14 ago
2015Proposta de Estadista: BNDES-PETROBRAS contra recessão. Ataque nacionalista ao neoliberalismo.
Cesar Fonseca em 14/08/2015
O nacionalismo econômico
é a saída para superar
a crise. Ou seja, determinação
As duas armas criadas pelo presidente Getúlio Vargas, o BNDES e a Petrobras, devem ser utilizadas contra a recessão, para acelerar a retomada do desenvolvimento sustentável com melhor distribuição da renda nacional e inclusão social.
É fazer o mesmo que Lula fez quando estourou a crise global em 2007-2008: lançar mão dos bancos públicos e da mais poderosa empresa estatal brasileira e sul americana, para serem as locomotivas capazes de puxar todas as cadeias produtivas. Recupera-se a produção, o emprego, a renda, o consumo, a arrecadação e o investimento.
Combinação racional entre economia da oferta – produção – com a economia da demanda – consumo.
Configurar-se-ia, na prática, dialética desenvolvimentista segundo a qual, interativamente, produção é consumo e consumo é produção.
Fracassou redondamente o remédio Levy de paralisar a economia da demanda para ativar a economia da oferta.
Puro mecanicismo esquizofrênico que não leva em consideração o fato essencial de que a realidade é dual, interativa: positivo-negativo; singular-plural; noite-dia; masculino-feminino; cara-coroa; yin-yang etc.
Dilma, portanto, diz o senador do Paraná, deve repetir Lula, cuja sabedoria levou o País a contornar a recessão mundial, utilizando as vantagens comparativas expressas nas armas nacionalistas.
O governo, para ativar a dobradinha BNDES-PETROBRAS, capitalizaria o banco que bombearia a estatal que puxaria o resto da economia, dada a sua ramificação na formação das cadeias produtivas.
A engenharia para tanto seria emissão de títulos públicos ou utilização das reservas.
Tanto faz.
Com emissão de títulos, o governo eleva dívida, não para promover a especulação, como faz a taxa de juro alta, atrativa aos especuladores internacionais, mas, sim, para impulsionar o crescimento econômico.
Pode, inclusive, chamar os bancos para o diálogo nacional desenvolvimentista, para que recebam juros mais báixos por TÍTULOS DO DESENVOLVIMENTO.
Por que não?
política. Foi essa
orientação que construiu
as bases modernas do Estado
O contrapolo da dívida, TÍTULOS DO DESENVOLVIMENTO, seria reação produtiva que ativaria os setores produutivos em geral, tendo como resultado aumento da arrecadação e investimentos.
Chegou a hora de os bancos particulares que compram títulos do governo cooperarem com esforço de retomada desenvolvimentistas adquirindo TÍTULOS DO DESENVOLVIMENTO, com remuneração menor do que a taxa selic, em prol de amplo ACORDO NACIONAL DESENVOLVIMENTISTA.
Outra opção seria jogar parte das reservas cambiais na circulação.
O governo venderia os dólares que estão em cotação elevada em vez de títulos.
Não haveria aumento da dívida e as taxas de juros básicas poderiam ser reduzidas.
Não é isso que os governos capitalistas ricos estão fazendo: emitem dólares, enxugam títulos e reduzem os juros?
Os bancos centrais dos Estados Unidos, da Europa, do Japão e, agora, da China, caminham nesse sentido.
Não pagam juros, diminuem os custos da dívida, das empresas e desvalorizam a moeda, promovendo guerras cambiais em nome do aumento da competitividade.
Os neoliberais levyanos dirão que a inflação vai subir se o governo emitir ou jogar mais dinheiro das reservas no mercado.
Requião responde:
“Em profunda recessão, como estamos, o crescimento econômico resultante não terá qualquer impacto inflacionário.
“Ao contrário, recuperando os investimentos da Petrobrás, será também irrigada financeiramente toda a cadeia do petróleo, que está em plena recessão, favorecendo a retomada de crescimento do PIB.”
nacional com Getúlio
Vargas a partir
do banco público,
Procura e oferta estimuladas, conjuntamente, equilibram o jogo econômico.
