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Farra das passagens: deputado federal Edinho Bez diz que nada fez de irregular
28/12/2009- 21h23min

Deputado federal Edinho Bez
Foto: Laycer Thomas / AG. Câmara
Citado no escândalo sobre gastos de verbas indenizatórias, o deputado federal Edinho Bez (PMDB-SC) não considera que tenha cometido irregularidade ao usar recursos da Câmara para pagar uma hospedagem para sua mulher. A viagem para Pirenópolis, cidade turística localizada no interior de Goiás, foi em outubro de 2008.
As despesas constam de documentação entregue pela Câmara ao jornal Folha de S.Paulo por determinação do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de uma relação de 70 mil notas fiscais apresentadas pelos congressistas para obter reembolso da verba indenizatória, destinada exclusivamente à atividade legislativa.
Em abril, o colunista Luiz Carlos Prates criticou a "farra das passagens" do Congresso: veja o comentário
Os dados do mais novo escândalo envolvendo passagens aéreas e o Congresso se referem ao período entre setembro e outubro de 2008. Esses recibos estão guardados em uma sala do Congresso. Lá há notas fiscais de resorts, hotéis-fazenda, pousadas à beira-mar e restaurantes sofisticados visitados por deputados em Estados diferentes daqueles que eles representam.
Com base em reportagens veiculadas pela imprensa, a Corregedoria da Câmara abriu investigação preliminar, mas não decidiu quais casos seguirão para o Conselho de Ética e quais serão arquivados.
Leia abaixo os trechos da entrevista do deputado Edinho Bez à repórter Iara Lemos.
O senhor teve gastos com viagens para cidades históricas de Goiás pagos pela Câmara?
Edinho Bez: Foi hotel. O carro era o meu. Foi só gasto de hotel.
Mas a hospedagem foi paga com a verba indenizatória?
Bez: Estamos fazendo um intercâmbio de Nova Veneza de Santa Catarina com Nova Veneza de Goiás. O prefeito da cidade de Goiás foi a Santa Catarina. Em outubro de 2008 eu fui conhecer Nova Veneza de Goiás.
Que fica próximo a Pirenópolis?
Bez: Perfeito.
E por que o senhor resolveu parar em Pirenópolis?
Bez: Fui conhecer Pirenópolis. Era um final de semana. E outro detalhe: sou da Comissão de Minas e Energia. Como lá tem muito minério, aproveitei para conhecer toda a zona de minério.
As despesas constam de documentação entregue pela Câmara ao jornal Folha de S.Paulo por determinação do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de uma relação de 70 mil notas fiscais apresentadas pelos congressistas para obter reembolso da verba indenizatória, destinada exclusivamente à atividade legislativa.

Os dados do mais novo escândalo envolvendo passagens aéreas e o Congresso se referem ao período entre setembro e outubro de 2008. Esses recibos estão guardados em uma sala do Congresso. Lá há notas fiscais de resorts, hotéis-fazenda, pousadas à beira-mar e restaurantes sofisticados visitados por deputados em Estados diferentes daqueles que eles representam.
Com base em reportagens veiculadas pela imprensa, a Corregedoria da Câmara abriu investigação preliminar, mas não decidiu quais casos seguirão para o Conselho de Ética e quais serão arquivados.
Leia abaixo os trechos da entrevista do deputado Edinho Bez à repórter Iara Lemos.
O senhor teve gastos com viagens para cidades históricas de Goiás pagos pela Câmara?
Edinho Bez: Foi hotel. O carro era o meu. Foi só gasto de hotel.
Mas a hospedagem foi paga com a verba indenizatória?
Bez: Estamos fazendo um intercâmbio de Nova Veneza de Santa Catarina com Nova Veneza de Goiás. O prefeito da cidade de Goiás foi a Santa Catarina. Em outubro de 2008 eu fui conhecer Nova Veneza de Goiás.
Que fica próximo a Pirenópolis?
Bez: Perfeito.
E por que o senhor resolveu parar em Pirenópolis?
Bez: Fui conhecer Pirenópolis. Era um final de semana. E outro detalhe: sou da Comissão de Minas e Energia. Como lá tem muito minério, aproveitei para conhecer toda a zona de minério.
E por que levar sua esposa junto?
Bez: Porque casais participam do intercâmbio.
O intercâmbio é pela Câmara?
Bez: É trabalho meu. É atividade parlamentar minha. Se viajar ou não viajar, sempre vou ter aquela cota.
A hospedagem da sua esposa foi paga com verba indenizatória da Câmara. A cota não é para deputado?
Bez: Eu considero essa viagem que ela fez como trabalho. Ela foi ali ajudar no desempenho do encontro de Nova Veneza de Goiás e de Nova Veneza de Santa Catarina.
Mas ela trabalha com o senhor?
Bez: Ela trabalha muito mais do que muita gente que recebe salário. Ela não recebe salário.
O senhor imaginava que esse passeio pudesse causar esse transtorno?
Bez: Mas que transtorno? Eu não matei, não roubei. Não estou fazendo nada de ilegal.
Bez: Porque casais participam do intercâmbio.
O intercâmbio é pela Câmara?
Bez: É trabalho meu. É atividade parlamentar minha. Se viajar ou não viajar, sempre vou ter aquela cota.
A hospedagem da sua esposa foi paga com verba indenizatória da Câmara. A cota não é para deputado?
Bez: Eu considero essa viagem que ela fez como trabalho. Ela foi ali ajudar no desempenho do encontro de Nova Veneza de Goiás e de Nova Veneza de Santa Catarina.
Mas ela trabalha com o senhor?
Bez: Ela trabalha muito mais do que muita gente que recebe salário. Ela não recebe salário.
O senhor imaginava que esse passeio pudesse causar esse transtorno?
Bez: Mas que transtorno? Eu não matei, não roubei. Não estou fazendo nada de ilegal.
DIÁRIO CATARINENSE E ZERO HORA
http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2009/12/farra-das-passagens-deputado-federal-edinho-bez-diz-que-nada-fez-de-irregular-2761689.html