas acreditamos que há condições de compatibilizar as duas coisas, a mineração e o respeito ao meio ambiente. Nós temos a Alemanha como um exemplo de país civilizado e cuidadoso com o meio ambiente. Após o acidente em Fukushima, no Japão, os alemães decidiram desativar suas usinas nucleares, construíram 13 usinas a carvão e há mais 10 que estão sendo construídas. Estão saindo de 18% para 68% de presença de termelétricas em sua matriz energética. A Itália também está aumentando drasticamente o número de usinas termelétricas”.
Na mesma linha, o diretor financeiro do Sindicato dos Mineiros, Hermelindo da Trindade, destaca que há uma nova geração de usinas termelétricas, com um processo diferenciado de queima do carvão, baseado na tecnologia dos leitos fluidizados, com uma redução expressiva na emissão de partículas sólidas e de gases na atmosfera.
Um exemplo desse modelo, segundo ele, é a Usina Termelétrica Pampa Sul, que está sendo construída na localidade de Seival, em Candiota, pelo grupo Engie (antiga Tractebel), com tecnologia chinesa e uma capacidade de geração de energia de 340 megawatts.
O prefeito de Candiota, Adriano Castro dos Santos (PT), também rejeita os argumentos que apontam a questão ambiental como uma razão para não investir mais na exploração do carvão.
“Vocês estão aqui em Candiota hoje, na frente da Prefeitura, há três quilômetros da usina que está lá funcionando. Às vezes, a imprensa publica aquelas fotos de fumaça preta para falar da poluição. Mas nós estamos aqui num lugar totalmente agradável. Temos cinco medidores de qualidade do ar espalhados pela cidade e nunca tivemos nenhum problema. Os índices são sempre regulares e chegam a ser 70% menores do que os verificados em Porto Alegre”, destaca o prefeito.
“Carvão de Candiota é um dos mais baratos do mundo”
O presidente do Sindicato dos Mineiros aponta outros dois fatos que ele considera um ponto positivo das usinas termelétricas: a estabilidade das mesmas e o preço.
“Elas são as únicas usinas estáveis. Pode estar chovendo, pode ter seca, pode ficar dez anos sem chover. O carvão está ali para abastecer a usina e produzir energia. A energia térmica pode ser gerada em qualquer tempo”.
Sobre o preço, Wagner Lopes assinala que o carvão de Candiota é um dos mais baratos do mundo em função da facilidade para sua extração.
“É um carvão de baixa cobertura que está, em média, a 15 metros de profundidade. Enquanto lá no Maranhão, o carvão que vem da Colômbia chega a custar 240 dólares, aqui na usina de Candiota, ele custa 43 reais a tonelada. O nosso megawatt é colocado na rede a 159 reais. O megawatt da energia eólica chega a 180 reais. A usina de Uruguaiana funciona a base de gás que vem da Bolívia passa pela Argentina até chegar ao Brasil. O megawatt, neste caso, chega a 1.200 reais. Essa energia é cara”.
O Brasil, acrescenta Wagner Lopes, tem um contrato com o Uruguai e deveria estar entregando energia desde 2014, o que até hoje não ocorreu.
“O Estado do Rio Grande do Sul importa cerca de 80% da energia que consome. A distribuição da energia gerada pela usina de Candiota, que é feita pela CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica) é 17% mais barata. Isso mostra que se o setor for bem administrado e a política for séria, temos um grande potencial para ser desenvolvido”.
“Privatização é entrega de patrimônio público inaceitável”
O presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota considera a intenção do governo José Ivo Sartori de vender a CRM uma entrega de patrimônio público inaceitável.
A jazida de Candiota é a maior do país, com mais de 1 bilhão de toneladas (sem contar o que ainda não foi medido). Wagner Lopes estima que a riqueza dessa única jazida, a preços atuais, supera a casa dos R$ 200 bilhões.
“Nos últimos quatro anos, a CRM colocou mais de R$ 60 milhões no caixa único do Estado e fez investimentos de R$ 137 milhões, com recursos próprios, sem recorrer a financiamentos bancários. Fala-se agora em vender a CRM por 400 ou 500 milhões. Quem comprar, controlará uma riqueza de mais de R$ 200 bilhões. É um baita negócio para quem comprar e um péssimo negócio para o Estado. O que o governo vai fazer com esse dinheiro? Pagar um terço da folha de pagamento de um mês? (a folha de dezembro de 2016 foi estimada em R$ 1,41 bilhão). Vai abrir mão de uma riqueza de R$ 200 bilhões para isso?
