21 de dez. de 2018

Identificada bolsonarista do cerimonial do TRE-Minas que retirou à força das mãos de Beatriz Cerqueira a placa por Lula Livre; veja vídeos. - Editor - O BRASIL E O MUNDO QUEREM LULA LIVRE.

Identificada bolsonarista do cerimonial do TRE-Minas que retirou à força das mãos de Beatriz Cerqueira a placa por Lula Livre; veja vídeos
Maria Berenice Rosa Vieira Sobral, do TRE-MG, foi que tirou o cartaz das mãos de Beatriz Cerqueira Uma busca em sua página no Facebook dá pistas de por que ela agiu com covardia e truculência contra Beatriz e fez vista grossa à hostilidade da plateia contra deputada federal eleita Aurea Carolina, do Psol. Seu Facebook tem várias referências ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Precisa desenhar?
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Identificada bolsonarista do cerimonial do TRE-Minas que retirou à força das mãos de Beatriz Cerqueira a placa por Lula Livre; veja vídeos


20/12/2018 - 16h26

por Conceição Lemes
Beatriz Cerqueira é coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e presidenta da CUT Minas.
Inegavelmente, uma das maiores lideranças sindicais do País.
Ética. Competente. Valente. Seriíssima.
A partir de 2019, o seu campo de luta passa a ser o parlamento.
Eleita deputada estadual (PT), Beatriz foi a mulher mais votada em Minas, na eleição de outubro.
Nessa quarta-feira (19/12), ocorreu a diplomação de todos os eleitos no Estado.
Beatriz acabou sendo vítima de uma ação arbitrária, ardilosa, da senhora do cerimonial, que fazia a locução do evento.
No vídeo acima, a partir de 18 segundos é possível acompanhar os lances.
Aos 21 segundos, ela dá o bote e tira à força das mãos de Beatriz a placa onde está escrito ”Lula livre”.
A partir daí, começou a confusão que envolveu o deputado Rogério Correia, eleito deputado federal.
Na sua página no Facebook, Beatriz relatou tudo:
”Eu acompanhei com respeito e educação a diplomação do Governador eleito Romeu Zema.
Ouvi seu pronunciamento sem manifestar qualquer deselegância ou agressão.
Ele foi eleito. Mesmo que eu não concorde com suas ideias, não teria o direito de lhe arrancar o discurso das mãos.
Também assisti com o mesmo respeito e educação a diplomação dos senadores eleitos que representarão Minas Gerais.
E assim me comportei com todos os deputados estaduais e federais.
Vi gente batendo continência num ambiente em que não caberia tal gesto. E nem por isso saí gritando para que não o fizesse.
Quando a deputada federal eleita Aurea Carolina foi anunciada para ser diplomada, parte do público presente agiu com extrema hostilidade.
Isso não incomodou o cerimonial do TRE. A hostilidade a uma mulher, negra, que tem uma forma de fazer política que cada vez aglutina mais pessoas não foi um problema para o Cerimonial.
A mulher com maior votação para a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte! Uma mulher com a representatividade de mais de 160 mil votos! Ela ter sido ostensivamente hostilizada pareceu normal à maioria dos que estavam na Cerimônia.
Ela fez uma bela homenagem a Marielle Franco.
As pessoas que a vaiavam estavam aplaudindo o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro?
Após manifestações de parte do público presente para eu escondesse a placa que levava junto à bolsa, onde estava escrito ‘Lula Livre’, a moça do Cerimonial (não sei o seu nome), pela segunda vez me solicitou que retirasse a placa.
Respondi que não faria.
Ela me disse que meu comportamento estava tumultuando a cerimônia. Discordei.
Eu estava apenas com a placa. Não tinha feito, até aquele momento, nenhum gesto com ela além de carregá-la comigo.
Era a hostilidade de parte do público que estava atrapalhando, incapaz de conviver com pensamentos divergentes do seu.
Após ouvir a opinião do deputado estadual que estava ao meu lado e que era favorável a que a placa fosse retirada, ela arrancou a placa da minha mão e saiu. Seu comportamento foi aplaudido por parte do público.
Li todas as orientações e recomendações para a cerimônia da diplomação.
Eu fui pessoalmente ao Cerimonial do TRE buscar isso.
Em nenhum lugar estava escrito que eu deveria esconder a minha identidade partidária, ideológica e de pensamento.
A exceção de estado fica nítida quando uma mestre de cerimônias toma partido, concorda com a opinião de convidados que gritavam na plateia e de outro deputado que estava sendo diplomado e se sente no direito de arrancar das mãos de uma deputada eleita, que estava sendo diplomada, a sua identidade partidária.
Eu ouvi, sem agredir ninguém, inúmeros insultos, piadas, ironias durante o período da cerimônia.
Isso também parece não ter incomodado o Cerimonial. Os gestos simulando metralhadora também não significaram uma problema para o Cerimonial.
A tentativa de arrancar das mãos do deputado federal eleito Rogerio Correia a outra placa também não foi um problema.
Espero que, nesta quinta-feira, o Cerimonial do Tribunal Regional Eleitoral me devolva a placa que ilegitimamente foi arrancada das minhas mãos.
É um objeto que não lhe pertence e não tem o direito de ficar com ele.
Fica apenas com a responsabilidade do que fez hoje e com silêncio e omissão que teve diante da hostilidade que pessoas com pensamento diferente vivenciaram”.
NO FACEBOOK, DE BOLSONARO A FOTOS DE SANTAS CATÓLICAS
A pessoa do cerimonial do TRE-MG que tirou a placa das mãos de Beatriz chama-se Maria Berenice Rosa Vieira Sobral.
Uma busca em sua página no Facebook dá pistas de por que ela foi covarde e truculenta com Beatriz e fez vista grossa à extrema hostilidade da plateia à deputada federal eleita Aurea Carolina, do Psol.
Seu Facebook tem várias referências ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Precisa desenhar?
A propósito: o Facebook de Berenice Vieira Cabral é repleto de fotos de santas católicas, em especial de Nossa Senhora da Aparecida.
Certamente, elas devem ter reprovado a conduta nada cristã dessa serva mineira.
NOTA DE REPÚDIO
A Liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados vem a público manifestar seu repúdio às manifestações de intolerância dirigidas às Bancadas do PT e do PSOL nos atos de diplomação dos eleitos, em diferentes estados.
Condenamos, em especial, de forma veemente os atos de violência contra os Deputados do PT, Beatriz Cerqueira e Rogério Correia, ocorridas ontem (19), durante o ato de diplomação no Estado de Minas Gerais.
Ao levantarem uma placa escrita “Lula Livre”, a mesma foi arrancada de suas mãos, seguida de agressões físicas desferidas pelo Deputado eleito pelo PSL, Junio Amaral.
O Parlamento é a expressão maior de um regime democrático, espaço da pluralidade e da livre expressão, por isso consideramos lamentável atos movidos pelo ódio e pela intolerância.
Reafirmamos o nosso compromisso com a defesa de uma democracia plena em nosso País, que seja representativa da diversidade da sociedade brasileira e garantidora dos direitos civis e políticos de todos.
Paulo Pimenta
Líder da Bancada do PT na Câmara dos Deputados
Abaixo, Beatriz conversa com os jornalistas após o término da cerimônia.
https://www.viomundo.com.br/denuncias/identificada-a-mulher-do-cerimonial-do-tre-minas-que-retirou-a-forca-das-maos-de-beatriz-cerqueira-a-placa-lula-livre-veja-videos.html

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