4 de out. de 2018

'Licença para matar' proposta por Doria é criticada por comando da PM e ouvidoria. - Editor - NÃO É DANDO LICENÇA PARA MATAR QUE SE GOVERNA E NEM MUITO MENOS LUDIBRIANDO OS PATOS. GOVERNO E DEMOCRACIA SÃO COM O POVO INSERIDO NAS DECISÕES, JUNTO COM UMA ASSEMBLÉIA QUE LEGISLE PARA O POVO E NÃO PARA O PRIVADO. SP FICA COM PCdoB 65, PPL 54, PSOL 50, PCO 29, PCB 21, PSTU 16, PT 13.



SEGURANÇA PÚBLICA

'Licença para matar' proposta por Doria é criticada por comando da PM e ouvidoria

Ouvidor das polícias de São Paulo, Benedito Mariano, afirma que aumentar a letalidade policial não diminui a criminalidade. "Essa fala vai na contramão do esforço do atual comando militar", diz
por Redação RBA publicado 04/10/2018 13h41, última modificação 04/10/2018 13h44
LEON RODRIGUES/SECOM
João-Doria
Discurso de Doria vai contra o “Método Giraldi”, baseado no tiro defensivo e regra da PM de São Paulo desde 1998
São Paulo – Em uma estratégia de se aproximar do discurso de Jair Bolsonaro (PSL), o candidato tucano ao governo do estado de São Paulo, João Doria, declarou na última segunda-feira (1º) que, se vencer, a polícia vai começar a “atirar para matar”. A fala foi criticada pelo atual comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Vieira Salles, e também pelo ouvidor das polícias do estado de São Paulo, Benedito Mariano.
“É uma fala equivocada e infeliz, que não diminui a violência e a criminalidade, e pode, direta ou indiretamente, influenciar no aumento da letalidade policial. Essa fala vai na contramão, inclusive, do esforço do atual comando militar em diminuir a letalidade policial”, disse Mariano, em entrevista ao jornalista Rafael Garcia, na Rádio Brasil Atual.
O ouvidor explica que, desde 1998, a polícia de São Paulo utiliza o “Método Giraldi”, baseado no tiro defensivo visando à proteção da vida. “A arma de fogo só pode ser disparada por policial em situação em que se torna necessário e indispensável como último recurso”, diz Mariano. “O policial de São Paulo não é autorizado a atirar pra matar.”
Segundo o método, o tiro do policial deve ocorrer quando for “estritamente necessário para proteger e garantir a vida, a liberdade, a segurança das pessoas, incluindo a segurança do policial”.
Desde 2014, a letalidade policial cresce no estado de São Paulo. Em 2017, foram 939 pessoas mortas por intervenção policial, o maior índice desde 1996, quando a Secretaria de Segurança Pública (SSP) começou a contabilizar a letalidade policial.
Para Mariano, é preciso fortalecer a visão de uma polícia que evite o crime, com policiamento preventivo e comunitário, além da valorização do policial – a base da polícia de São Paulo tem hoje o 23º salário no ranking do país. “Isso sim vai refletir na diminuição da criminalidade no estado de São Paulo.”
https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2018/10/licenca-para-matar-proposta-por-doria-e-criticada-por-comando-da-pm-e-ouvidoria
Ouça a íntegra da entrevista:
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