28 de jan. de 2018

A farsa judicial decretou a ditadura no Brasil. - Editor - SAÍMOS DA DITADURA DE 64 E ENTRAMOS EM 2016 NUMA DITADURA ORQUESTRADA A VÁRIAS MÃOS. UMA PERGUNTA FICA NO AR: SERÁ QUE ENTRE OS 131.190.638 MILHÕES DE VOTOS DA ÚLTIMA ELEIÇÃO, NINGUÉM VAI RECLAMAR. E ENTRE OS 81.620.291 DE PESSOAS QUE JUNTAS SOMAM 212.810.929 HABITANTES , VÃO FICAR QUIETAS, PARADAS, INERTES, COM ESSE NOVO TIPO DE DITADURA? OS ESTRATEGISTAS DO GOLPE DOS CORRUPTOS, ACREDITAM QUE O POVO VAI ACREDITAR QUE DESSA FORMA SE COMBATE CORRUPÇÃO, SE MELHORA A VIDA INSTITUCIONAL DO PAÍS, SE ELEVA A QUALIDADE DE VIDA DA POPULAÇÃO. LEDO ENGANO. NÃO FAZEM DOIS ANOS DO GOLPE E A NAÇÃO E SEU POVO SE LEVANTAM CONTRA ESSA MONSTRUOSIDADE. NÃO SOU EU QUE EXPRESSO ESSE SENTIMENTO, MAS ESSES QUASE 213 MILHÕES VÃO PREFERIR A DEMOCRACIA, MESMO QUE TENHA QUE SER A FÓRCEPS -OS QUE FIZERAM DESFAÇAM. DESDE A DEPOSIÇÃO DE DILMA ROUSSEFF, ENFATIZO QUE ESSE TIRO SAIU PELA CULATRA. FOI UM TIRO NO PÉ. NÃO TEM APATIA, TEM A VONTADE DE 99% DA POPULAÇÃO NUM DESFECHO LEGAL, PACÍFICO, PELAS URNAS E SEM MATREIRICES. DIZ O DITADO QUEM AVISA AMIGO É. TENHAM CERTEZA QUE OS QUE BATERAM PANELA, LOGO -LOGO VÃO BATE-LAS CONTRA OS GOLPISTAS-CORRUPTOS.

A farsa judicial decretou a ditadura no Brasil


O dia 24 de janeiro de 2018 tem o mesmo significado e o mesmo efeito que o 13 de dezembro de 1968. A farsa judicial do tribunal de exceção da Lava Jato feriu gravemente o Estado de Direito.
Quando o judiciário perde imparcialidade e isenção e se transforma num órgão político de perseguição a inimigos ideológicos, acaba a democracia e prevalece o desmando institucional e o obscurantismo.
O justiçamento do Lula evidencia que o regime de exceção evoluiu para uma verdadeira ditadura jurídico-midiático-policial. A truculência dos 3 justiceiros na condenação sem provas assombrou o mundo.
As posturas odiosas daqueles verdugos que atuaram como promotores de acusação e não como julgadores justos e imparciais, são equiparáveis às práticas inquisitoriais da justiça militar na ditadura anterior.
Em dezembro de 1968, o regime civil-militar apoiado pela Rede Globo decretou o Ato Institucional 5 para aprofundar o golpe de 1964 e implantar o terror ditatorial que foi finalmente encerrado pela resistência democrática em 1985.
Os golpistas de hoje, togados e uniformizados de preto, não trajam farda verde-oliva e tampouco empunham baionetas; mas nem por isso são menos violentos e menos nefastos à democracia e ao Estado de Direito que aqueles que usurparam o poder em 1964.
Já não existe ordem legal no país; a Constituição foi detonada. É mentira que tudo transcorre dentro da normalidade institucional, como afirmam os golpistas. Estamos sob a vigência de um regime de livre arbítrio da mídia hegemônica liderada pela Rede Globo e juízes, procuradores e policiais federais tucano-emedebistas.
O aprofundamento ditatorial do regime é a resposta dos golpistas à ameaça da eleição do Lula, fato que interromperia este projeto de poder anti-democrático, anti-nacional e anti-popular que devasta o Brasil desde o impeachment fraudulento da Presidente Dilma.
A comunidade jurídica internacional testemunha, estarrecida, a destruição do Estado de Direito – a perseguição midiática, jurídica e policial ao Lula com o cínico pretexto do combate à corrupção deixou esta verdade exposta.
O advogado australiano Geoffrey Robertson compareceu no TRF4. Ele representa Lula na ONU, e será condecorado pela rainha Elisabeth por sua notoriedade jurídica. Robertson resume a reação do mundo diante da farsa operada no tribunal de exceção da Lava Jato:
"Foi uma triste experiência ver que normas internacionais sobre o direito a um julgamento justo não parecem ser seguidas no sistema brasileiro.
Uma Corte de Apelação é uma situação em que três juízes escutam os argumentos sobre a decisão de um primeiro juiz, que pode estar certo ou não. Os juízes hoje falaram cinco horas lendo um script. Eles tinham a decisão escrita antes de ouvir qualquer argumento. Nunca escutaram, então isso não é uma sessão justa, não é uma consideração apropriada do caso.
Tem um juiz que investiga o caso, define grampos e ações de investigação, para depois também julgar a pessoa no tribunal. Isso é considerado inacreditável na Europa; impossível, pois isso tira o direito mais importante de quem está se defendendo: ter um juiz imparcial no seu caso.
Moro demonizou Lula, contribuiu para filmes e livros que difamaram o ex-presidente e encorajou o público a apoiar sua decisão. Moro jamais poderia se comportar assim na Europa. Depois, divulgou para a imprensa áudios capturados de forma irregular, de conversas entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff. Pediu desculpas, mas imediatamente deveria ter sido retirado do caso.
Tenho experiência com casos de corrupção e, aqui nesta sessão, não vi evidências de corrupção. Foi uma experiência triste sobre o sistema judiciário brasileiro".
A ditadura está instalada no Brasil. A caçada midiática, judicial e policial hoje voltada contra Lula, em breve será uma caçada disseminada contra qualquer crítico da ditadura; contra qualquer ativista social, contra qualquer cidadão comum na luta por direitos e liberdade.
Ditaduras não costumam economizar o uso de dispositivos autoritários para dizimar quem ameace sua existência.
O terror midiático-jurídico é tão ou mais perverso que o terror militar. Quando princípios fundamentais – como devido processo legal, presunção da inocência e ônus da prova – são pervertidos, o cidadão fica totalmente desprotegido, sujeitado ao arbítrio e à pior das tiranias.
A farsa judicial montada para aniquilar Lula decretou a ditadura no Brasil.
https://www.brasil247.com/pt/colunistas/jefersonmiola/339132/A-farsa-judicial-decretou-a-ditadura-no-Brasil.htm
JEFERSON MIOLA
Integrante do Instituto de Debates, Estudos e Alternativas de Porto Alegre (Idea), foi coordenador-executivo do 5º Fórum Social Mundial
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