O verdadeiro político é o defensor da democracia, por Francy Lisboa
SEX, 12/10/2018 - 14:24
ATUALIZADO EM 12/10/2018 - 14:29
O momento requer coragem para ser político e defender a Política, mas ela não está de viagem, está presa em Curitiba
Foto: Francisco Proner
Um(a) defensor(a) da Democracia é verdadeiro(a) político(a), estadista
Por Francy Lisboa
Bolsonaro não é fruto de frustação das pessoas com o PT, mas com o sistema politico como um todo. Mas o que é esse todo? Considerando todos os argumentos dá para entender que boa parte da população vê o Sistema Político representado predominatimente pelo PT. A revolta contra os políticos parece ter encontrado no PT, mas especificamente em Lula, a forma mais fácil de ser tornar operacional.
Os politicos, apesar de todos os erros que parecem ser recorrentes, são sim os representates do povo. São empregados em períodos probatórios de quatro anos, os quais podem ser renovados segundo a maior capacidade de ter atendido a vontade popular. Prova disso é a renovação recorde do Senado e a entrada de diversos debutantes mais a Direita.
Lula foi deixado sozinho para ser o espantalho, e a desculpa oficial é o ressentimento travestido de indignação com os erros do partido. Lula talvez seja o único politico que fez e ainda faz a defesa clara de que não existe saída fora da Política, da Política em si, e que a demonização da mesma pode levar a caminhos autoritários. Outros, porém, tervegizam para se manter no Centro, como se isso garantisse certa imunidade. Porém, qualquer polético mais experiente deveria saber disso, com exceção daquele que lidera as intenções de voto que, apesar de anos de Congresso, é visto como outsider.
Por isso a decepção com os que declaram neutralidade e aqueles que dão apoio crítico da Europa nesse momento tão delicado do nosso país. Todos disputam ou disputaram Eleições, ou seja, são sim Políticos! Mesmo assim, não são capazes de fazer o que qualquer senso corporativo prediz: defender a classe contra as generalizações, contra os discursos fáceis, contra o efeito boomerang da deliberada confusão entre acusação e condenação. Ao contrário, agem como se nao fossem políticos. Talvez pela certeza não explicitada de que Lula que está morrendo por todos nós, políticos.
Contudo, apesar de soar utópico, nao só os politicos, mas todos os brasileiros deveriam ter isso em mente. A demonizacãoo da atividade política não pode ser entendia como politicagem, seja lá o que esse termo signifique. Mas ao que parece, infelizmente, essa lição jamais será aprendida no Brasil tamanha é a miopia dos democratas e anti-democratas em relação às fontes da demonização.
É fácil ler nas entrelinhas de muitas conversas e artigos de opinião sobre a crise que assola o Brasil que apenas os malfeitos são suficientes para a demonização da política. Porém, sabemos que a honestidade intelectual nos obrigada a deixar claro que no brasil a definição de malfeito, geralmente usada e aplicada nos julgamentos de políticos por milhões de brasileiros de todos os espectros politicos, não tem correspondência com o Estado Democrático de Direito.Aliás, passa longe, desgraçadamente longe.
No Brasil, a maioria de nós tem a propensão de acreditar nos latidos (denuncias, acusações) dos chamados cães de guarda da Democracia (Midia/Judiciário), e o desapreço do brasileiro pela Democraia aparece de forma mais dramática nesse ponto porque mostra que pessoas confiam cegamente nas intenções por traz dos heróis.
O desapreço do brasileiro pelo Estado de Direito leva a uma situação de quase imunidade para esses cães. Pega-se essa imunidade e junte a concursos mecanizados, poderes de Estado, e toda sorte de possibilidades de aumentar salários acima do teto definido, por ironia, na Lei. A situação é a receita para Macunaímas capazes de facilmente alocar ressentimentos para quem eles quiserem e ainda sim serem defendidos de qualquer crítica. Alguma semelhança com a Matrix?
Os cães de guarda da Democracia falharam porque não souberam trabalhar a Democracia sem que suas ações demonizassem a Política, unica que tem a chave para solucionar conflitos da forma mais civilizada possível. Eles, os cãesm sabem disso; no entanto também sabem e estào cada vez mais confidentes de que da intelectualidade que acredita em comunismo à intelectualidade que tem livros aprovados e comprados pelo MEC terão defensores ferrenhos.
É de chorar e se planejar para viver sob o provável regime do Medo a partir de 1 de janeiro de 2019. Mas também é de chorar quantos acusaram o ex-presidente de projeto personalista, mas que são incapazes de assumir suas veias políticas e lutarem contra a negação da mesma. O momento requer coragem para ser político e defender a Política, mas ela não está de viagem, está presa em Curitiba.
https://jornalggn.com.br/blog/francy-lisboa/o-verdadeiro-politico-e-o-defensor-da-democracia-por-francy-lisboa
0 comentários:
Postar um comentário