O sindicalista também defende a manutenção do caráter público da empresa em função do papel que ela cumpre em uma das regiões mais empobrecidas do Estado, onde há poucas indústrias e ofertas de emprego. Além de Rio Grande, que possui um polo naval que também atravessa uma crise, Candiota possui uma das poucas grandes indústrias na metade sul do Estado.
As perspectivas da gaseificação do carvão
Outra possibilidade de futuro para o Estado, com a manutenção da CRM pública, é o desenvolvimento da tecnologia de gaseificação do carvão, observa ainda o presidente do Sindicato dos Mineiros.
Por meio deste processo de transformação, é possível extrair um gás do carvão (syngas).
Esse gás pode ser utilizado diretamente como combustível, com queima direta em motores alternativos e turbinas para geração de energia elétrica ou ser disponibilizado como matéria-prima estratégica para diversas aplicações industriais.
Em maio de 2014, governo gaúcho, a empresa norte-americana Synthesis Energy Systems e sua representante, Vamtec S/A, assinaram um memorando de entendimento para a realização de estudo de viabilidade técnica, econômico-financeira e ambiental voltado à implantação de uma usina de gaseificação de carvão na região de Candiota.
“Esse processo agrega dez vezes mais valor ao carvão, podendo resultar também na produção de ureia, etanol e outros produtos. Poderíamos criar um complexo carboquímico aqui em Candiota. A Cientec (Fundação de Ciência e Tecnologia – uma das fundações que está sendo extinta pelo governo Sartori) tem um trabalho bem adiantado de pesquisa nesta área e já conseguiu montar algumas plantas para gaseificação do carvão. Na Unipampa, em Bagé, há três professores que também conseguiram desenvolver esse processo, chegando a montar um gaseificador. Já tempos, portanto, tecnologia disponível para avançar nesta área”, diz Wagner Lopes.
Localizado próximo à fronteira com o Uruguai, na metade sul do Estado, o município de Candiota tem sua história ligada ao carvão. Embalada pela riqueza potencial representada pelo minério, a cidade quer romper o ciclo de pobreza e decadência econômica que afeta boa parte do sul do Estado.
“O surgimento do município de Candiota se deu em torno do carvão. As terras aqui começaram a ser desapropriadas em 1962 para a antiga Rede Ferroviária Federal. Na época, a idéia era promover a eletrificação da rede ferroviária por meio do carvão. Durante as medições feitas nesta época, descobriu-se que Candiota tinha muito carvão a céu aberto”, conta o advogado Adriano Castro dos Santos, novo prefeito do município, eleito em 2016.
“De lá para cá, a vida do município se transformou. Hoje temos o complexo termelétrico de Candiota, já com três fases, com um potencial ainda maior se houver investimento, e a CRM, que hoje é detentora da maior malha de carvão da nossa região”, assinala.
O município de Candiota vive hoje em torno dessas empresas. Cerca de 80% dos impostos arrecadados pela Prefeitura vem da CRM e da CGTE (Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica).
O prefeito Adriano Castro dos Santos manifesta preocupação com a proposta de privatização da CRM, pelo impacto social negativo que isso poderia causar.
“Temos mais de 900 famílias que vivem em torno do carvão. Teríamos 900 famílias desempregadas, pessoas que conhecem como ninguém essa região e sabem do potencial do nosso carvão que é o carro chefe do desenvolvimento do nosso município. Se ele for utilizado de forma correta, sem agredir o meio ambiente, nós temos condições de ajudar no desenvolvimento do país. Aqui em Candiota nós temos o pré-sal do carvão”, destaca.
Questionado sobre se essa analogia não é um exagero, ele responde negativamente.