Acrescenta:
“Também não impactará o déficit ou a dívida pública líquida, porque levará a um aumento nos ativos financeiros da União igual ao aumento do passivo.
“Com o crescimento do PIB e da arrecadação, a relação dívida/PIB cairá, anulando o efeito inicial da transferência de recursos do Tesouro para a Petrobrás via BNDES.
“O que aliás aconteceu nos anos seguintes à crise internacional, quando a relação dívida líquida/PIB se reduziu.
“A estratégia é restaurar em sua plenitude a cadeia de pagamentos e recebimentos da Petrobrás.
“Na medida em que se normalizem os fluxos de pagamentos da Petrobrás, serão automaticamente normalizados os fluxos na cadeia de fornecedores e prestadores de serviços, assim como das cadeias ligadas aos estados e às prefeituras de municípios que recebem royalties do petróleo ou possuem unidades produtivas ligadas a essa cadeia.”
Requião lembra o Governo Lula
“No auge da crise de 2009, o Tesouro transferiu R$ 100 bilhões ao BNDES, e mais R$ 80 bilhões no ano seguinte para que ele irrigasse o sistema produtivo com financiamentos.
“Não há nenhuma razão técnica ou econômica para que algo semelhante não seja feito em apoio à Petrobrás.
“A experiência de 2009/10 foi plenamente exitosa, sendo que a economia cresceu mais de 7% em 2010.
“Quando esse expediente foi retirado, a economia começou a cair.
“Tanto quanto a Petrobras, o BNDES é outro alicerce fundamental à soberania Nação, criado pelo Presidente Vargas.
“O projeto de lei visa a proteger o emprego e a economia nacional das grandes perdas que certamente ocorrerão na medida em que os maiores fornecedores da Petrobras venham a ser declaradas inidôneos para a execução de obras públicas e fabricação de equipamentos. “
BNDES, e da
estatal petrolífera,
Petrobras.
A queda vertical do PIB em razão da diminuição dos investimentos da Petrobras, afetada pela Operação Lavajato, somente interessa aos abutres internos e externos, que se empenha na desnacionalização do pré sal.
Alerta Requião:
“A situação é grave.
“O Brasil deve ter uma perda imediata de R$ 100 bilhões ou 2% do PIB por causa da Lava-Jato, revela o Valor Econômico, em abril.
“Seriam ainda de 1,3 milhões de empregos e R$ 15,6 bilhões em massa salarial, ou seja, menos dinheiro para a sobrevivência das famílias trabalhadoras.
“Hoje já há economistas que estão estimando uma contração do PIB de 5% para os últimos trimestres do ano.
“Os bancos já falam em 3%, mas eles querem dourar a pílula, a fim de que não sejam questionados em seus lucros indecentes enquanto o país afunda.
“A contração de 5% não é exagero.
“Já temos o peso de um crescimento perto de zero no ano.
“O arrocho Levy é de no mínimo 2% negativos.
” Sobre isso, temos o efeito Lava Jato: contração adicional de cerca de até 3%.
“No total, portanto, algo que pode chegar a 5% de contração.
“Se a economia não crescer nos próximos anos por causa da paralisação da Petrobrás, dos investimentos em equipamentos para exploração, transporte e refino de petróleo, assim como das obras de infraestrutura, haverá uma perda acumulada de PIB de mais de R$ 300 bilhões em comparação com extrapolação da estimativa de crescimento média de 2,5%, que o Brasil obteve na última década.
” É um valor incomparável com o estimado para a corrupção investigada, que está em poucos bilhões de reais, mais especificamente 6 bilhões, segundo o balanço da Petrobrás aprovado por grande firma de auditoria internacional.
“Se é esse o caso, esse combate à corrupção se parece com a história do caipira que tinha um bicho de pé muito incômodo e deu um tiro no pé para tentar matá-lo… O remédio doeu muito mais do que a doença e não se pode garantir nem que tenha atingido o pequeno alvo.”
http://independenciasulamericana.com.br/2015/08/proposta-de-estadista-bndes-petrobras-contra-recessao-ataque-nacionalista-ao-neoliberalismo/
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