20 DE FEVEREIRO DE 2019, 16H04
“Do jeito que está, não passa”: Governadores pedem mudanças na reforma da Previdência
A maior crítica dos governadores é com relação às mudanças para trabalhadores mais pobres, na aposentadoria rural e para professores; mandatários estaduais devem apresentar contraproposta

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa da reunião do Fórum de Governadores, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB). (Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil)
Com a exceção dos governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), que defendem a aprovação da íntegra do projeto apresentado pelo governo para a reforma da Previdência, os outros 25 mandatários estaduais que participaram nesta quarta-feira (20) de uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, exigem mudanças no texto.
As principais críticas dos governadores são com relação às mudanças na aposentadoria rural e de trabalhadores mais pobres, além das mudanças para professores (servidores públicos). O governo Bolsonaro propõe, no texto entregue ao Congresso, elevar a idade de aposentadoria do BPC (benefício de prestação continuada) de 65 para 70 anos e exigir que trabalhadores rurais façam uma contribuição anual de R$ 600. Com relação aos professores, a mudança fixa uma idade mínima de 60 anos para a categoria.
“Algumas coisas precisam avançar, por exemplo, a grande maioria dos professores será atingida de forma muito violenta por essa reforma que está sendo feita. Queremos ajudar o governo a ter um impacto menor perante a sociedade”, disse Rocha.
Já o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), atacou as mudanças para trabalhadores rurais e mais pobres, que ele classificou como “inadmissível”.
“Não há excedente produtivo, infelizmente, para sustentar uma contribuição de R$ 600, com o risco de frustração de safra. O pequeno produtor mal tem excedente para viver. Todas essas regras contra os pobres têm que ser derrubadas, retiradas do texto”, disse.
Diante da resistência dos governadores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que pode vir a tirar os pontos citados da proposta. O secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, afirmou que vai coletar as propostas dos governadores na próxima reunião, agendada para o fim de março
https://www.revistaforum.com.br/do-jeito-que-esta-nao-passa-governadores-pedem-mudancas-na-reforma-da-previdencia/
0 comentários:
Postar um comentário