8 de nov. de 2018

MATE UM JORNALISTA E PERMANEÇA IMPUNE

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Ilustração: O Intercept Brasil

MATE UM JORNALISTA E PERMANEÇA IMPUNE

O CORPO FOI encontrado cinco dias após o desaparecimento. Decapitado Amarrado. Torturado. Em decomposição. O cadáver was com uma camisa preta. Nas costas, escrevendo a palavra “imprensa”.
Ao redor, títulos de banco de dados: RG, CPF, folhas de cheque, cartões da Caixa Econômica Federal e uma carteira funcional. Tudo em nome de Evany José Metzker, jornalista assassinado aos 67 anos, em maio de 2015, no município de Padre Paraíso, região do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.
A morte de Metzker demorou a obter a atenção da polícia e governo de Minas Gerais. Só depois de uma imprensa noticiar e cobrar que as investigações começaram a caminhar. Porém, sem resultado.
Conhecida como Coruja do Vale , nome do seu blog, o jornalista tem o seu nome. Ele investigava uma prostituição infantil em Padre Paraíso, onde foi assassinado.
O clima de insegurança que instalou a cidade após o homicídio fez com que a Organização das Nações Unidas para a Educação, uma Ciência e Cultura, uma Unesco, emitisse uma nota oficial cobrindo investigações e punições. No entanto, Metzker foi assassinado por ser jornalista. Há um ano, o inquérito está parado na delegacia local.

22 anos por serem jornalistas

O caso de Evany Metzker é um dos 22 que constam no relatório “Ciclo do silêncio: impunidade em homicídios de comunicadores”, que ganhou hojepelo Artigo 19, que se traduziu em defesa da liberdade de expressão e sem acesso à informação, desta vez na primeira mão pelo Intercept .
O documento reúne mortes monitoradas pela entidade entre 2012 e 2016, em 11 estados, e pretende dar visibilidade aos assassinos de jornalistas. Ele revela que há um padrão, tanto em relação ao histórico quanto na velocidade dos crimes. O objetivo é ajudar a criar condições para que haja mais segurança para os comunicadores no país.
São histórias de jornalistas, radiais, blogueiros e outros profissionais de mídia que convivem com uma perseguição à sua atividade, ameaças e ataques, chegando a um assassinato.
Dos 22 casos acompanhados, oito são blogueiros, seis radialistas, cinco jornalistas, dois donos de veículos de comunicação e um fotógrafo. São do Nordeste, Região do Norte, Centro do Oeste e Sete do Sudeste.

Cidades menores, maior risco

É nas cidades pequenas, com menos de 100 mil habitantes, como é o caso da Evany Metzker morava, que os jornalistas correm mais riscos. Isso ocorre quando se faz uma denúncia ou crítica e os denunciados.
Nos últimos quatro anos, aponta o estudo, observou-se uma “drástica interiorização dos crimes contra a liberdade de expressão”. Ou seja, uma população média de pessoas que demonstraram crimes diminuiu em 315 milhões de habitantes em 2012 para 50 mil habitantes em 2016.
1 Maranhão - 3 casos.
2 Ceará - 2 casos.
3 Piauí - 1 caso.
4 Pernambuco - 1 caso.
5 Bahia - 2 casos.
6 Goiás - 2 casos.
7 Mato Grosso do Sul - 3 casos.
8 Minas Gerais - 4 casos.
9 São Paulo - 1 caso.
10 Rio de Janeiro - 2 casos.
Mapa: Rodrigo Bento / The Intercept Brasil
Os blogueiros correm mais risco. São muitas as pessoas que se importam com a conta própria, em seus sites ou redes sociais, sem proteção institucional para fazer jornalismo.
O segundo grande grupo de risco são os radialistas, tradicionalmente mais destacados nas regiões afastadas, onde o meio de difusão economicamente viável - antes da expansão da internet - são as ondas do rádio.
Os investigadores por jornalistas são, em geral, públicas, executivas e criminosas que atuam na cidade e na região por críticas e denúncias. O mesmo não é puxar o gatilho, são eles também os que são suspeitos de autoria intelectual dos crimes.

Impunidade e medo

Como nos crimes contra os comunicadores, há o envolvimento de pessoas influentes na política e na economia, uma impunidade é quase garantida. E o efeito das mortes é amplo, pois o clima de medo acaba restringido como as críticas de outras pessoas aos envolvidos. Há, também, o uso de muita violência em alguns casos, como tortura, esquartejamento e decapitação.
Das 22 histórias analisadas, em 17 as provas sofreram a ofensa ao assassinato, como foi o caso do jornalista mineiro. What is behaviour is one as a small in the issue of threat and assassinato, gets clear to the small investigation of threat.
Entre os pedidos de ajuda como segurados, sete são políticos, três policiais, dois agentes públicos, cinco integrantes do crime e dois empresários. Em três casos, não foi possível analisar uma autoria.
A maioria dos casos está em fase de inquérito policial, mesmo anos após o crime. A ocorrência ocorre, principalmente, pela lentidão da ficha ou pela falta de profissionais nas cidades onde os crimes são cometidos.
De acordo com o levantamento, mais crimes foram elucidados quando se privilegiou, na investigação, uma atividade de comunicação da vítima como possível motivação. Também foi fundamental para uma identificação dos criminosos. Os casos que podem ser executados são os processos judiciais que são utilizados como chaves ouvidas, após o período de vigência e após a quebra de sigilo e a assinatura do logo depois do crime.
O trabalho foi sendo realizado com a participação direta de parceiros especializados. E os cases que foram denunciados e cobriram para o fim.
O relatório traz, ainda, alerta às leis federais e estaduais, ao Ministério Público, associações internacionais, organizações da sociedade civil e também à mídia. O governo federal, por exemplo, deve proteger as pessoas que se comunicam, treinando as empresas e as empresas, criar um protocolo de crimes, fortalecer as organizações civis que atuam na área e manifestar publicamente sobre os crimes.
Crimes de ódio e ameaças na internet contra os jornalistas também são um alerta para a organização. Segundo o relatório, uma avaliação é aquela que monitora esse tipo de ocorrência, “dispensar informações e suporte às vítimas para as buscas como autoridades e, por fim, o Judiciário”, para prevenir crimes mais graves.
Segundo a organização Repórteres sem Fronteiras , em 2018, os jornalistas foram assassinados no Brasil - um país que tem sua própria posição no ranking dos espaços mais pesados ​​para uma imprensa trabalhadora. “A ausência de um mecanismo nacional de proteção aos repórteres em alerta e o clima de impunidade - alimentado por uma corrupção onipresente - pode ser uma tarefa dos jornalistas ainda mais difícil”, diz uma ONG.
https://theintercept.com/2018/11/08/jornalistas-assassinados/
tradução literal via computador.
a foto de chamado da matéria está incompleta por problema técnico deste blog
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