“Não é um exagero. A gaseificação do carvão é o próximo passo. Já temos tecnologia testada para dar esse passo. O nosso carvão foi mandado para a China para ser testado e a nossa cinza, que tem um grande potencial cerâmico para a construção civil, foi enviada para a Europa. Hoje, essa cinza já é utilizada para a produção de cimento. Só precisamos que o governo federal libere investimentos para que isso avance. Por outro lado, a criminalização do carvão nos leva também a buscar outras alternativas de desenvolvimento para o município. Hoje, sem a CRM e sem a CGTEE, Candiota deixaria de existir. O carvão é o nosso sangue e a CRM o nosso coração”.
“Vamos entregar a nossa riqueza ou vamos explorá-la?”
O desenvolvimento da cidade, acrescenta o prefeito, passa pela saúde e bem estar de suas famílias.
“Se elas estiverem mal financeiramente, o município também estará mal. Hoje, nós somos um município próspero. Talvez sejamos a esperança da metade sul do Estado para reverter o quadro de pobreza dessa região. Se olharmos em termos de investimento, a única coisa que está funcionando nesta região é a usina da Tractebel. Rio Grande praticamente fechou o pólo naval, deixando mais de 3 mil funcionários desempregados. Grande parte desses trabalhadores vêm bater na nossa porta em busca de uma solução para suas vidas. Então, a solução neste momento não é a privatização de uma empresa que é lucrativa para o Estado e gera emprego e renda nesta região”, defende Adriano Castro dos Santos.
Para ele, os interesses de investidores internacionais, especialmente da China, no carvão de Candiota expõem o prejuízo que todo o Estado pode ter, caso a CRM for privatizada.
“A alternativa é clara: vamos entregar essa riqueza para empresas multinacionais ou nós mesmo vamos explorá-la. Os nossos governos precisam aprender a planejar para evoluir e não, a cada crise financeira, vender os seus maiores patrimônios”.
Adriano dos Santos não limita as possibilidades de investimento na região ao setor do carvão: “Nós temos a possibilidade da energia eólica também. Aqui na Serra do Baú, 280 metros acima do nível do mar, podemos instalar usinas eólicas. Sabemos que o carvão, sozinho, não é a solução para o nosso déficit de energia. Mas se combinarmos a sua exploração, de um modo sustentável, com outras formas de energia, lá na frente até poderemos pensar no fim das térmicas. Hoje não é possível. Cada vez que falta energia nas hidrelétricas do país, o governo bate na nossa porta para garantir o abastecimento do sistema brasileiro de energia que hoje está sucateado. Temos um problema de foco. O país investiu pesadamente em usinas eólicas em Livramento, por exemplo. Mas não investiu em redes de distribuição. Sem uma logística adequada, o sistema simplesmente não funciona”.
O prefeito pretende, durante o seu mandato, lutar pela modernização das térmicas e pela valorização do carvão.
“Sabemos que isso não depende só da nossa vontade política. Depende de políticos maiores que pensem no futuro. Hoje nós não temos nada. Todos os investimentos pararam. Mas essa luta não é de hoje. Quando a minha família veio para cá, na década de 70, se falava no Candiotão. Há uma estrutura montada para se instalar seis unidades térmicas a carvão, o que acabou não acontecendo. Com a inauguração da fase C de Candiota, no governo Dilma, a CRM se preparou para uma ampliação de suas atividades. De lá para cá, estamos envolvidos numa luta que transcende as siglas partidárias. Os interesses da população são maiores”, defende.
PS do Viomundo: Nos Estados Unidos, o então presidente Ronald Reagan atendeu a interesses da indústria e simplesmente prorrogou o funcionamento de usinas a carvão por mais de uma década, considerando que o país já detinha a tecnologia poluidora. Ao mesmo tempo em que tenta diversificar sua matriz energética, a China batalha para assegurar as fontes de fornecimento de sua energia — inclusive do carvão — a longo prazo. Enquanto isso, o Brasil entrega a sua grande jazida de minério de ferro num ritmo que não interessa ao país — lesa-Pátria, segundo o jornalista Lúcio Flávio Pinto –, pretende fazer o mesmo com o pré-sal e agora, aparentemente, com o carvão. O entreguismo à brasileira desconhece a conjuntura mundial, desconsidera o desenvolvimento de novas tecnologias, mira o curto prazo e atende essecialmente aos interesses internacionais, sejam da China ou dos Estados Unidos.
http://www.sul21.com.br/jornal/o-que-a-historia-dira-de-jose-ivo-sartori-por-jorge-barcellos/
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