Maremoto político na Colômbia com renúncia de Uribe ao Congresso

O tema não só domina hoje os espaços informativos de todos os meios de imprensa. Também causou um vendaval de mensagens nas redes sociais por expoentes de todos os setores políticos e sociais.
Com a decisão da Corte Suprema de Justiça de chamá-lo a questionamento por suposta manipulação de testemunhas e fraude processual, Uribe divulgou ontem via twitter a decisão de renunciar a seu assento no Senado, do qual tomou posse há apenas cinco dias.
'A Corte Suprema me chama a interrogatório, não me ouviram previamente, me sinto moralmente impedido de ser senador, enviarei minha carta de renúncia para que minha defesa não interfira com as tarefas do Senado', disse Uribe.
A notícia causou comoção nos legisladores do Centro Democrático, partido fundado e liderado por Uribe, que representa de fato a primeira força política no Congresso.
Uma revista local comentou que a bancada uribista, que se gabava de ser governo, está moralmente golpeada ao ficar sem seu líder.
Por isso foi convocada ontem à noite uma reunião de emergência de onde saiu o pedido a seu chefe de descartar a renúncia ao Congresso e uma mensagem de solidariedade ao ex-mandatário, mentor do presidente eleito, Iván Duque, quem também saiu em sua defesa.
'Expressamos nossa solidariedade ao ex-presidente Uribe e sua família nestes momentos, e estamos seguros que sua honra e inocência prevalecerão', declarou Duque, quem assumirá como chefe de Estado em 7 de agosto.
No entanto, para a oposição na Colômbia, o passo que Uribe deu foi calculado em seu benefício.
'A renúncia de Álvaro Uribe ao Senado é para evadir a investigação', afirmou o ex-candidato presidencial pelo movimento Colômbia Humana e agora senador, Gustavo Petro.
'O filho do caseiro da fazenda Guacharacas, Juan Monsalve, o acusa de assassinato e, tentando alterar a declaração, Uribe manipulou testemunhas criminosamente', disse Petro em seu perfil do twitter.
Também o congressista do Pólo Democrático Alternativo Jorge Robledo opinou que será enviada uma mensagem ruim ao país se a renúncia ao Senado foi para mudar de juiz, pondo em dúvida a Corte Suprema de Justiça.
Segundo especialistas em temas jurídicos, se o Congresso confirma a renúncia, a Corte Suprema perde a competência para desempenhar a investigação e sua causa seria assumida pela Promotoria Geral.
Carlos Arias, acadêmico colombiano, disse ao jornal El Tiempo que nada estranho acontecerá devido ao acúmulo político que Uribe tem. Arias avaliou sua decisão como uma estratégia de defesa para ser julgado por um promotor e ter uma dinâmica de maior influência no governo de Duque.
No dia 16 de fevereiro deste ano, a Sala Penal da Corte Suprema desconsiderou uma acusação de Uribe contra o senador do partido Pólo Democrático Alternativo Iván Cepeda por supostamente ir às prisões do país para buscar testemunhas contra ele.
A Corte Suprema tinha estudado durante quase seis anos o expediente apresentado contra Cepeda e concluiu então que a denúncia de Uribe contra o congressista era improcedente. Paralelamente opinou que, pelo contrário, era o também senador e chefe do partido Centro Democrático, de direita, quem supostamente tinha manipulado testemunhas para deslegitimar o trabalho de Cepeda.
O chamado a interrogatório desta vez, segundo exposto pela Corte, poderia estar relacionado ao fato de que pessoas próximas a Uribe teriam incorrido em novos atos de manipulação de testemunhas.
Com a decisão da Corte Suprema de Justiça de chamá-lo a questionamento por suposta manipulação de testemunhas e fraude processual, Uribe divulgou ontem via twitter a decisão de renunciar a seu assento no Senado, do qual tomou posse há apenas cinco dias.
'A Corte Suprema me chama a interrogatório, não me ouviram previamente, me sinto moralmente impedido de ser senador, enviarei minha carta de renúncia para que minha defesa não interfira com as tarefas do Senado', disse Uribe.
A notícia causou comoção nos legisladores do Centro Democrático, partido fundado e liderado por Uribe, que representa de fato a primeira força política no Congresso.
Uma revista local comentou que a bancada uribista, que se gabava de ser governo, está moralmente golpeada ao ficar sem seu líder.
Por isso foi convocada ontem à noite uma reunião de emergência de onde saiu o pedido a seu chefe de descartar a renúncia ao Congresso e uma mensagem de solidariedade ao ex-mandatário, mentor do presidente eleito, Iván Duque, quem também saiu em sua defesa.
'Expressamos nossa solidariedade ao ex-presidente Uribe e sua família nestes momentos, e estamos seguros que sua honra e inocência prevalecerão', declarou Duque, quem assumirá como chefe de Estado em 7 de agosto.
No entanto, para a oposição na Colômbia, o passo que Uribe deu foi calculado em seu benefício.
'A renúncia de Álvaro Uribe ao Senado é para evadir a investigação', afirmou o ex-candidato presidencial pelo movimento Colômbia Humana e agora senador, Gustavo Petro.
'O filho do caseiro da fazenda Guacharacas, Juan Monsalve, o acusa de assassinato e, tentando alterar a declaração, Uribe manipulou testemunhas criminosamente', disse Petro em seu perfil do twitter.
Também o congressista do Pólo Democrático Alternativo Jorge Robledo opinou que será enviada uma mensagem ruim ao país se a renúncia ao Senado foi para mudar de juiz, pondo em dúvida a Corte Suprema de Justiça.
Segundo especialistas em temas jurídicos, se o Congresso confirma a renúncia, a Corte Suprema perde a competência para desempenhar a investigação e sua causa seria assumida pela Promotoria Geral.
Carlos Arias, acadêmico colombiano, disse ao jornal El Tiempo que nada estranho acontecerá devido ao acúmulo político que Uribe tem. Arias avaliou sua decisão como uma estratégia de defesa para ser julgado por um promotor e ter uma dinâmica de maior influência no governo de Duque.
No dia 16 de fevereiro deste ano, a Sala Penal da Corte Suprema desconsiderou uma acusação de Uribe contra o senador do partido Pólo Democrático Alternativo Iván Cepeda por supostamente ir às prisões do país para buscar testemunhas contra ele.
A Corte Suprema tinha estudado durante quase seis anos o expediente apresentado contra Cepeda e concluiu então que a denúncia de Uribe contra o congressista era improcedente. Paralelamente opinou que, pelo contrário, era o também senador e chefe do partido Centro Democrático, de direita, quem supostamente tinha manipulado testemunhas para deslegitimar o trabalho de Cepeda.
O chamado a interrogatório desta vez, segundo exposto pela Corte, poderia estar relacionado ao fato de que pessoas próximas a Uribe teriam incorrido em novos atos de manipulação de testemunhas.
http://www.prensalatina.com.br/index.php?o=rn&id=18196&SEO=maremoto-politico-na-colombia-com-renuncia-de-uribe-ao-congresso
Para Angélica Lozano, da Aliança Verde e vice-presidenta do Senado, 'a justiça tem uma oportunidade de ouro para se isentar... A justiça na Colômbia é para todos e não só para o povo comum', afirmou.
Para Angélica Lozano, da Aliança Verde e vice-presidenta do Senado, 'a justiça tem uma oportunidade de ouro para se isentar... A justiça na Colômbia é para todos e não só para o povo comum', afirmou.
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