POLÍTICOS ENVOLVIDOS EM CASOS DE CORRUPÇÃO INDICAM PESSOAS PARA NUCLEP SEM EXPERIÊNCIA NO SETOR NUCLEAR

Celso Pansera e Alexandre Valle. Para o cargo de Diretor Administrativo, o economista Luzineides Santana de Almeida foi indicado pelo Deputado Júlio Lopes. A princípio ele foi indicado para o INB, Indústria Nuclear Brasileira. Por alguma razão não foi aceito e a sua indicação agora é para diretoria da Nuclep. Seu nome será submetido a Comissão de Avaliação Técnica da empresa. A INB também teve um dedo político. Reinaldo Gonzaga o atual Superintendente de Engenharia e Combustível da própria INB, vai ocupar a vaga do excelente João Carlos Derzi Tupinambá, que fez a empresa crescer. Para vaga de Reinaldo, vai Marcelo Xavier de Castro, também da INB. Para Diretoria de Finanças, Luiz Fernando Couto, ex-secretário da Prefeitura de Duque de Caxias, indicado pelo ex-prefeitoAlexandre Cardoso.
Por que os deputados querem indicar apadrinhados para cargos estratégicos? As respostas podem ser encontradas nas investigações da Operação Lava Jato, por exemplo. Celso Pansera é aquele deputado que o doleiro condenado pelo Juiz Sérgio Moro, Alberto Youssef, apontou o dedo durante uma CPI da Câmara para acusa-lo de ser “pau mandado” do Ex-deputado Eduardo Cunha, preso e condenado por corrupção também pelo juiz Sérgio Moro. Julio Lopes, conhecido
deputado do Rio de Janeiro, é o mesmo “Pavão”, “Bonitinho” e “Velho”, da lista da propina da Odebrecht. O Ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para investiga-lo por suspeita de ter recebido R$ 4 milhões em propina. A informação veio a partir de duas delações feitas à Justiça por executivos da Odebrecht. Na ocasião, Lopes era secretário estadual de Transportes do Rio. De acordo com as investigações, o deputado solicitou os valores quando era secretário de Transportes a um executivo da Queiroz Galvão. A denúncia foi reconhecida pelo colaborador Benedito Barbosa da Silva Júnior, da Odebrecht. Os pagamentos teriam ocorrido às vésperas das eleições de 2014. Na ocasião, o então candidato a deputado federal pelo PP teria exigido vantagens das empresas alegando que defendeu os interesses delas em obras como a Linha 4 do metrô (Ipanema – Barra da Tijuca) e como o Arco Metropolitano. As obras aconteceram durante o governo Sérgio Cabral. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) analisou a obra da Linha 4 e calculou um superfaturamento da ordem de R$ 2,3 bilhões na construção. A indicação desses nomes tem o aval do Ministério da Ciência e Tecnologia, comandado pelo Ministro Gilberto Kassab, outro investigado por corrupção por ter recebido dinheiro da JBS. Suas decisões tentam ser implementadas por Tarcísio Cunha, do Ministério das Ciências e Tecnologia. Esses nomes estão sendo metidos goela abaixo, até do
Almirante Bento, uma das maiores autoridades do setor nuclear que o Brasil já teve e quem está a frente do Prosub, o projeto de construção dos submarinos, inclusive o nuclear que está sendo construído na Nuclep. A empresa é considerada estratégica, por lidar com informações confidenciais a respeito da construção não só submarino nuclear da Marinha, mas por operar um porto em Itaguaí, além de fabricar peças de alta complexidade para a Usina Nuclear Angra 3. Atualmente a Nuclep é presidida pelo Almirante Carlos Seixas, ex-comandante da Base Naval o Rio de Janeiro, acumulando a função de Diretor Administrativo-Financeiro.
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